quinta-feira, 29 de março de 2018

HUMOR

.- O que achas de experimentar um novo jogo?
Tu tens que adquirir riquezas e lutar contra forças diabólicas penetrando num mundo estranho e misterioso

- Velho, isto parece genial! 

segunda-feira, 26 de março de 2018

PRENÚNCIOS SOMBRIOS - Tau Golin


A OPERAÇÃO FACEBOOK DO FASCISMO
O fascismo, além da histeria das ruas, está operando em diversas frentes. Inoculam vírus pela rede de computadores nas máquinas de quem não compactua com sua barbárie, seja de esquerda, ou qualquer cidadão que defende traquejos de convivência republicana. Todo o embate serve para eles, suas táticas anticidadãs espalham-se como uma fedentina de péssimo agouro. Meus textos estão na preferência deles. Por exemplo, montaram uma rede de “denunciantes” que infestam o Facebook, “denunciando” toda a manifestação crítica, cobertura jornalística que não lhes convêm etc, como publicação fora dos “padrões da comunidade”.
Hoje já é o lulismo, os movimentos sociais, o jornalismo ilustrado e quem manifesta opinião crítica. Amanhã... bem, tudo indica que o futuro será menos auspicioso se esta gente continuar sem freio. Todo o texto que eles bloquearem vamos denunciar e republicar como nossos, indicando o autor no final, não permitindo, assim, que eles cheguem a uma só origem pelo “compartilhamento”.
O fascismo conseguiu bloquear meu texto abaixo. Republiquem como se fosse de vocês e não pelo sistema de compartilhamento. Não passarão!!!
A DIFERENÇA ENTRE AS CARAVANAS DE LULA E BOLSONARO
A caravana de Lula pelo Rio Grande do Sul ainda vai produzir muitos trabalhos teóricos sobre o “desnível” de muitos grupos militantes para viver republicanamente em um pais democrático. Historicamente, a direita sempre foi violenta e covarde. O seu alimento é o ódio e suas próprias frustrações. As arruaças seu prazer. O que vemos é o alarido autoritário, a agressão gratuita, a negação de direitos elementares e constitucionais. Estas turbas que andam pelas ruas, alimentando as redes sociais, são marionetes de fascistas de longa história, que agora entram em êxtase com os acoos dos filhotes de suas ninhadas. São matilhas deste lúmpen ignorante e violento criado pelo autoritarismo. Está tudo com os conformes da história. São as classes sociais que dominam sociedades injustas e autoritárias, que criam a la farta os grupos abjetos de capangas, jagunços, lacaios, militantes abandidados, e correntes de ódios para impedir os direitos dos outros.
Há uma grande diferença com a esquerda em geral, com os republicanos e democratas.
Bolsonaro também fez a sua caravana recentemente pelo Rio Grande do Sul. Todo mundo conhece a sua história macabra e seus desejos de retorno do autoritarismo, negação de direitos republicanos, conquistas harmonizadoras das sociedades propostas pelos direitos humanos.
A caravana do Bolsonaro foi recebida efusivamente pelos seus correligionários. Fez sua pregação. Destilou ódios e mostrou sua vaga plataforma de um paizinho mixo de caserna. Todos que foram vítimas do que ele defende não foram perturbá-lo fisicamente e nem cercear o seu discurso. Os democratas e republicanos, a esquerda em geral e os movimentos sociais, inclusive com poder de mobilização muito maior que os apoiadores de Bolsonaro, não fizeram um só gesto para calá-lo ou impedir a sua mobilização. Vale lembrar que estes movimentos anti-Bolsonaro ultrapassam em muito o petismo.
Bolsonaro passou para deslumbre de seus partidários, deixou outdoors semeados com sua figura patética e ameaçadora; enormes audiovisuais reproduzem seu semblante ameaçador nas paredes dos prédios sem que tenha recebido uma pedrinha sequer...
As posturas radicalmente diferentes dos dois blocos constituem indicadores importantes sobre o Brasil que temos e, o mais assustador, a possibilidade de radicalizá-lo ainda mais no futuro. O que o anti-lulismo está fazendo é somente a antecipação de momentos ainda mais tensos e violentos. E tem revelado o quanto é torpe nas relações sociais e humanas, o quanto trabalha contra a formação de uma sociedade que divirja sob preceitos republicanos e democratas. (Tau Golin)

domingo, 25 de março de 2018

BRASIL EMPATA NO ÚLTIMO MINUTO - CORREIO DO POVO


                                                                                                                           Foto: Ricardo Giusti 
Transcrevemos a notícia saída no jornal CORREIO DO POVO que foi o primeiro a noticiar o empate do Xavante. Como fato digno de destaque, além do empate que traz a decisão da vaga para a final do campeonato gaúcho para o Bento Freitas com a vantagem do empate em zero a zero, é a presença da torcida lotando uma ala do estádio. Salvo engano havia no jogo tantos torcedores do Xavante quanto do time da casa. 

O Brasil de Pelotas estragou a festa do São José nos últimos minutos da partida deste domingo. O placar de 1 a 1 no Passo D'Areia deixa o Xavante com boa vantagem para avançar à final do Gauchão. Com o 0 a 0 em Pelotas, avançará, assim como qualquer vitória.
O Zequinha utilizou todos atalhos que conhece na grama sintética do Passo D'Areia na primeira etapa. Abafou a saída de bola do Xavante e colocou velocidade em meio à dificuldade do rival de conduzir a bola no piso diferenciado.
O gol surgiu já nos acréscimos da primeira etapa, com uma penalidade máxima cometida pela zaga do Brasil. O goleiro Fábio partiu confiante para a bola e anotou o 1 a 0 para a festa da torcida.
No retorno do intervalo, o Xavante fez tudo o que podia para igualar, pressionou, mas teve poucas chances claras de gol. A equipe ainda reclamou muito de uma penalidade em Alisson Farias, já aos 41 minutos.
Já na bacia das almas, aos 45 minutos, o Xavante conseguiu o que queria. Heverton recebeu nas costas da zaga e fulminou o 1 a 1 para correr para o abraço da torcida pelotense presente.
fonte : Jornal CORREIO DO POVO


terça-feira, 20 de março de 2018

FECHAMENTO DO POLO NAVAL DE RIO GRANDE, COMO ANIQUILAR COM UM PAÍS - P.R.Baptista

Em meio aos inúmeros fatos pode-se dizer criminosos que tem caracterizado a política brasileira, o encerramento as atividades do pólo naval de Rio Grande, é um dos que mais agride a consciência e a inteligência dos brasileiros. Não só pelo fechamento em si mas principalmente pelas circunstâncias pelas quais essa desativação foi promovida basicamente de natureza política e não apenas econômica.

sexta-feira, 16 de março de 2018

MARIELLE ERROU? - Jorge Eremites de Oliveira

Li uma postagem no Facebook a dizer que Marielle teria errado por isso e aquilo e, portanto, acabou morta. Nessas horas de dor e indignação, aparecem os intérpretes da desgraça alheia para explicar os fatos em busca sabe-se lá do quê.

Lamento por não tê-la conhecido pessoalmente. Gostaria de ter tido alguma convivência com Marielle e o privilégio de ser seu amigo e batermos bons papos nas caminhadas da vida. Daríamos grandes risadas e falaríamos sobre o mundo e as pessoas no Brasil. Aprenderia muito com ela. Ah, aprenderia, sim.

De fato, Marielle errou! Errou por ter nascido mulher, preta, pobre e favelada. Errou porque ousou estudar e ser socióloga, rompendo com os grilhões da ignorância e da alienação. Errou por não se enquadrar na heteronormatividade originária da Casa Grande. Errou ainda por defender pessoas LGBTT e estar ao lado do povo de terreiro, contrariando a máxima de que o neopentecostalismo seria a fase superior do Cristianismo capitalista. Errou por ser mãe ainda muito jovem, como tantas de nossas mães, e a brilhar para muito além do que imaginavam.

Também errou por ser do PSOL – e eu não sou filiado à legenda – e combater a exploração e a mais valia, dando visibilidade à luta de classes e à guerra genocida inaugurada séculos atrás. Errou por ser do campo progressista e bradar vozes há muito caladas e sofridas. Errou por ser uma vereadora muito bem votada no Rio e por representar a classe trabalhadora e o povo preto, denunciando a violência de todo tipo. Errou por defender os direitos humanos num país cada vez menos humanizado.

Ah, Marielle errou, sim! Mas, como diria Darcy Ribeiro, não gostaria de estar na pele de quem pensa ter acertado de outra maneira. Quero errar como ela porque mais vale a pena morrer vítima da tocaia covarde dos canalhas racistas e sexistas a serviço da Casa Grande a que viver e morrer de outra maneira, sem causa alguma a defender.

Sua morte, porém, aviva esperanças, estimula a solidariedade entre mulheres pretas, pardas e brancas no Rio, as quais derramaram suas lágrimas diante de sol escaldante que brilhava nos céus da Cinelândia. Estava lá entre as milhares de pessoas e esperei seu corpo chegar junto com o do Anderson até os dois saírem da câmara municipal para o sepultamento. Chorei, abracei e me solidarizei com tantas pessoas, incluindo colegas da academia. Nossos olhares, suores e lágrimas falavam mais alto.

Marielle e Anderson, presentes, hoje e sempre! – bradavam milhares de pessoas com o punho erguido como num pacto para toda vida: Seremos todas e todos Marielle e Anderson.

(*) Jorge Eremites de Oliveira -  Professor Associado -Departamento de Antropologia e Arqueologia do Instituto de Ciências Humanas- UFPel

FONTE: Racismo Ambiental

quarta-feira, 14 de março de 2018

CORRUPÇÃO NA UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA DO PARANÁ

 A Polícia Federal deflagrou nesta terça-feira, 13, com o Ministério Público Federal, a Controladoria Geral da União e a Receita Federal, a Operação 14 Bis.

A investigação mira em um esquema de gestores e de empresas que teriam se juntado para fraudar licitações e contratos no âmbito da Universidade Tecnológica Federal do Paraná – Campus Cornélio Procópio (UTFPR-CP). Há indícios de irregularidades de cerca de R$ 5,7 milhões.

Em nota, a PF informou que cerca de 90 policiais federais e servidores da CGU e da Receita cumprem 20 mandados de prisão temporária e 26 mandados de busca e apreensão, além de sequestro e indisponibilidade de bens. A ação ocorre nas cidades de Uraí, Cornélio Procópio, Nova América da Colina e Maringá, todas no Paraná.

As investigações apontaram a ocorrência de “irregularidades graves” em contratos celebrados entre a UTFPR-CP e empresas que prestaram serviços de manutenção predial, manutenção de ar-condicionado, manutenção de veículos, fornecimento de materiais de construção e serviços de reprografia.

Entre as irregularidades estão a suspeita de obtenção de informação privilegiada, formação de grupo econômico, uso de documento potencialmente falso ou insuficiente para atesto de capacidade técnica, pagamentos superiores aos valores contratados, superfaturamento, sobrepreço, frustração de concorrência, suspeita de pagamento de materiais não recebidos ou desviados, entre outros.

A PF destacou que a UTFPR recebeu denúncia relativa aos fatos na operação e “imediatamente adotou medidas em âmbito administrativo, como, por exemplo, a realização de auditorias conduzidas por sua unidade de Auditoria Interna, além da demissão, mediante Processos Administrativos Disciplinares, de dois servidores envolvidos nas fraudes”.

Os presos serão conduzidos à Delegacia de Polícia Federal em Londrina onde permanecerão à disposição da Justiça.

Os suspeitos poderão responder pelos crimes de associação criminosa, falsidade ideológica, peculato, corrupção passiva, corrupção ativa, crimes contra o processo licitatório, sem prejuízo de outras implicações penais a serem constatadas,

O nome da operação é uma alusão à empresa criada para facilitar os desvios.

Fonte : EXAME

segunda-feira, 12 de março de 2018

SUTILEZAS - Antonio Peixoto

As sutilezas de uma editoração e diagramação
No esporte adoram equilibrar o que não é equilibrado pra contentar o mais fraco, diminuindo o fato principal. Indiscutivelmente não há comparações quanto à importância dos fatos, mas o jornal insiste no valor igual das notícias. Talvez pelo fato de que sejam duas paixões e seja difícil de manejar com isso. Por aí...

sexta-feira, 9 de março de 2018

FOTOGRAFIA- Beatriz Mecking

Criativa e interessante fotografia da praia do Balneário dos Prazeres ( Barro Duro - Pelotas ). A autora , Beatriz Mecking, se diz amadora, mas consegue reunir nessa imagem elementos essenciais que a tornam uma foto de particular valor realçando a beleza natural do local, sem dúvida um dos recantos mais atraentes de Pelotas..
Não se pode deixar de destacar, integrada à moldura natural propiciada pelas árvores, a presença humana significativamente reduzida a uma pequena figura mas de fundamental importância no conjunto da foto.

P.R.Baptista

domingo, 4 de março de 2018

OPINIÃO - Assis Brasil

 A senhora Paula Mascarenhas, acostumada a viver bem pela política com voto daqueles que ainda acreditam em promessas eleitoreiras e esta pessoa dormindo ao lado do lixo na porta do Teatro 7 de Abril, ao lado do bloco onde a prefeita reside, escancaram o desprezo pelo próximo 
É difícil acreditar que um governante, seja ele quem for, não tenha nada para oferecer para seres humanos que vivem em condições tão adversas. 
Governos que entulham as administrações de verdadeiras corriolas, deveriam ter vergonha do que fazem com aqueles que vivem abaixo da linha da miséria..

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sexta-feira, 2 de março de 2018

REFORMA DO ENSINO MÉDIO : NÃO DÁ PARA ACEITAR - Viegas Fernandes da Costa

Gostaria de compartilhar um desabafo. Não sei se é apropriado, mas nos últimos tempos uma angústia vem crescendo dentro do meu peito, e percebo muitos colegas carregando também dentro dos seus peitos humanos este monstro que nos devora vontades, sonhos e vidas.
Hoje estou professor de História no Instituto Federal de Santa Catarina em Florianópolis. Já lecionei em muitas escolas, nos diferentes níveis de ensino e em várias cidades. Já passei por escolas públicas municipais, estaduais, particulares e confessionais. Hoje me dedico em tempo integral aos alunos da rede pública federal. Leciono História para os desvalidos da sorte, como o presidente Nilo Peçanha chamava o povo para o qual a escola técnica fora criada lá nos primórdios do século XX. Desvalidos do sistema, eu diria. Os moradores dos guetos sociais,dos territórios ensombreados, das cavas e covas urbanas. Tenho muito orgulho de lecionar História em um Instituto Federal, o mesmo que abrigou as aulas do professor Franklin Cascaes, o pesquisador que ouviu as gentes simples da Ilha de Santa Catarina, registrando suas memórias de bruxas e sua fé popular. E quando digo orgulho, não falo do envaidecimento, mas desta percepção de que nosso trabalho contribui ao fomentar nos meus colegas estudantes reflexões sobre o tempo presente à luz da reflexão teórica e da historiografia. Agora mesmo, escrevo em meu momento de descanso, rodeado de estudantes. São jovens e repletos de possibilidades. Ainda há pouco estávamos em sala de aula, lemos o poema de Bertold Brecht, "Perguntas de um trabalhador que lê", e assistimos aos vinte minutos iniciais do filme "Nós que aqui estamos por vós esperamos". Foi emocionante! A música de Wim Mertens embalou o debate. Falamos de Freud, de Hobsbawm, de Picasso, do alfaiate que sonhava voar, do bailarino Nijinski, da telefonista Martha Vertovska, que também empacotou milhões de cigarros. E só foi possível falarmos destas pessoas e do tempo que embalaram em seus medos, porque era uma aula de História. Daí o orgulho, porque a gente aprendeu que um Instituto de Educação Tecnológica não é centro de treinamento, mas território de potência criativa, de construção de cidadania, e também lugar de pensar profissões. Afinal, quem tem profissão professa algo, e eu prefiro professar a humanidade. Esta mesma humanidade que o governo federal tenta agora arrancar da educação pública a fim de devolver os jovens potentes à condição de desvalidos, não da sorte, mas dos interesses mesquinhos e individualistas de um mercado sem rosto, sem corpo e sem sonhos.
A razão pela qual caminhamos angustiados e envergonhados diz respeito a esta proposta que mutila nossa educação e aprofunda a ignorância das multidões, máquinas e buchas de canhão. Esta proposta que arranca a dimensão da poesia e da utopia das nossas escolas, tornando-as espaços de treinamento que formatarão humanos a operar como máquinas desalmadas e repletas de dor. Importante não esquecermos que Picasso, Freud e Lênin ladeiam Einstein nos pilares deste breve século XX, assim professa Marcelo Masagão depois de ler "A Era dos Extremos". Não haveria a física sem a filosofia, não haveria famílias sem memória, tampouco ciência sem arte.
Por isso é hora de nos levantarmos e dizermos não. Este governo que envia soldados para revistar crianças pobres como se fossem elas as responsáveis pela violência urbana, tenta agora assaltar o futuro, perpetuando a miséria entre aqueles que não dispõem de dinheiro para financiar seus estudos. A reforma do ensino médio agora imposta se apropria de conceitos caros ao debate pedagógico, como interdisciplinaridade, protagonismo e democracia, para esvaziá-los no pragmatismo de uma educação utilitarista e que atenda aos interesses de mercado, formando regimentos dóceis de homens e mulheres lama, bala e tela.
Não dá para aceitar. Não dá!

Viegas Fernandes da Costa
Prof. de História do IFSC