quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

'Abandonada' e perigosa, água da chuva ganha uso por moradores em São Paulo Paula Adamo Idoeta

Paula Adamo Idoeta
Da BBC Brasil em São Paulo
18 fevereiro 2015

Na Vila Mariana, água que corre pela rua é usada por alguns prédios 
Na rua Dr. Nicolau de Souza Queiroz, na Vila Mariana (zona sul de São Paulo), a água corre pela sarjeta praticamente dia e noite, segundo moradores, formando colônias de musgos sob ela no asfalto. Acreditando se tratar de um vazamento, alguns vizinhos já notificaram as autoridades, enquanto a água continua a escorrer rua abaixo.
Mas essa água, na verdade, vem de galerias pluviais da região - e alguns prédios da rua passaram a improvisar sua coleta, colocando canos para captá-la e bombeá-la da rua.
"Nossa conta de água caiu de R$ 500 para R$ 50", diz o porteiro de um dos condomínios à BBC Brasil. "Regamos as plantas, lavamos a garagem e o salão de festas."
Outro porteiro conta que já viu até moradores de rua tomando banho na água da sarjeta. Mas, segundo especialistas, apesar de sua aparência translúcida, essa água pode não ser limpa - e traz riscos à saúde.
Diante de cursos d'água como este ou mesmo para aproveitar a temporada de chuvas, muitos se perguntam como coletar e usar águas aparentemente desperdiçadas, em um momento de crise de abastecimento em São Paulo.

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