domingo, 30 de junho de 2019

JOSÉ DIRCEU FOI ESQUECIDO ? - P.R.Baptista


José Dirceu possivelmente seja o nome mais importante da formulação ideológica da esquerda brasileira desenvolvida pelo PT com um currículo bem mais relevante, sob este aspecto, do que o de Lula, resumido ao campo sindical em São Paulo, e de quem estava previsto que seria o sucessor.
De temperamento, no entanto, muito reservado e muito dedicado à articulação e fundamentação política do Partido dos Trabalhadores, nunca ganhou os holofotes destinados à Lula.
Talvez por isto nem sempre, ao contrário de Lula, era enaltecido e, hoje, parece até esquecido.
Preso novamente em maio deste ano , não há nenhum movimento pela sua libertação, não há nenhuma hashtag Dirceu Livre.
Não obstante, manteve-se fiel ao PT e à Lula não acedendo, ao contrário de Palloci , às vantagens da delação premiada. 
No dia 4 de setembro de 1969, os companheiros da ALN e do Movimento Revolucionário 8 de Outubro (MR-8), dentre eles o jornalista e ex-deputado federal Fernando Gabeira e o jornalista Franklin Martins, realizaram o ato mais ousado da guerrilha urbana no Brasil: o sequestro, no Rio de Janeiro, do embaixador dos Estados Unidos no Brasil, Charles Burke Elbrick. O resgate seria pago com a libertação de 15 presos políticos e a divulgação de um manifesto.
Entre estes presos estava José Dirceu, o segundo, em pé, da esquerda para a direita, no momento da partida dos presos para Cuba.
Ironia do destino e um castigo ainda maior para ele, José Dirceu dividia até bem pouco a mesma situação prisional do ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha, recentemente transferido para o Rio de Janeiro, em uma ala nova no Complexo Médico Penal de Pinhais, nos arredores de Curitiba, a prisão da Lava-Jato.
Outros quatro prisioneiros ocupam ainda a mesma cela de Dirceu e Cunha. Ao todo, na "ala nova" estão cerca de 40 prisioneiros da Lava-Jato, entre eles o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto, o ex-senador Gim Argello e o ex-diretor da Dersa paulista Paulo Vieira de Souza, apontado como operador do PSDB.
Antes de se entregar, em mensagem à militância petista  ele avisou. "O vulcão já entrou em erupção." "Eu me preparei para isso. Vou ler mais, manter a saúde, manter o contato."
Pode ser, a julgar pela sua determinação ideológica deve reservar forças para não se considerar derrotado.
Mas, evidentemente, parece abandonado pela militância, talvez até se possa dizer, traído.

P.R.Baptista

quinta-feira, 27 de junho de 2019

FREIXO DEFENDE BOLSONARO


Freixo defende Bolsonaro em caso de militar preso com cocaína: 'Não podemos ser levianos'
Deputado escreveu nas redes sociais que o episódio é grave e precisa ser esclarecido, mas que pode ser um caso isolado

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MINISTRO FALA SOBRE CORTES NA EDUCAÇÃO

quarta-feira, 26 de junho de 2019

QUANDO OS AGENTES RESPONSÁVEIS PELA ORDEM SÃO INFRATORES

.A foto é o registro do momento no qual um carro da Guarda Municipal, no dia 25 de junho, encontra-se estacionado sobre a faixa de ciclistas na curva que sai da rua Félix da Cunha para entrar na praça da Catedral. Este trecho, mal traçado, é particularmente perigoso pois os carros que fazem a curva saem quase encima da faixa.
Independentemente do motivo pelo qual o carro se encontra estacionado no local e do tempo que tenha permanecido, o fato é injustificável até porque, uns poucos metros adiante, há espaço suficiente.
O fato demonstra, isto sim, uma desatenção, para não dizer um descaso, das autoridades responsáveis por zelar pela segurança da população, no caso, por zelar pela segurança dos ciclistas.
O PINHA LIVRE publica o registro, feito por um seguidor, com o objetivo de que situações como esta sejam corrigidas.

ENTREVISTA DE TÁBATA AMARAL COM CIRO GOMES

ENTREVISTA DE EDUARDO MOREIRA COM CIRO GOMES

terça-feira, 25 de junho de 2019

Audiência Pública - Convidado: - GLENN GREENWALD

Europa se prepara para temperaturas de 40 graus e onda de calor "sem precedentes"


Europe braces for 40 degree temperatures as forecasters warn of 'unprecedented' heatwave
Hot air from north Africa will push temperatures up from this weekend.

Temperatures are set to soar across the continent next week Temperatures are set to soar across the continent next week
Image: Windy.com

EUROPE IS SET to feel the heat as a sizzling heatwave is expected to bring temperatures as high as 40 degrees Celsius to parts of the continent next week.

Forecasters say a wave of hot air coming from the Maghreb in north Africa and Spain will push temperatures up from this weekend, before hitting a peak in the middle of the week.

Spain’s meteorological agency Aemet issued a “yellow alert” for severe weather on Sunday, and says it expects to see a “hotter than usual” summer like last year.

In Germany, forecasters are predicting temperatures of up to 37 degrees Celsius on Tuesday and 38 degrees on Wednesday, with similar heat also expected in Belgium and Switzerland.

Meanwhile, the British Met Office said it was particularly concerned that the heatwave could trigger “violent storms” and warned Britons to expect “hot, humid and unstable” weather.

Greece will be one of the countries most affected by the heatwave, with temperatures hitting as high as 39 degrees Celsius this weekend.

And in France, meteorologist Francois Gourand said the heatwave is “unprecedented for the month of June” and will no doubt beat previous heat records.

It will recall the summer of 2003, when the country suffered an intense heatwave that led to the deaths of nearly 15,000 mostly elderly people.

Starting on Tuesday, France will see temperatures from 35 to 40 degrees Celsius, which will remain high at night offering little respite from the heat.

“Since 1947, only the heatwave of 18 to 28 June, 2005, was as intense,” said Meteo France, adding the scorching weather would probably last a minimum of six days.

The heatwave shows the impact of climate change on the planet, and such weather conditions are likely to become more frequent, meteorologists said.

However, temperatures in Ireland are expected to be a little cooler and conditions will not be the same as the heatwave seen this same time last year, but it is still expected to reach as high as 24 degrees in parts next week.

With reporting from - © AFP 2019

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segunda-feira, 24 de junho de 2019

MINHA SOMBRA - Álvaro Barcellos


Quando lapidaram
minha sombra
nem ao menos sei
se estava lá
embora ressoe ainda
em meus ouvidos
a cantiga longínqua
de então

E  possa ao fundo identificar
o traçado talvez do giz
que teria riscado
minha provável silhueta.

De resto o mar
e seu ruído intenso
e compassado.

O BRASIL FORA DOS BRICS - André Motta Araújo


Todos os nomes que estão sendo hoje circulados para representar o Brasil tem fortes ligações com os EUA, o que deverá ser muito mal visto pelos demais países sócios do Banco, razão pela qual podem provocar alguma manobra para tirar a vez do Brasil, que deveria ter a próxima Presidência.

O grupo de grandes países emergentes que tem 40% da população mundial é uma realidade geopolítica, hoje consubstanciada no New Development Bank, o banco dos BRICS, com sede em Shangai, cuja próxima Presidência DEVERIA ser do Brasil, mas provavelmente não será. O Brasil foi fundador entusiasta do Banco dos Brics e tinha lá como seu representante e diretor um nome de alto prestígio, o economista Paulo Nogueira Baptista Jr., que tinha sido o diretor brasileiro do Fundo Monetário Internacional por muitos anos.

Nogueira Baptista foi afastado de seu cargo pelo governo brasileiro, sendo sem dúvida o mais experiente nome para esse cargo, dada sua longa experiência em instituições financeiras multilaterais.

Todos os nomes que estão sendo hoje circulados para representar o Brasil tem fortes ligações com os EUA, o que deverá ser muito mal visto pelos demais países sócios do Banco, razão pela qual podem provocar alguma manobra para tirar a vez do Brasil, que deveria ter a próxima Presidência. Para os demais sócios não teria sentido ter na Presidência um quinta-coluna de Washington, dado que o banco foi criado exatamente para não estar sob a influência dos EUA, em contraposição ao Banco Mundial.

O Brasil simplesmente se afastou neste novo governo, de forma ostensiva, desagradável, estridente, ilógica, pouco inteligente e nada diplomática do conceito geopolítico que embasa esse bloco de países, cuja base é se opor a pretensão imperial dos Estados Unidos em política externa.

Não é um enfrentamento direto, é uma disputa por áreas de influência no mundo, considerando que os EUA pretendem continuar a exercer um modelo que ao fim do dia traz mais problemas que soluções às relações internacionais. O consenso evidente do conceito BRICS é que seus componentes, Brasil, Russia, Índia, China e África do Sul, tenham, no mínimo, uma política externa INDEPENDENTE daquela que é a linha imperial dos Estados Unidos. Um alinhamento a Washington automaticamente desqualifica um País a pertencer ao bloco.

Ora, a postura do atual governo, se oferecendo, sem que isso tivesse sequer sido sugerido pelos americanos, como alinhado total de Washington, mais do que isso, à Administração Trump, malvista no mundo inteiro, da União Europeia à Ásia e com um único aliado automático, Israel, tira o Brasil da lógica do bloco BRICS, é uma evidência óbvia, de consequência geopolítica.

Na próxima reunião do G-20, em Osaka, no Japão, haverá uma reunião paralela dos BRICS, para a qual o Brasil não deve ser convidado. A atitude nem sequer é hostil, é apenas lógica. Se nessa reunião se tratar de discussões sobre a situação mundial, onde existem conflitos, onde de um lado estão Russia, China e Índia, como no caso da guerra comercial e de outro estão os EUA, como confiar na mesa em um parceiro que é alinhado absoluto de Washington?

Os EUA são o passado e não o futuro. A posição relativa dos EUA no arranjo econômico mundial é decrescente há décadas. Em 1945 os EUA tinham 51% do PIB mundial, hoje tem em torno de 26%, a queda foi de lento decréscimo e continua. China e Índia crescem suas economias a um ritmo de 6 a 7% ao ano, enquanto a economia americana cresce em torno de 3 a 3,5% nos bons anos, o que matematicamente aumenta o “gap” a cada década, tudo isso sem falar em uma guerra comercial dos EUA com a China, o México e a União Europeia, que está apenas começando e aumentará a divergência entre os blocos.

Ora, o Brasil se alinhar à potência decrescente é um contrassenso, ainda mais porque a China é o maior comprador de exportações brasileiras, enquanto os EUA são concorrentes do Brasil no mercado mundial, o que aumenta o contrassenso. Mais ainda, os EUA não são aliados do Brasil em tudo, embora o Brasil deseje essa posição, o Brasil SE ofereceu como aliado sem condições, inclusive isentando de vistos cidadãos americanos SEM reciprocidade, uma situação simbolicamente humilhante, como a dos passageiros dos antigos navios de luxo, onde os passageiros de 1ª classe podiam ir à 2ª classe procurar namoradas mas os da 2ª classe não tinham acesso à 1ª classe, uma postura de inferioridade explícita e que diminui um País, sua autoestima e seu prestígio.

Não é preciso dizer que a situação diplomática do Brasil hoje é de ISOLAMENTO. Não subiu de categoria junto à Washington, que não deu até agora vantagem alguma em contrapartida à oferta unilateral de aliança do Brasil e, por outro lado, o Brasil perde lugar à mesa dos BRICS, cai de categoria como potência média e de grande País emergente. Junto à União Europeia perde a extraordinária e valiosa posição de potência ecológica respeitada, ao rejeitar os acordos climáticos que eram, por excelência, área de influência e controle do Brasil. Ai se completa o isolamento geopolítico e diplomático procurado, enquanto que no Oriente Médio o Brasil perde o seu antigo papel, posição e prestígio junto ao bloco árabe, grande cliente dos produtos brasileiros por se oferecer, sem que tivesse sido solicitado, em aliança com Israel, país carente mundialmente de aliados, com exceção única dos EUA e que pouco ou nada representa para os interesses e comércio exterior brasileiro.

Quanto a uma suposta disponibilidade tecnológica de Israel para o Brasil, NÃO é preciso nenhuma aliança, basta ter dinheiro para comprar, Israel vende sua tecnologia para quem puder pagar, sem restrições.

O isolamento geopolítico do Brasil está apenas começando, a tendência natural é de aumento, diplomacia é geralmente área de movimentos lentos e atrás das cortinas, as costuras são imperceptíveis a olhos nus, quando o Brasil se der conta seremos párias mundiais, nos darão um resto de conforto à exportação de alimentos mas ai também  há o risco de retrocessos por causa de questões de “selo verde” e alianças erradas.

E pensar que a diplomacia brasileira já foi das mais prestigiadas do mundo, pelo seu equilíbrio e bom senso, alianças sutis e vantajosas, parceira da paz.

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sábado, 22 de junho de 2019

G.P. PRINCESA DO SUL/ 2000



O de maior público dos últimos 50 anos, afora o que se vê aí há gente no peão do prado, outrossim chamado de bacia, e ainda na parte da Casa de Chegada e muro da Avenida Salgado Filho, onde vão construir as obras da HAVAN e Zaffari, além das dependências da frente dos pavilhões popular e social, além no local das bancas de alimento, com público estimado geral de 20.000 pessoas presentes na Tablada e a presença da joqueta Janaína Isabel Batista, vencendo como cavalo RIDER CUP, e pela primeira vez um feito de mulher neste consagrado e magno GP de turfe em Pelotas e zona Sul de nosso estado gaúcho. Administração Nicolaiewsky &. Nicolaiewsky Ltda. - PFiss -. Clique de Cesar Larrossa
Fonte:Fiss Fiss‎Hipódromo da V . São Miguel não deixe cair no esquecimento

COMPORTAMENTO

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Lauren Bacall fuma enquanto toca piano numa cena do filme Young Man with a Horn (1950).
Embora todo o charme pretendido que na época a cena transmitisse, à luz do pensamento atual um cigarro pendurado na boca artificialmente tem um efeito contrário.

40% das mulheres que sofrem violência doméstica são evangélicas, diz pesquisa recente


TIAGO CHAGAS
10 DE NOVEMBRO DE 2016
A violência doméstica é uma triste realidade no Brasil e uma pesquisa descobriu uma informação ainda mais alarmante: 40% das mulheres que se declaram vítimas de agressões físicas e verbais de seus maridos são evangélicas.

A descoberta é resultado de uma pesquisa da Universidade Presbiteriana Mackenzie a partir de relatos colhidos por organizações não governamentais (ONGs) que trabalham no apoio às vítimas desse tipo de violência.

“Não esperávamos encontrar, no nosso campo de pesquisa, quase 40% das atendidas declarando-se evangélicas”, diz um trecho do relatório divulgado, de acordo com informações da Rede Super.

A surpresa não é maior do que a preocupação que existe sobre o contexto das agressões: muitas das vítimas dizem sentirem-se coagidas por seus líderes religiosos a não denunciarem seus maridos.

“A violência do agressor é combatida pelo ‘poder’ da oração. As ‘fraquezas’ de seus maridos são entendidas como ‘investidas do demônio’, então a denúncia de seus companheiros agressores as leva a sentir culpa por, no seu modo de entender, estarem traindo seu pastor, sua igreja e o próprio Deus”, denuncia o documento.

Os responsáveis pelo estudo ressaltam, no relatório, que as comunidades de fé onde essas mulheres que sofrem violência congregam precisam agir de maneira diferente: “O que era um dever, o da denúncia, para fazer uso de seu direito de não sofrer violência, passa a ser entendido como uma fraqueza, ou falta de fé na provisão e promessa divina de conversão/transformação de seu cônjuge”, constatam.

No programa De Tudo Um Pouco, da Rede Super, o pastor Renato Vieira Matildes e o advogado Antônio Cintra Schmidt analisaram os dados dessa pesquisa.

De acordo com Matildes, a omissão dos pastores é parte importante nos casos de violência doméstica: “A gente percebe a omissão pela falta de orientação e pela omissão mesmo de não querer informar. Porque é mais fácil virar e dizer: ‘Olha, vá embora que nós vamos orar e Deus vai fazer a obra’”, disse.

O pastor ponderou que a ação espiritual é válida, mas é necessário tomar medidas que garantam a segurança dessas mulheres: “Deus realmente continua fazendo a sua obra. Porém é mais difícil a gente instruir essas pessoas. É difícil você sentar com um casal e sentar com eles uma noite, um dia. Essas são questões difíceis de lidar e as pessoas não querem fazer isso e caminham para o lado mais fácil […] Isso não pode ser assim e não deve ser assim”, acrescentou.

Para o advogado Schmidt, a igreja pode ter condições de ajudar a mulher que se encontra nesta situação de forma mais efetiva: “Seria muito interessante se as igrejas tivessem esse acompanhamento e esse grupo para ajudar na conscientização da mulher”, comentou. “A mulher tem um receio tremendo por todos esses fatos, de fazer uma denúncia, de expor a convivência familiar dela e em qualquer nível. Acontece que às vezes não é ela quem expõe. O vizinho, por exemplo, vê uma agressão e pode fazer a denúncia. E feita a denúncia, a Polícia vem e dali para frente não tem mais como parar o processo”, explicou.

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quinta-feira, 20 de junho de 2019

Bancada do PSL convoca e desconvoca Glenn Greenwald no mesmo dia



O deputado federal Daniel Silveira (PSL-RJ) protagonizou uma cena tragicômica na tarde desta quarta-feira (12) na Comissão de Segurança Pública da Câmara dos Deputados.

O parlamentar, que ficou famoso por quebrar uma placa de Marielle Franco, apresentou um requerimento para a convocação do jornalista Glenn Greenwald para prestar esclarecimentos sobre as conversas publicadas pelo site The Intercept Brasil entre o ex-juiz Sérgio Moro e os procuradores da República que atuam no âmbito da Operação Lava Jato.

Alguns minutos depois, porém, o próprio Silveira mudou de ideia sobre o requerimento. O motivo? Os deputados da oposição presentes na comissão apoiaram a convocação de Greenwald sem ressalvas.

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Lava Jato afeta 51 mil empresas e 500 mil empregos


São Paulo – Mais de 51 mil empresas estão em risco por conta da Operação Lava Jato, afirmou o advogado-geral da União, Luís Inácio Adams.

Essas milhares de companhias dependem das 23 empreiteiras que estão sendo investigadas pela Operação Lava-Jato da Polícia Federal, que podem fechar por conta do envolvimento com o escândalo de corrupção da Petrobras.

As 23 empresas que estão sendo investigadas compõe um quadro de 51 mil CNPJs. Estas são fornecedoras, investidores e prestadores de serviços, que seriam afetadas pela restrição ou fechamento das empreiteiras.

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terça-feira, 18 de junho de 2019

ENTRE NOITES, GREVES E POEMAS - Ricardo Almeida

Foto: Luiza Castro/Sul21
Paulo Leminski estava certo ao poetizar que “en la lucha de clases, todas las armas son buenas: noches, piedras y poemas”… A luta, as noites e os poemas são parceiros para iluminar a mente e, consequentemente, as nossas relações políticas, sociais, profissionais e espirituais. Embora, atualmente, a nossa vida esteja muito dependente das novas tecnologias, caracterizada pelo compartilhamento e o consumo ininterrupto de informações, pela proliferação de pessoas céticas, dispersas e solitárias, pelo esvaziamento das nossas organizações de base, pelo aparelhamento das mesmas por pequenos grupos políticos, estamos retomando as ruas, as manifestações artístico-culturais e construindo novas organizações plurais, democráticas e populares.

Reconhecer esse contexto é importante para poder agir com consciência e sensibilidade histórica, seja para celebrar os pequenos avanços obtidos, como para questionar os equívocos praticados, como foi o caso de não refletir sobre as mudanças estruturais e culturais que ocorreram na sociedade brasileira nas últimas décadas e focar a atuação política apenas nos governos, nos partidos políticos e/ou nos gabinetes parlamentares. Antes de tudo é preciso lembrar que, no Brasil, a maioria das organizações de esquerda surgiu a partir das grandes mobilizações dos pequenos agricultores, dos camponeses, dos operários, dos estudantes, dos artistas e de diversas categorias profissionais. As que ocorreram no final dos anos 1970 e início dos anos 1980, por exemplo, vieram junto com canções que provocaram profundas mudanças culturais e políticas nos indivíduos e nas comunidades. Quem recordar isso, seja por experiência própria ou pelos relatos, também vai lembrar que as mobilizações, as greves e as manifestações artísticas surgiram exatamente como agora, quando os trabalhadores, os estudantes e os artistas viram os seus direitos ameaçados.

Aquelas mobilizações políticas e culturais mudaram definitivamente a consciência de uma pequena parte do povo brasileiro e acabaram se transformando em símbolos da resistência política contra os governos e a sociedade conservadora. Era um período de entrada massiva de capital estrangeiro e de extrema industrialização do país, em que os regimes militares e civis priorizavam as exportações ao invés da melhoria das condições de vida do povo. As fábricas e bancos já estavam adotando novas tecnologias, e o número de trabalhadores empregados se tornava cada vez menor. No setor do agronegócio exportador não foi diferente, com a introdução de máquinas e mais máquinas no campo, muita gente passou a peregrinar pelas estradas e pelas ruas em busca de trabalho, formando um grande exército de reserva e de mão-de-obra barata.

Não é por acaso que a Constituição de 1988 se tornou a principal referência dos acúmulos e conquistas obtidos pelos movimentos sociais nas áreas do trabalho, dos direitos civis e humanos. Mas, foi somente a partir dos governos Lula, em 2003, e Dilma, em 2011, que aquelas conquistas constitucionais foram traduzidas em políticas públicas, com a criação e implementação de diversos planos e programas sociais. No entanto, apesar de termos vivido um período de pleno emprego, de bonança e de eliminação da pobreza extrema etc., a cultura política da maioria do povo brasileiro permaneceu focada apenas no consumo.

Foi a partir de 2008 e, principalmente, de 2013, com a nova crise econômica que assolou o mundo, que diversos empresários nacionais e internacionais, aproveitando alguns vacilos do governo Dilma e o desespero de pessoas despolitizadas, resolveram patrocinar um golpe midiático-jurídico-parlamentar, com a clara intenção de baixar ainda mais o valor dos salários e eliminar os direitos sociais conquistados durante longos anos de lutas. Novamente os trabalhadores, os estudantes e os artistas foram chamados para retomar as suas organizações de base e surgiram novos tipos de organizações, que resultaram em grandes manifestações, como as #CaravanaLula, o #EleNão, a campanha #HaddadManu, o @8M, o #15M, o #FestivalLulaLivre, o #30M e a #GreveGeral do dia 14 de junho. O propósito é defender os direitos ameaçados e não permitir que o país volte àquela noite escura, em que não havia liberdade de expressão e o povo vivia na carestia ou numa situação de extrema pobreza.

A indignação começou a se manifestar em pequenos grupos e protestos dispersos, mas depois foi crescendo, juntando forças políticas, até chegar às grandes manifestações, como foi a #GreveGeral do dia 14 junho de 2019.

Esse processo paciencioso permitiu que os trabalhadores, os estudantes e os artistas adquirissem uma nova cultura política, ao reivindicarem questões específicas, como a liberdade de cátedra, a defesa da previdência e a educação pública, unificaram diferentes forças políticas e estão superando aquele período de disputas mesquinhas e de dispersão de esforços que existia até recentemente. Ao denunciar as conspirações de empresários e de governos estrangeiros aqui no Brasil, a defesa da soberania nacional, que era uma pauta mal apropriada pela direita conservadora, também começou a aparecer no seio dessas manifestações.

Isso prova que as manifestações e as greves, junto com as canções e os poemas, ensinam os trabalhadores, os estudantes e os artistas a identificar onde repousam as suas forças e as dos seus inimigos políticos. Revela quem está contra os seus direitos e quem está mais próximo, para propor um diálogo fraterno e organizar a resistência. Por meio dessas experiências práticas, as mentiras vão sendo desconstruídas e revelam quem são os lobos que se vestem com togas de cordeiros.

As mobilizações, junto com a poesia, serão sempre um tipo de “escola política” em que as pessoas aprendem ao participar, abrindo as suas mentes não somente em relação às suas questões individuais, mas principalmente no que se refere ao papel dos coletivos, da política pública, dos governos, do parlamento, do judiciário e da grande mídia. No entanto, é importante destacar que elas são apenas alguns dos meios da luta de classes no meio dessa noite escura, e que existem outras formas de luta que podem e devem ser levadas em conta, como as disputas parlamentares, jurídicas e as que ocorrem na área da comunicação de massas. Se a Rede Globo, a Shell, a Havan, as lojas Marisa, a Riachuelo, algumas seitas neopentecostais, por exemplo, ficaram do lado do golpe jurídico-midiático-parlamentar, os democratas, os socialistas, os comunistas, os anarquistas e os progressistas, junto aos movimentos populares, amplificaram as suas vozes por meio do Intercept e dos diversos canais e veículos digitais que surgiram.

Estamos no meio de uma guerra de informações de proporções internacionais que ainda não foi suficientemente compreendida pelos brasileiros. Se, por um lado, alguns formadores de opinião raciocinam como se ainda estivéssemos utilizando apenas as mídias tradicionais (rádio, televisão e jornal), por outro, ainda não foram formuladas as novas estratégias que aproximem o digital do presencial, e vice-versa, que esclareçam a distinção entre uma rede social orgânica de uma ferramenta digital, de um canal e de um veículo digital, que considerem a espionagem digital etc. Por isso, o desafio passa pela formação política, mas também pela criação de redes orgânicas de comunicação, pelo uso adequado dessas novas mídias, sem ignorar as demais, e fundamentalmente pela organização de espaços democráticos digitais e presenciais de participação.

O Festival Lula Livre, realizado em São Paulo, por exemplo, foi visto em tempo real por milhões de pessoas em função das ferramentas, mídias e veículos digitais. Este tipo de ação presencial-digital-cultural pode e dever ser multiplicada, pois é preciso trazer de volta as músicas, os poemas e as metáforas com as suas rebeldias e sutilezas. Junto com as novas linguagens, recheadas de força, de histórias sobre o cotidiano e de subjetividades, darão um novo sentido para a nossa vida. Certas canções chegam por meio dos nossos computadores e celulares, e servem como uma senha para o engajamento cultural e, consequentemente, político.

Se partirmos do princípio de que este projeto autoritário, conservador e entreguista não tinha como dar certo neste mundo globalizado e interdependente, com as provas incontestáveis que revelaram a conspiração de Moro, Dallagnol, Fux e de outros atores que ainda não foram identificados, acabou ficando muito pior para eles. No entanto, o poder real ainda está sendo disputado por quem está organizado nos estados e nos municípios. Por isso, é hora de arregaçar a mangas e utilizar a máxima sabedoria, inteligência e criatividade possível, pois a experiência de construção de um “frente política” ainda é muito recente no Brasil. Ainda precisamos reconhecer e valorizar a autonomia dos movimentos sociais para construir novas “retaguardas” e deixar de alimentar o “culto às personalidades” ou a ilusão de que existe “Salvadores da Pátria”. Isso, por si só, já será um grande ato revolucionário que poderá nos livrar de futuras desilusões e/ou surpresas desagradáveis.

As experiências ensinam e, como já existem diversos movimentos autônomos de trabalhadores urbanos e rurais, de artistas, de estudantes, de coletivos feministas e LGBTs, dos povos indígenas e afrodescendentes que estão dando respostas ao desmonte da previdência pública, à ocupação e uso do solo, à demarcação das terras indígenas e quilombolas, ao déficit habitacional, à liberdade de cátedra etc, além do imprescindível combate aos diferentes tipos de discriminação: religiosa, de gênero, étnica, artística etc, dá pra sentir que as greves e os poemas estão voltando a disputar a hegemonia política e cultural do país e ampliando o leque de forças libertárias. Este é um claro sinal de que as noites poderão voltar a servir apenas para sonhar e que pode estar amanhecendo um novo dia. Adelante!

(*) Ricardo Almeida-  Consultor em Gestão Projetos TIC

FONTE


segunda-feira, 17 de junho de 2019

domingo, 16 de junho de 2019

FOTOGRAFIA - Cristina Carriconde

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Cristina Carriconde, pelotense que morou muito tempo no Rio, é uma referência importante na Fotografia.
Tem um trabalho que merece ser conhecido, analisado, divulgado.
A respeito da foto comenta Thom Gourley
This could not be more perfect! Amazing. I never get tired of looking at it. 

P.R.Baptista

sábado, 15 de junho de 2019

OPINIÃO - Jorge Luiz Souto Maior,(*)


Nesta foto vemos uma jovem pedalando sem capacete, sem nenhum vínculo empregatício e sem nenhum direito trabalhista entregando comida de um restaurante que não é onde ela trabalha para alguém que a pediu por um aplicativo milionário que também não é onde ela trabalha.

Usando uma bicicleta que não é sua e pela qual ele paga para usar a um banco bilionário que também não é onde ela trabalha.

Na verdade, ela não trabalha em nenhum lugar, porém trabalha muito (e provavelmente recebe pouco). Mas acredite: há quem diga que isso é "oportunidade", "empreendedorismo" ou "criatividade do brasileiro". Eu tenho outros nomes: servidão e escravidão.

Servidão pois, CONSCIENTEMENTE, na teoria, ela concordou em servir o sistema capitalista em troca de um valor. Escravidão pois, diante das circunstâncias, ela,INCONSCIENTEMENTE, na prática, se escravizou em troca de um valor.

Se ela:
- cair,
- se machucar,
- for roubada,
- for estuprada numa emboscada,
- for atropelada, enfim,
- morrer, ...

...azar o dela. Ninguém mais será responsável e muito menos arcará com os prejuízos pela fatalidade. E, repito, há quem acha isso "normal" e ainda incentiva: "força de vontade".

Thomas Hobbes afirmou em Leviatã (1651) que o "homem é o lobo do homem" (“homo homini lupus”). Segundo Hobbes, em um estado natural, o individualismo humano o compele a viver em guerra uns com os outros. Portanto, para ele, é de nossa natureza usurpar e explorar outros seres humanos. Isso revela que o homem é o predador do próprio homem, sendo um vilão para ele próprio.

Em essência, ainda estamos em 1651."

(*) Jorge Luiz Souto Maior, Desembargador do TRT da 15a. Região

terça-feira, 11 de junho de 2019

BRASIL DESTROÇA AGENCIAS AMBIENTAIS E ABRE CAMINHO PARA DESFLORESTAMENTO SEM CONTROLE

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Mongabay Series: Amazon Illegal Deforestation
  • The Bolsonaro administration has launched policies that undermine IBAMA, Brazil’s environmental agency, and ICMBio (The Chico Mendes Institute) which protects the nation’s federal conservation units, by effectively dismantling environmental law enforcement and allowing deforestation to proceed unchecked.
  • Fines imposed for illegal deforestation between Jan. 1 and May 15 this year were down 34 percent from the same period in 2018, the largest percentage drop ever recorded. It was also smallest number of fines ever imposed (850), compared to 1,290 in the same period last year.
  • Government seizures of illegally harvested timber fell even more precipitously, with just 40 cubic meters (1,410 cubic feet), equal to 10 large trees, confiscated in the first four months of 2019. By contrast, 25,000 cubic meters (883,000 cubic feet) of illegal timber were seized in 2018. IBAMA is now required to announce in advance the time and location of all its planned raids on illegal loggers.
  • Bolsonaro has defanged deforestation enforcement further by firing or not replacing top environmental officials. This includes 21 out of 27 IBAMA state superintendents responsible for imposing most of the deforestation fines. Also, 47 of Brazil’s conservation units now lack directors, leaving a combined area greater than the size of England without conservation leadership.
The Brazilian government’s environmental agency, IBAMA, has so far this year imposed the lowest number of fines for illegal deforestation in at least 11 years, while the country’s other leading environmental agency and its federal parks’ protector, ICMBio (the Chico Mendes Institute), did not carry out any operations at all to monitor deforestation in May.
These developments, reported by the organizations themselves, reflect the extent to which the country’s environmental policies and law enforcement agencies are being dismantled by the government of President Jair Bolsonaro.
Fines for illegal deforestation were down 34 percent from Jan. 1 to May 15 this year, compared to the same period last year, according to the O Estado de S. Paulonewspaper. This is the largest percentage drop ever recorded in Brazil. In absolute terms, it marks the smallest number of fines ever (850), compared to 1,290 imposed over the same period in 2018.
The last year in which a comparable number of fines (952) were imposed during the same period was 2012 — but this was at a time when real advances were being made in the fight against illegal deforestation. Indeed, 2012 was the year with the lowest level of deforestation in the Brazil Amazon since records began.

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domingo, 9 de junho de 2019

MORO & DALLAGNOL - RELAÇÕES PERIGOSAS


Mensagens vazadas revelam que Moro orientou investigações da Lava Jato

Uma série de reportagens publicadas hoje pelo site The Intercept mostra que o ex-juiz federal e hoje ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, orientou as investigações da operação Lava Jato em Curitiba por meio de mensagens trocadas pelo aplicativo Telegram com o procurador da República Deltan Dallagnol, coordenador da força-tarefa.

O The Intercept Brasil pertence ao jornalista norte-americano Glenn Greenwald, que assina a matéria. Ele ficou conhecido mundialmente após ajudar o ex-analista de sistemas Edward Snowden a revelar informações secretas obtidas pela Agência de Segurança Nacional (NSA, na sigla em inglês) dos Estados Unidos.

Nas conversas, ao longo de dois anos, Moro sugeriu que o procurador trocasse a ordem de fases da Lava Jato, deu conselhos e pistas informais de investigação e antecipou uma decisão que ele ainda daria.

As mensagens também mostram que Moro criticou e sugeriu recursos ao Ministério Público.

O Ministério Público Federal do Paraná confirmou em nota que houve vazamento de mensagens de procuradores após um ataque hacker. Segundo o órgão, as mensagens não mostram nenhuma ilegalidade.

A Constituição de 1988 determina que não haja vínculos entre o juiz e as partes em um processo judicial. Para que haja isenção, o juiz e a parte acusadora --neste caso, o Ministério Público-- não devem trocar informações nem atuar fora de audiências.

Em uma das mensagens, em 21 de fevereiro de 2016, Moro sugeriu a Dallagnol que fosse invertida a ordem de duas operações da Lava Jato. O procurador afirmou que haveria problemas logísticos para que isso acontecesse. No dia seguinte, ocorreu a 23ª fase da Lava Jato, a Operação Acarajé.

Em uma conversa de 27 de fevereiro, Moro teria perguntado a Dallagnol: "O que acha dessas notas malucas do diretório nacional do PT? Deveríamos rebater oficialmente? Ou pela Ajufe [Associação dos Juízes Federais do Brasil]?".

Em meio a manifestações de rua contra o governo da ex-presidente Dilma Rousseff, o então juiz declarou o desejo de "limpar o Congresso", depois de ser parabenizado pelo procurador devido "ao imenso apoio público".

"Fiz uma manifestação oficial. Parabéns a todos nós. Ainda desconfio muito de nossa capacidade institucional de limpar o Congresso. O melhor seria o Congresso se autolimpar mas isso não está no horizonte. Eu não sei se o STF (Supremo Tribunal Federal) tem força suficiente para processar e condenar tantos e tão poderosos", diz a suposta mensagem.

Três dias depois, quando Dilma tentou nomear Lula para a Casa Civil, Moro divulgou uma conversa gravada entre os petistas. A estratégia de divulgação dos áudios foi discutida entre procurador e juiz.

"A decisão de abrir está mantida mesmo com a nomeação, confirma?", questionou Dallagnol. Moro rebateu, perguntando qual era a posição do Ministério Público Federal, ao que o coordenador da Lava Jato em Curitiba respondeu que era "abrir" e levar a público.

Seis dias depois, com fortes críticas ao vazamento dos áudios, os dois ainda discutiam o assunto. Dallagnol defendeu a liberação dos grampos telefônicos e chamou de "ato de defesa".

"Não me arrependo do levantamento do sigilo. Era a melhor decisão. Mas a reação está ruim", escreveu Moro.

Uma semana depois da conversa, o atual ministro veio a público pedir desculpas pela decisão.

Por outro lado em nota, a força-tarefa da Lava Jato falou em "ataque criminoso" ao lembrar o ataque de hackers ao celular do ministro Sérgio Moro.

Segundo o documento, os procuradores "mantiveram, ao longo dos últimos cinco anos, discussões em grupos de mensagens, sobre diversos temas, alguns complexos, em paralelo a reuniões pessoais que lhes dão contexto".

Esses procuradores seriam amigos próximos e, "nesse ambiente, são comuns desabafos e brincadeiras". "Muitas conversas, sem o devido contexto, podem dar margem para interpretações equivocadas.

Por fim, "a força-tarefa lamenta profundamente pelo desconforto daqueles que eventualmente tenham se sentido atingidos", mas reitera que nenhum pedido de esclarecimento ocorreu antes das publicações, "o que surpreende e contraria as melhores práticas jornalísticas".

"De todo modo, eventuais críticas feitas pela opinião pública sobre as mensagens trocadas por seus integrantes serão recebidas como uma oportunidade para a reflexão e o aperfeiçoamento dos trabalhos da força-tarefa", completou a nota.


PROGRAMA MAIS MÉDICOS AGONIZA

O programa é responsável por levar atendimento médico a milhares de pessoas que não recebiam esse serviço.
Da Revista Fórum
Publicado em: maio 26, 2019

Um dos principais programas do Ministério da Saúde, responsável por levar atendimento médico a milhares de pessoas que não recebiam esse serviço, principalmente nos lugares mais afastados do país, o Mais Médicos, depois da posse de Jair Bolsonaro, agoniza e se aproxima do fim.

De acordo com reportagem de Natália Cancian e João Pedro Pitombo, da Folha de S.Paulo, o programa registra atualmente ausência de profissionais e enxugamento de vagas, processo que tende a se agravar em cidades de grande porte e em outros municípios no Sudeste, Sul e Centro-Oeste.

O problema é consequência de uma medida tomada pelo governo Bolsonaro de prorrogar e renovar vagas somente para cidades classificadas como de perfis 4 a 8, ou seja, de maior vulnerabilidade, até que haja a substituição do Mais Médicos por um novo programa.

De fora
Municípios de perfis 1 a 3, como capitais, municípios em regiões metropolitanas e outras com mais de 50 mil habitantes, ficam fora dos editais e para vagas de reposição. A Folha obteve dados que apontam que, de 18.240 vagas autorizadas no Mais Médicos, 7.859 estão em cidades com esses perfis 1 a 3.

“As cidades de perfis 1 a 3 não serão mais prorrogadas”, declarou Mayra Pinheiro, secretária de gestão e trabalho em saúde.

O enxugamento progressivo de vagas e a consequente falta de profissionais nessas cidades preocupam prefeitos e população.

 Editoria: Geral
Palavras-chave: governo Bolsonaro, Jair Bolsonaro (PSL), Mais Médicos, Ministério da Saúde, Revista Fórum, Saúde

quinta-feira, 6 de junho de 2019

quarta-feira, 5 de junho de 2019

CENAS DA CIDADE - NAS ALTURAS

Uma agradável tarde de outono, no início de junho,  com a temperatura no ponto exato em que alcança um equilíbrio entre os extremos.
E enquanto ao nível da rua pobres mortais se ocupam com suas atividades corriqueiras um operário coloca-se acima de tudo, num dos pontos mais altos da cidade, talvez o mais alto, empenhado na atividade de manutenção da torre.
Uns poucos, quem sabe, dêem-se conta de sua presença embora, se percebido, pudesse sair um pouco do anonimato que de modo geral caracteriza a atividade dos operários.