quinta-feira, 28 de março de 2019

NOSSO THEATRO NÃO É PARA AMADORES - Valter Sobreiro Junior.


O que venho repetindo há tempos: nosso Theatro Sete de Abril, criado por iniciativa da comunidade, não existe mais há um bom tempo. A única possibilidade de permanecer vivo e atuante, de não perder sua alma e sua identidade, seria ter suas atividades transferidas para um local alternativo, temporário, até a conclusão do restauro, tal como é feito no resto do mundo civilizado. Mas não houve ninguém que abraçasse essa causa, por ignorância, teimosia ou má vontade, e o mal está feito: a morte do Sete está consumada. Lição que se tira disso: o poder público é inepto para gerir uma casa de espetáculos. Desde a sua restauração, na década de 1980, o destino do Theatro tem sido errático, à mercê das boas e péssimas decisões do governo municipal de plantão. É fácil verificar, em retrospecto, que a melhor época do Sete foi durante a existência da Fundação, que administrava a casa com invulgar competência. Mas ela foi extinta e o Theatro atirado às traças, dilapidado (o Prefeito dessa época, aliás, foi ao Sete uma única vez, para assistir a um show de dançarinas de uma conhecida casa noturna da cidade). Não vou me reportar aqui a outros episódios deprimentes (foram tantos!). Mas as políticas públicas não são, via de regra, voltadas para o incentivo da arte enquanto aprendizado, criação e consolidação do trabalho dos artistas. Via de regra, tais políticas são voltadas para eventos pontuais, que, a meu ver, deveriam ser a culminância de um processo contínuo, permanente, de apoio aos diversos grupos artísticos e à formação dos respectivos públicos. Como, a cada governo têm surgidos novos riscos de instabilidade do fazer artístico, não digo por má-fé, mas por despreparo mesmo, SOU TOTALMENTE FAVORÁVEL À PRIVATIZAÇÃO do teatro. Uma casa de espetáculos como o Sete de Abril não pode. nem deve ser exposta ao risco das ações de gestores ineptos. Nosso Theatro não é para amadores.

terça-feira, 26 de março de 2019

PELA MEMÓRIA DE CARLOS ALBERTO USTRA



"Parabéns Eduardo Cunha, pela memória de Carlos Alberto Ustra"

sexta-feira, 22 de março de 2019

DIA DE LUTA EM DEFESA DA PREVIDÊNCIA


PRISÃO DE TEMER - NOTA DO PT


21/03/2019

O Partido dos Trabalhadores espera que as prisões de Michel Temer e de Moreira Franco, entre outros, tenham sido decretadas com base em fatos consistentes, respeitando o processo legal, e não apenas por especulações e delações sem provas, como ocorreu no processo do ex-presidente Lula e em ações contra dirigentes do PT.

Temer assumiu a presidência em um golpe deplorável. Sua agenda no governo levou ao aumento da desigualdade e da miséria, no entanto  é somente dentro da lei que se poderá fazer a verdadeira Justiça e punir quem cometeu crimes contra a população. Caso contrário, estaremos diante de mais um dos espetáculos pirotécnicos que a Lava Jato pratica sistematicamente, com objetivos políticos e seletivos.

O que fica evidente é que, cumpridos os objetivos do golpe do impeachment de 2016 e da proibição ilegal a Lula de concorrer as eleições de 2018, seus principais artífices estão sendo descartados pelos que realmente movimentaram os cordéis: o sistema financeiro, os representantes dos interesses estrangeiros no país, com o apoio da mídia conservadora. Isso vale para a própria Lava Jato e seu comandante, Sergio Moro, que travam hoje uma encarniçada luta pelo poder contra o Congresso, o Supremo Tribunal Federal e a cúpula da PGR.

Gleisi Hoffmann, presidenta nacional do PT
Humberto Costa, líder do PT no Senado
Paulo Pimenta, líder do PT na Câmara

quinta-feira, 21 de março de 2019

LAMA NO CASSINO - João Luis Cunha


Este é um tema de nosso interesse. Logo, me permita discorrer - lentamente sobre o mesmo e a inércia do poder público em torno dele. Em 2013, diversos periódicos online publicaram notícia intitulada Porto do Rio Grande projeta expansão. Para entendimento e compreensão vou resgatar fragmentos de texto pronunciado pelo então superintendente da SUPRG a época Dirceu Lopes (PT). "A partir de 2005, o Porto do Rio Grande se tornou um ponto de interesse para o desenvolvimento de projetos de implantação de estaleiros. Desta forma, as principais áreas de expansão das operações portuárias passaram a ser ocupadas, exigindo o reestudo do planejamento de espaços e a busca de novos locais para sustentar o crescimento do porto. Fomos buscar soluções fazendo o estudo das possibilidades de expansão... surgiu então a ideia da utilização da Ilha do Terrapleno Leste, área situada em frente ao Porto Novo. Lopes diz que o Projeto Ilha do Terrapleno Leste prevê a implantação de uma nova zona portuária, projetada para um múltiplo uso de cargas.
 Dos seus atuais 920 mil metros quadrados, a Ilha do Terrapleno deverá ficar com uma área de 1.800 mil metros quadrados. A ideia, de acordo com Lopes, é utilizar os sedimentos retirados das dragagens para fazer o aterro em torno da ilha. O uso dos sedimentos serviria para diminuir os custos de dragagem, pois o descarte do material deixaria de ser feito a 24 milhas da costa, o que reduziria muito valor pago pelo serviço. Para uma capacidade estimada de 16 berços de atracação, distribuídos em sete mil metros de cais e com 14 metros de profundidade, a obra deve custar em torno de R$ 4 bilhões." O anteprojeto da dragagem de 2018 previa a retirada de um volume estimado em 18 milhões de metros cúbicos girando o custo em torno de R$ 300 MI mas deve chegar nos R$ 417 MI iniciais. Em relação a ilha do terrapleno, a mesma fora construída com material proveniente de dragagens de anos anteriores, mas o despejo neste local fora proibido pelos órgãos de controle em função do material não permanecer confinado. Esses dezoito milhões deveriam estar depositados na Iha do Terrapleno e não a milhas de distância da costa! Por que motivo$ os órgãos de controles ambientais permitem lançar material no mar e não permitem confinar esse material na ilha, tornando-a assim a base para a ampliação física do Porto do Rio Grande? O impacto ambiental gerado no bota-fora além-mar é menor? No meu entendimento, esse impacto ambiental na vida marinha é até maior. Do ponto de vista técnico, existem novas e diversas tecnologias de engenharia com a finalidade de confinar e criar novos terrenos com baixíssimo impacto ambiental. Ver link ao final do comentário sobre a obra de ampliação da Airbus na Alemanha. Em 2012, portanto, 1 ano antes da apresentação pública deste projeto, estive numa reunião na SUPRG onde o Porto fora apresentado a comunidade acadêmica. Após explanação inicial a interlocutora abriu espaço para perguntas. Questionei-a sobre os eventos de lama no cassino e por quais motivos a lama não era descartada na Ilha do Terrapleno. Os presentes ficaram espantados com meu questionamento e a interlocutora se limitou a dizer 'pode ser que as pessoas não queiram despejar o material ali'. Novamente questionei sobre quem seriam essas pessoas, a interlocutora de pronto respondeu: 'não sei lhe dizer'. Logo, me parece que não é intere$$ante para o Porto realizar essa obra. O Porto Público do Rio Grande necessita de ampliação física se desejar ser competitivo perante o comércio mundial. Do ponto de vista econômico, sua localização próxima a histórica barra diabólica que fora domada pelo homem com diversas obras de engenharia é um enorme diferencial, pois o custo de ingresso das embarcações é baixo quando se comparado a outros portos marítimos. Onde quero chegar? A lama proveniente das dragagens e a ampliação física do Porto Público possuem relação direta faltando apenas o elo de ligação desta relação. Esse elo, se trata de profissional com pulso firme para encarar o desafio perante os diversos órgãos de controle que por sua natureza existencial são burocratas e por consequência direta acabam por barrar o desenvolvimento econômico da região de influência (hinterland) do Porto do Rio Grande.
Referência : ESTACA DE AREIA
 https://coisadeengenheiro.blogspot.com/2010/10/estaca-de-areia.html?fbclid=IwAR2xhITXRc3XYfO4SJuHKdafh78Aq-mCUi16hM80Q5vQxzWuZbe-LOjlu4M

"TEMER É O CHEFE DA QUADRILHA" - Ciro Gomes

segunda-feira, 18 de março de 2019

PDT FECHA QUESTÃO CONTRA REFORMA DA PREVIDÊNCIA

Foto histórica com Ciro Gomes e Brizola 

O PDT realizou convenção nacional nesta segunda-feira, 18/03 em Brasília.
No encontro decidiu fechar questão contra a reforma da Previdência.
O partido considera a proposta do governo um retrocesso.
O parlamentar que votar a favor da proposta do governo poderá ser punido
O candidato do PDT à Presidência em 2018, Ciro Gomes ( na foto em momento histórico com Brizola ) ,  não esteve na  convenção, mas em mensagem enviada por vídeo disse que o partido deve mostrar  que a reforma da Previdência proposta pelo governo é uma “perversidade”.
Getúlio Vargas, onde quer que se encontre, gostaria de ouvir.

NÃO HAVERÁ CONCURSOS PÚBLICOS NOS PRÓXIMOS ANOS, AFIRMA MINISTRO


O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou na manhã de ontem, durante evento na Fundação Getúlio Vargas (FGV), que o governo não pretende realizar concursos públicos nos próximos anos. Mesmo com a previsão de aposentadoria de muitos servidores (quase a metade do funcionalismo, segundo o ministro), o Palácio do Planalto apostará em avanços tecnológicos e na digitalização de serviços para reduzir o número de servidores.

“Cerca de 40% a 50% do funcionalismo federal irá se aposentar nos próximos anos e a ideia é não contratar pessoas para repor. Vamos investir na digitalização”, afirmou Guedes. Segundo ele, a intenção do governo é modernizar alguns serviços públicos e economizar com gastos na folha de pagamentos.

O ministro cobrou apoio dos estados e municípios para aprovar a reforma da Previdência no Congresso. Ele avaliou que a recuperação econômica do país dependerá da aprovação de medidas efetivas. Além da Previdência, citou a revisão do pacto federativo, dizendo que as dificuldades financeiras enfrentadas pelos prefeitos e governadores só pode ser ajudada pelo governo federal com apoio em mudanças estruturais na economia nacional. “Me ajuda a fazer a reforma, que o dinheiro cai naturalmente”, prometeu.

Ao listar as prioridades do governo, Guedes ressaltou a privatização de empresas estatais e a venda de ativos públicos, como imóveis, para abater a dívida pública e reduzir despesas com o segundo maior gasto das contas públicas, aqueles referentes aos juros. A vontade da equipe econômica, disse ele, seria tomar várias medidas e fazer as reformas “ao mesmo tempo”. No campo tributário, por exemplo, a ideia é fazer uma simplificação geral, juntando impostos federais indiretos num só. “Já existe a ideia de um imposto único federal”, afirmou Guedes

“Vamos atacar as prioridades. A primeira dela é a Previdência. O segundo maior gasto são os juros da dívida”, disse o ministro na palestra. Para tirar as privatizações do papel, Guedes lembrou que nomeou o empresário Salim Mattar como secretário especial. “Eu trouxe Salim Mattar, com apetite enorme, doido para privatizar o máximo possível, doido para passar a faca”, afirmou.

Segundo Guedes, os ativos da União, incluindo as principais empresas estatais, incluindo as não listadas em Bolsa, e somando imóveis, poderiam render R$ 1,2 trilhão para os cofres públicos. “No final vai a (privatização da) Petrobras também, vai o Banco do Brasil, tem que ir tudo”, afirmou.

Recursos – O ministro também voltou a citar a proposta de mudar a Constituição para desvincular e desindexar os orçamentos públicos em todas as esferas de governo. O objetivo de medida seria diminuir a concentração dos recursos tributários no “topo”, na União. Como exemplo de proposta para descentralizar recursos num redesenho do pacto federativo, Guedes comentou a intenção de mudar a distribuição da riqueza oriunda da exploração do petróleo na camada pré-sal. A ideia, segundo o ministro, seria distribuir 70% dos US$ 1 trilhão arrecadados ao longo de 15 anos para estados e municípios.

Ao defender a descentralização dos recursos tributários, ele fez analogia com o futebol e usou como exemplo um presidente que atua em benefício de um clube gerando ineficiências e corrupção. “Se o presidente é Corinthians, surge o estádio do Corinthians. E o Corinthians começa a ganhar”, afirmou. Guedes, que deixou o evento na FGV sem falar com a imprensa, não detalhou como chegou ao valor da redistribuição dos recursos. 

domingo, 17 de março de 2019

CARTA DE LULA - 16/03/2019


Meus amigos e minhas amigas,

Quero, em primeiro lugar, agradecer a solidariedade e o carinho que tenho recebido do povo brasileiro e de lideranças de outros países, neste quase um ano em que me encontro preso injustamente. Agradeço especialmente aos companheiros da vigília em Curitiba, que me confortam todos os dias, aos companheiros que constituem os comitês Lula Livre dentro e fora do Brasil, aos advogados, juristas, intelectuais e cidadãos democratas que se manifestam pela minha libertação.

A força que me faz resistir a essa provação vem de vocês e da convicção de que sou inocente. Mas resisto principalmente porque sei que ainda tenho uma missão importante a cumprir neste momento em que a democracia, a soberania nacional e os direitos do povo brasileiro são ameaçados por interesses econômicos e políticos poderosos, inclusive de potências estrangeiras.

Como sempre fiz em minha vida, e lá se vão mais de 45 anos de atividade sindical e política, encaro essa missão como um desafio coletivo. A luta que faço para ter um julgamento justo, em que minha inocência seja reconhecida diante das provas irrefutáveis da defesa, só faz sentido se for compreendida como parte da defesa da democracia, da retomada do estado de direito e do projeto de desenvolvimento com inclusão social que o país quer reconstruir.

A cada dia que passa fica mais claro para a população e para a opinião pública internacional que fui condenado e preso pelo único motivo de que, livre e candidato, seria eleito presidente pela grande maioria da população. Minha candidatura era a resposta do povo ao entreguismo, ao abandono dos programas sociais, ao desemprego, à volta da fome, a todo o mal implantado pelo golpe do impeachment. É uma luta que temos de levar juntos, em nome de todos.

Para me tirar das eleições, montaram uma farsa judicial com a cobertura dos grandes meios de comunicação, tendo a Rede Globo à frente. Envenenaram a população com horas e horas de noticiário mentiroso, em que a Lava Jato acusava e minha defesa era menosprezada, quando não era simplesmente censurada. A Constituição e as leis foram desrespeitadas, como se houvesse um código penal de exceção, só para o Lula, no qual meus direitos foram sistematicamente negados.

Como se não bastasse me prender, por crimes que jamais cometi, proibiram que eu participasse dos debates e das sabatinas no processo eleitoral; proibiram minha candidatura, contrariando a lei e a ONU; proibiram que eu desse entrevistas, proibiram até que eu comparecesse ao velório de meu irmão mais velho. Querem que eu desapareça, mas não é de mim que têm medo: é do povo que se identifica com nosso projeto e viu em minha candidatura a esperança de recuperar o caminho de uma vida melhor.

Dias atrás, ao me despedir do meu querido neto Arthur, senti todo o peso da injustiça que atingiu minha família. O pequeno Arthur foi discriminado na escola por ser meu neto e sofreu muito com isso. Então, prometi a ele que não vou descansar até que minha inocência seja reconhecida num julgamento justo.

Na emoção daquele momento, recordo-me de ter dito: "Vou te mostrar que os verdadeiros ladrões são os que me condenaram". Pouco depois, o jornalista Luís Nassif revelou ao público o acordo ilegal e secreto entre os procuradores da Lava Jato, a 13a. Vara Federal de Curitiba, o governo dos Estados Unidos e a Petrobras, envolvendo uma quantia de 2,5 bilhões de reais.

Essa quantia foi tomada à maior empresa do povo brasileiro por uma corte de Nova Iorque, com base em delações levadas a eles pelos procuradores do Brasil.

E eles foram lá aos Estados Unidos, com a cobertura do então procurador-geral da República, para fragilizar ainda mais uma empresa que é alvo de cobiça internacional.
Em troca dessa fortuna, a Lava Jato se comprometeu a entregar ao estrangeiro os segredos e informações estratégicas da nossa Petrobras.

Não se trata de convicções, mas de provas concretas: documentos assinados, atos de ofício de autoridades públicas. Estes moralistas sem moral ocupam hoje altos cargos no governo que só foi eleito porque eles impediram minha candidatura. Mas quem está preso é o Lula, que nunca foi dono de apartamento nem de sítio, que nunca assinou contratos da Petrobras, que nunca teve contas secretas como essa fundação que foi descoberta agora.

Mais do que manifestar indignação com esses fatos, quero dizer a vocês que o tempo está revelando a verdade. Que não podemos perder a esperança de que a verdade vencerá, e ela está do nosso lado. Por isso, peço a cada um e a cada uma que fortaleçam cada vez mais a nossa luta pela democracia e pela justiça. E só vamos alcançar esses objetivos defendendo os direitos do povo e a soberania nacional, porque foi contra estes valores que fizeram o golpe e interferiram na eleição. Foi para entregar nossas riquezas e reverter as conquistas sociais. Que os comitês Lula Livre tenham isso bem claro e atuem cada vez mais na sociedade, nas redes, nas escolas e nas ruas.

Tenho fé em Deus e confiança em nossa organização para afirmar com muita certeza: nosso reencontro virá. E o Brasil poderá sonhar novamente com futuro melhor para todos.

Muito obrigado, e vamos à luta, companheiros e companheiras.

Um grande abraço do

Luiz Inácio Lula da Silva

Curitiba, 16 de março de 2019

ESTAMOS UM POUCO ABANDONADOS EM BRUMADINHO, DIZ PREFEITO

Estamos um pouco abandonados em Brumadinho", diz prefeito
Redução no número de bombeiros, aumentos nos gastos com a saúde e falta de repasses de verbas do governo estadual preocupam a administração do município.

Um mês depois da tragédia causada pelo rompimento da barragem da Vale, o prefeito de Brumadinho (MG), Avimar de Melo Barcelos, reclama da diminuição do número de bombeiros que fazem buscas – mais de cem corpos ainda estão desaparecidos. Ele também critica a falta de repasse de verba do governo estadual. Dependência da mineração preocupa: "a Vale é um mal necessário", disse, em entrevista à DW.
DW: Um mês depois da tragédia provocada pelo rompimento da barragem I da Vale na mina Córrego do Feijão, como o senhor avalia a situação em Brumadinho?
Avimar de Melo Barcelos: Por enquanto, a gente está um pouco abandonado pelos governos estadual e federal. O efetivo dos bombeiros já foi bem maior, eles já foram embora em grande parte. Isso está prejudicando muito os familiares das vítimas. Tem muitas vítimas embaixo da lama, os bombeiros estão indo embora e as pessoas podem não ser encontradas. O que as famílias querem agora é um enterro digno.
O senhor acredita que a cidade não está recebendo apoio suficiente?
Não, não estamos. O governo do estado de Minas Gerais, inclusive, está devendo o pagamento de impostos para o município. Depois da tragédia, ele prometeu pagar a gente, repassar R$ 23 milhões. Fui até lá nessa semana e eles falaram que não poderão pagar, que estão apertados. A situação no município, que já está difícil, tem a tendência de piorar. A arrecadação vai cair, não tem ninguém trabalhando na cidade. Depois do que aconteceu na mina da Vale, a Justiça interditou mais três mineradoras. Então a situação ficou pior ainda.
A gente está muito preocupado com as famílias das vítimas. A gente não pode nem imaginar o quanto todos estão sofrendo. Então a gente não pode deixar os bombeiros irem embora. A gente tem o compromisso e os governos federal e estadual têm que colaborar. Não só prometer que vai fazer e depois não fazer nada.
E quanto à Vale, que era de fato a dona da barragem que rompeu e causou toda essa tragédia?
A Vale está fazendo o que ela tem que fazer. Ela falou com a gente que a única coisa que poderia fazer é pagar a Cfem (Compensação Financeira pela Exploração Mineral). Só que o Cfem gera reflexos em vários outros impostos – e isso a Vale não vai pagar nada. Na verdade, a Vale está mantendo uma parte do imposto. Ou seja, a gente está sendo prejudicado.
A Vale fechou um acordo com órgãos públicos para pagar um salário mínimo ao longo de um ano para todos os moradores de Brumadinho, além do que ela está chamando de "doações" para familiares dos que morreram e para os atingidos. Qual é a opinião do senhor sobre isso? Qual impacto isso terá na cidade, no psicológico das pessoas?
Claro que esse dinheiro não traz ninguém de volta. Nada cura a tristeza das pessoas. Mas o dinheiro vai ajudar de alguma forma. Além de ter um impacto na economia local, vai acabar ajudando direta ou indiretamente todas aquelas pessoas que perderam alguém. Em Brumadinho, todo mundo perdeu alguém: se não foi um familiar, foi um amigo, irmão, um primo ou um vizinho. A cidade toda foi afetada. Então eu acho que vai ajudar bastante.
A Vale garantiu que vai pagar seus funcionários até o fim de 2019. Depois disso, não se sabe o que vai acontecer. O que o senhor espera do futuro em Brumadinho?
Nós sempre fomos uma cidade mineradora. A gente tem que encontrar formas de diversificar a nossa economia, de diminuir essa dependência da mineração. Mas isso, infelizmente, não acontece da noite para o dia.
A Vale é um mal necessário. Se a Vale não voltar, a cidade para porque ela gira a economia local. Pra você ter uma ideia, todas as outras mineradoras daqui vendem minério pra ela. Então a gente está muito preocupado com que a gente vai passar, o que vai ser da cidade. Mas teremos que fazer algo, como investir no turismo… Inhotim é um lugar maravilhoso e que precisamos cuidar.
Mas caiu tudo aqui. Até Inhotim, que costumava receber 3 mil visitantes no fim de semana, recebeu 250 pessoas na semana passada.
Quantas mineradoras atuam em Brumadinho?
São sete mineradoras. Semana passada, a Justiça interditou outras três, que são importantes também. Foram interditadas a Morro do Ipê, MIB (Mineração Ibirité Ltda) e Itaminas.
Mariana, depois do rompimento de Fundão, viveu problemas semelhantes. Lá, os gastos com saúde aumentaram também depois da tragédia. O senhor já percebe algum impacto nessa área em Brumadinho?
Sim, todos os gastos da prefeitura já aumentaram. Já estamos comprando de 30% a 40% a mais de remédio, de vacinas. Aumentou muito.

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sábado, 16 de março de 2019

NOVE ANOS SEM O SETE- João Schmidt


Esta foi tirada em um teatro de verdade, palco italiano, equipamento de som e luz funcionando, ótimas acomodações para o público e camarins bem equipados para os artistas. 
Tinha uma administração comprometida com a Cultura.
Esta foto estava na sala da Diretoria do Teatro, na sala do prefeito e na do secretário de cultura do estado.
Esta foto de Janine Tomberg é uma lembrança de uma época em que tínhamos orgulho de termos um teatro chamado Sete de Abril !!!


ADOLESCENTE ATIVISTA DO CLIMA INDICADA PARA O NOBEL DA PAZ

Swedish teen climate activist Greta Thunberg nominated for Nobel Peace Prize
COPENHAGEN
THE ASSOCIATED PRESS
PUBLISHED MARCH 13, 2019

Swedish environmental activist Greta Thunberg, 16, is seen on stage as she takes part in a protest calling for urgent measures to combat climate change, in Hamburg, Germany, on March 1, 2019.

Three Norwegian lawmakers have nominated Swedish teen activist Greta Thunberg, who has become a prominent voice in campaigns against climate change, for the Nobel Peace Prize.

Freddy Andre Oevstegaard and two other members of the Socialist Left Party said they believe “the massive movement Greta has set in motion is a very important peace contribution.”

Thunberg, 16, has encouraged students to skip school to join protests demanding faster action on climate change, a movement that has spread beyond Sweden to other European nations.

Oevstegaard told the VG newspaper Wednesday that “climate threats are perhaps one of the most important contributions to war and conflict.”

Any national lawmaker can nominate somebody for the Nobel Peace Prize.

The Norwegian Nobel Committee doesn’t publicly comment on nominations, which for 2019 had to be submitted by Feb. 1.

European Union chief pledges billions of euros toward climate change action after Swedish teen activist

Students around world to strike for climate change Friday, following climate activist Greta Thunberg



quinta-feira, 14 de março de 2019

117 FUZIS

terça-feira, 12 de março de 2019

DORIA, O POLITICO MAIS FAKE DO BRASIL - P.R.Baptista

Doria o político mais fake do Brasil ( que tem deixado seguidores) elegeu-se prefeito
de São Paulo em 2016  ganhando de Haddad no primeiro turno
Atacou os grafitti cobrindo com tinta cinza o mural da Avenida 23 de maio  com 15 mil metros e diversos grafites de mais de 200 artistas, entra eles: Eduardo Kobra, Os Gêmeos, Nina Pandolfo, Nunca, Finok e Zefix.
b
Aumentou o limite de velocidade com acréscimo de acidentes e enriqueceu seu currículo teatral posando de gari.
Afastou-se com menos de dois anos de mandato para concorrer a governador e ganhou mostrando que a fórmula dá certo.
Na enchente de São Paulo alega que assumiu agora esquecendo o estágio que fez como prefeito
e não mencionando que investiu menos de 40 por cento do orçamento previsto para o combate a enchentes.
Em 2022 concorre a presidente.
Pelo jeito ainda vai longe, logo será indicado ao Oscar, lhe cairia muito bem.

domingo, 10 de março de 2019

sábado, 9 de março de 2019

A Venezuela está vivendo uma tragédia, o Brasil uma tragicomédia


Presidente autoproclamado José de Abreu jura a Constituição de 1988. A Venezuela está vivendo uma tragédia, o Brasil uma tragicomédia.

P.R.Baptista

PALESTRA DE TARSO GENRO E HADDAD EM LISBOA- - PONTOS PARA DEBATE - P.R.Baptista

.
Palestra, Democracia e Perda de Direitos no Brasil, realizada após as eleições por Tarso Genro e Fernando Haddad em Lisboa.
Tarso refere-se a Haddad como referencia mundial da esquerda brasileira.
E aponta Bolsonaro como sem estatura intelectual e sem condições de debater o que teria se negado.
Atribui a derrota eleitoral à uma investida do capital internacional e ao fetiche do antipetismo e do anticomunismo que, como diz, "fomos impotentes para responder".
Aponta os 45 por cento dos votos alcançados por Haddad a seu ver como muito expressivos considerando , como ressalta, que sua candidatura foi lançada a "vinte dias antes da eleição".
Neste momento é aplaudido.
Aparentemente ninguém questiona que ter sido lançada desta forma não tem mérito nenhum  mas, pelo contrário, é a demonstração da fragilidade da articulação política feita pelo PT que resultou, como poderia se esperar, no fracasso eleitoral.
Tarso também muda, assim, sua avaliação (1) ainda recente, defendendo que o PT considerasse o apoio a Guilherme Boulos, pré-candidato à Presidência pelo PSOL, caso a Justiça eleitoral vetasse a candidatura de Lula, condenado e preso na Lava Jato. Segundo ele, Boulos seria o nome que reuniria condições para liderar uma nova frente político-eleitoral de esquerda na era pós-Lula.
Na ocasião, indagado sobre a viabilidade de Fernando Haddad, de quem é muito próximo desde os tempos no Ministério da Educação, disse ter dúvidas sobre as chances de o ex-prefeito de São Paulo ser o escolhido do PT.
Mas, vencendo oposição dentro do PT que ficou também sem opção, acabou sendo o escolhido.


(2) Comentários no facebook - https://www.facebook.com/fernandohaddad/videos/2196242877304328/

sexta-feira, 8 de março de 2019

SOCORRO, POLINIZADORES! OLHO VIVO NAS ABELHAS, ETC. - Geraldo Hasse

foto P.R.Baptista
Foi publicada na Internet no início de fevereiro a primeira versão do relatório sobre polinizadores e polinização, documento que sintetiza o status quo das interações entre seres vivos – animais e vegetais – e que se refletem na queda dramática da biodiversidade.

A redação foi iniciada em agosto de 2017 e passou pela mão de 12 pesquisadores e professores que tocam em frente um trabalho de duas décadas em torno da preservação dos polinizadores, entre os quais se destacam as abelhas melíferas europeias e as abelhas nativas sem ferrão.

Para conhecer o documento, de 93 páginas, basta entrar no site www.bpbes.net.br. A quem não tiver tempo para chegar nesse endereço eletrônico, basta ler o parágrafo que, logo nas primeiras páginas do documento, resume a dependência dos vegetais aos polinizadores:

“A maioria das plantas, cultivadas ou nativas, é polinizada por animais e depende destes para sua reprodução (Klein et al. 2007; Ollerton et al. 2011; Roubik 2018).

Nas comunidades tropicais, 94% das plantas são polinizadas por animais (Ol – lerton et al. 2011).

Os animais polinizadores são em sua maioria insetos, tais como abelhas, moscas, borboletas, mariposas, vespas, besouros e tripes (insetos diminutos com 1 mm de comprimento ou menos, de corpo delgado e asas franjadas), mas também há polinizadores vertebrados, como aves, morcegos, mamíferos não voadores e lagartos.

As abelhas são o grupo de polinizadores mais abundante na agricultura, pois visitam mais de 90% dos 107 principais cultivos agrícolas já estudados no mundo (Klein et al. 2007).

Considerando-se apenas as plantas cultivadas polinizadas por animais, 70% do total de 1.330 cultivos nas regiões tropicais produzem frutos e sementes em maior quantidade e/ou com melhor qualidade quando polinizadas adequadamente (Roubik 2018)”.

O que falta compreender – autoridades, agricultores e consumidores – é que a polinização dos vegetais está sendo sufocada pelo uso abusivo de venenos agrícolas em lavouras, de onde esses produtos altamente tóxicos (herbicidas, inseticidas, acaricidas, fungicidas) se espalham, tocados pela deriva (do vento), para pastagens, matas e cursos d’água.

No pampa sulriograndense, além das abelhas que aparecem mortas nas caixas de coleta de mel, os agrotóxicos provocaram no final de 2018 danos em vinhedos mantidos por fazendeiros emergentes ou tradicionais.

Embora os danos ambientais sejam importantes, os cientistas vêm se preocupando em demonstrar o impacto econômico-financeiro negativo da não-polinização. É de ressaltar o trecho sobre os valores envolvidos na interação insetos-plantas:

“O potencial da polinização como serviço ecossistêmico pode ser ressaltado quando associado à produção de alimentos. A primeira valoração econômica global do serviço ecossistêmico da polinização apontou o montante de US$ 70 bilhões/ano (Costanza et al. 1997). Mais recentemente, esse serviço ecossistêmico foi avaliado em € 153 bilhões (Gallai et al. 2009). Esse número foi atualizado no Relatório de Avaliação sobre Polinizadores, Polinização e Produção de Alimentos da IPBES, sendo estimado entre US$ 235 bilhões e US$ 577 bilhões (IPBES 2016). No Brasil, calcula-se que a polinização relacionada à produção agrícola tem um valor anual de US$ 12 bilhões (Giannini et al. 2015b).”

Entre os fatores que concorrem para ameaçar os polinizadores e a polinização, o documento destaca:

+ mudanças no uso da terra,
+ agricultura intensiva e de larga escala,
+ uso indiscriminado de agrotóxicos,
+ poluição ambiental,
+ mudanças climáticas globais e
+ alterações biológicas recorrentes, como
+ o surgimento de espécies invasoras,
+ os efeitos indiretos do uso de organismos geneticamente modificados, pragas e patógenos, e, ainda, a interação entre eles (IPBES 2016).”

Continuar ignorando os problemas da polinização por interferência dos agrotóxicos e outras causas é tão grave quanto fechar os olhos para as mudanças climáticas.

LEMBRETE DE OCASIÃO

“Nós fomos fundados em 1905 com o fim específico de salvar uma espécie ameaçada, a garça, que está sendo exterminada pelos caçadores de plumas. Ainda é nossa intenção salvar uma espécie ameaçada, só que hoje esta espécie ameaçada é o próprio homem”.

Gene Setzer, presidente do National Audubon Society, com sede em Nova York – citado por José Lutzenberger em artigo publicado em 29/8/1971 no Correio do Povo de Porto Alegre.

quinta-feira, 7 de março de 2019

segunda-feira, 4 de março de 2019

LULA :"ACHO QUE A PREVIDÊNCIA DE VEZ EM QUANDO TEM QUE SER REFORMADA"



No momento em que se discute a reforma da Previdência é interessante resgatar intervenções do ex-presidente Lula e da ex-presidenta Dilma a respeito do assunto em 2016.
Na ocasião Lula declarou:

".. acho que a previdência de vez em quando tem que ser reformada. Em 1923 se não me falta a memória a gente morria com 60 anos de idade, com cinquenta anos de idade
hoje a gente tá morrendo com 75"

" é preciso que à medida que se avance cientificamente a nossa sobrevivência, a nossa longevidade
voce não pode mais ficar  com a mesma lei que tinha cinquenta anos atrás, é preciso que você avance"

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RÚSSIA GARANTE À VENEZUELA QUE IMPEDIRÁ INTERVENÇÃO DOS EUA


Declaração russa mostra que qualquer intervenção dos norte-americanos no país da América do Sul seria interpretada como um 'ato de agressão'

A presidente do Senado da Rússia, Valentina Matviyenko, se reuniu neste domingo (3) com a vice-presidente da Venezuela, Delcy Rodríguez, a quem garantiu que Moscou fará tudo que estiver a seu alcance para impedir uma intervenção militar dos Estados Unidos no país latino-americano.

"Nos preocupa em grande medida que os Estados Unidos possam realizar qualquer provocação para causar derramamento de sangue e encontrar assim uma desculpa e um motivo para intervir na Venezuela. Mas nós faremos o possível para que isso não ocorra", disse Matviyenko, segundo a agência Interfax.

Matviyenko ressaltou que "é especialmente cínica" a atitude dos EUA, "um país que se posiciona no mundo como defensor da democracia".

A senadora qualificou as tentativas de "derrubar ilegalmente o atual presidente e a nomeação de um político opositor como chefe do país" como uma "grosseira violação do direito internacional e dos estatutos da ONU".

"Tudo isso se soma às ameaças de intervenção militar. A Rússia fez o possível, e seguirá fazendo no futuro, para impedir tal evolução dos eventos", disse a legisladora.

Matviyenko denunciou que na lista de países nos quais os EUA pretendem provocar mudanças de poder por meios ilegais estão "Cuba e Nicarágua".

"A comunidade internacional tem a obrigação de pôr um freio nessas tendências negativas para impedir que algo assim seja cumprido no futuro", disse a senadora.

Matviyenko entregou a Rodríguez uma versão em espanhol da declaração aprovada esta semana pelo Senado russo na qual adverte aos EUA que qualquer intervenção na Venezuela seria interpretada como um "ato de agressão" e convoca a comunidade internacional a apoiar o diálogo no país latino-americano.

A vice-presidente da Venezuela se reuniu na sexta-feira com o ministro das Relações Exteriores russo, Sergei Lavrov, e com o presidente da Duma, a Câmara dos Deputados, Viacheslav Volodin.

Rodríguez afirmou que Caracas está disposta a trocar petróleo pela cooperação com a Rússia em matéria de energia, armamento, tecnologia e finanças.

"A Rússia tem tudo o que a Venezuela necessita. Por sua vez, a Venezuela pode dar o petróleo que a Rússia precisa", afirmou a vice-presidente.

Depois de se reunir com Lavrov, Rodríguez anunciou a transferência para Moscou do escritório da companhia estatal Petróleos de Venezuela (PDVSA) que fica em Lisboa e revelou as instruções do presidente Nicolás Maduro para adquirir na Rússia os alimentos e remédios que os venezuelanos necessitam.

A vice-presidente também antecipou a criação de um grupo na ONU, por iniciativa dos dois países, que se dedicará a defender os princípios do direito internacional.

Rodríguez é a representante do governo Maduro de maior categoria que visita a Rússia desde que o deputado opositor Juan Guaidó se autoproclamou presidente em 23 de janeiro.

FONTE :
https://noticias.r7.com/internacional/russia-garante-a-venezuela-que-impedira-intervencao-dos-eua-03032019

sábado, 2 de março de 2019