sábado, 29 de fevereiro de 2020

quinta-feira, 27 de fevereiro de 2020

MANIFESTAÇÃO DE APOIO AO GOVERNO



Vídeo divulgado por apoiadores do presidente Jair Bolsonaro e compartilhado por ele em seu twitter convoca para uma manifestação de apoio ao governo no dia 15 de março.
O movimento começou a se organizar depois de o general Augusto Heleno (Gabinete Segurança Institucional) reclamar de “chantagem” do Congresso para o Planalto liberar mais verbas do Orçamento.

SAFATLE E AS ESQUERDAS SUICIDAS - Ricardo Almeida

Foto: Guilherme Santos/Sul21
Li o artigo “Como a esquerda brasileira morreu“, de Vladimir Safatle publicado no jornal El País, e gostaria de compartilhar algumas reflexões com vocês, pois entendo que a ousadia do autor não é um fenômeno isolado das esquerdas que se consideram órfãs no Brasil. Apesar de não concordar com muitas das suas afirmações, a começar pelo título, entendo que ele está se propondo a um bom debate e permitindo que avancemos na construção de uma estratégia sensível para as esquerdas brasileiras.

O artigo começa afirmando que uma parte das esquerdas apostava num colapso do governo Bolsonaro e que isso não aconteceu. Ou seja, ele não considera que estamos no meio de uma disputa, e sim, que chegamos ao seu fim… Depois afirma que aquilo que foi chamado de esquerda (ele fala sempre no singular, sem identificar a força de esquerda) foi inoperante e é a causa de todos os males do que acontece com o país… Como se vê, Safatle está abordando duas questões distintas e não aprofunda nenhuma delas.

Em outro parágrafo ele faz um malabarismo com as palavras ao dizer que “não que se trata de afirmar que ela (a esquerda) está diante do seu fim puro e simples”. E prossegue: “Melhor seria dizer que um longo ciclo que se confunde com sua própria história termina agora”. E conclui: “o pior que pode acontecer nesses casos é ‘não tomar ciência de seu próprio fim’”… Ou seja, é o fim, mas ela ainda não está morta e, ao mesmo tempo, não tomou consciência do seu próprio fim. Deu pra entender?

Depois, ele acerta ao perguntar: qual é esse ciclo que termina? O que esse ciclo representou? Quais são os seus limites? Após ler todo o artigo dá para perceber que ele sugere uma autocrítica das esquerdas, e que elas aprendam com as experiências do passado, principalmente com as estratégias de conciliação de classes dos períodos pré 1964 e dos governos de coalizão, patrocinados pelo PT, pós 2003.

O artigo afirma que a esquerda brasileira não é mais capaz de impor outro horizonte econômico-político, mas não entra no debate sobre as estratégias das esquerdas (no plural), quase todas caracterizadas por objetivos meramente eleitorais e imediatos. Esse deveria ser o debate fundamental das esquerdas brasileiras e Safatle perdeu a oportunidade de expor as suas propostas para a atual conjuntura… O que fazer? Com quem se articular? Qual é a pauta que unifica e mobiliza amplos setores populares?

Ele percebe que a maior prova da fraqueza das esquerdas brasileiras é a falta de debate público, mas resolve abdicar da disputa pelo nosso futuro. Ou seja, Safatle identifica um vazio na política brasileira, pela falta de uma alternativa de esquerda realmente crível neste momento e, para dar razão ao título do artigo, ele se inclui nesse suicídio coletivo. Em momento algum ele reconhece as diferentes manifestações que ocorreram, os debates que tivemos durante a campanha presidencial de 2018 e nem a campanha Lula Livre. O artigo cita a França e a sequência de greves e manifestações para contrapor ao que vimos no Brasil, mas poderia muito bem ter citado o Chile, a Bolívia e o Equador, que são exemplos mais próximos de resistência popular e democrática, e que nos enchem de esperança.

Penso que Safatle age como aquele pai que percebe a vida errante do seu filho e lança algumas perguntas no ar: onde foi que erramos? Qual é a razão da situação que nos encontramos? Esse devia ser o debate a ser travado pelas esquerdas e que Safatle passa muito pela tangente. Ao ficar apenas procurando “culpados” o artigo não contextualiza os fenômenos complexos.

O filósofo não poupa ninguém ao afirmar que toda a esquerda brasileira conhece apenas um horizonte de atuação: o “populismo de esquerda”. E diz que esse “populismo de esquerda” se esgotou sem que a esquerda nacional tenha se demonstrado capaz de passar para outra fase ou mesmo de imaginar o que poderia ser “outra fase”. Até dá para entender o que ele quer dizer com “populismo de esquerda”, mas o que se poderia esperar de um governo de coalizão e de um Congresso dominado pelas forças conservadoras? Acredito que era possível avançar muito mais no controle social, por exemplo, e em algumas reformas fundamentais, como a reforma política etc. Sabemos que hoje, até o Lula reconhece que faltou realizar muito mais e o filme de Petra Costa é um registro da ingenuidade que a esquerda teve quando assumiu o governo e pensava estar no poder.

Então cabe uma pergunta: qual seria a “outra fase” a que Safatle se refere? Seria um tipo de assalto ao poder? Ele sugere convergir em uma figura e eu entendo que este é o grande problema do seu “populismo de esquerda”, pois passaremos a depender de “uma figura que seja capaz de representar e vocalizar esta emergência de um novo sujeito político”. Entendo que, para superar “esta fase”, precisamos trabalhar nas diferentes regiões e territórios para reconhecer as “figuras” que sejam capazes de representar e vocalizar as emergências dos novos sujeitos políticos. Não importa se a consciência do povo ainda é aquela que ele está aprendendo nas contradições do sistema. Afinal, estamos vivendo num sistema capitalista, e de um país periférico, e é óbvio que vamos nos dar de frente com uma mistura de JBS Friboi com MST, e em outras, com uma mistura de Proudhon com Walt Disney, etc etc etc… Ou seja, não existe e nunca existirá uma consciência geral e milagrosa do povo de um país ou de um território!

Safatle foi até o passado para buscar uma das “figuras” mais lúcidas (segundo ele) da nossa história, mas omitiu que Marighela defendeu uma aliança com a burguesia nacional quando fazia parte do PCB, e que o seu diagnóstico sobre a conciliação de classes somente ocorreu num segundo momento, próximo ao seu assassinato pelas forças da repressão. Por que será que as esquerdas brasileiras se negam a refletir sobre as táticas e estratégias adotadas no presente e no passado?

O autor do artigo também se equivoca ao afirmar que o governo Goulart era de esquerda, e ignora que as esquerdas brasileiras, até o surgimento do PT nos anos 1980, agiram sempre como forças auxiliares dos governos que representavam a resistência e a relutância da burguesia nacional. Foi o golpe de 1964 que acabou com a ilusão de uma revolução democrática capitaneada pela burguesia nacional e, foi somente em 2003 que uma parte das esquerdas venceu as eleições nacionais e formou um governo de coalizão que promoveu a mais longa experiência de democracia e de inclusão social nos cento e poucos anos de república. Quem ainda não entendeu que o golpe de 2016 foi uma resposta da burguesia nacional e do capital internacional aos avanços que conquistamos, não reconhecerá e não contextualizará a crise econômica e política em que nos encontramos.

A parte mais lúcida da reflexão é quando o autor reconhece que as forças de esquerda sempre estiveram despreparadas para os golpes, sem capacidade alguma de reação efetiva diante dos retrocessos que se seguiram. No entanto, ele não diz que somente nos anos 1970, com a industrialização do país, é que surgiu uma forte classe operária no Brasil e que houve o envolvimento de amplos setores populares, como professores, estudantes, pequenos comerciantes, profissionais liberais etc, na luta política. O artigo também ignora a atual mudança na estrutura de classes no Brasil e no mundo, provocada pela revolução digital tecnológica sem precedentes patrocinada pelos donos do capital.

O artigo afirma que a esquerda brasileira fez o mesmo erro com o final da ditadura militar e com o advento da Nova República. No entanto, quem tem boa memória, vai lembrar que as esquerdas brasileiras (no plural) tinham posições diferentes em relação à Nova República, e que o PCB e o PCdoB, por exemplo, defendiam uma estratégia de conciliação de classes. Por seu lado, o novato PT assumiu uma posição radicalmente oposta, e acumulou algumas derrotas decisivas, como a Anistia, a Constituinte e as Diretas Já!

É verdade que as esquerdas foram se domesticando após algumas vitórias nos municípios e nos estados, principalmente com a renovação despolitizada dos seus quadros políticos, e com a chamada “governabilidade”, defendida pela chapa Lula-José de Alencar. Depois, veio o PMDB de Michel Temer e de Romero Jucá, e os erros do segundo governo Dilma, com Eduardo Cunha na presidência da Câmara dos Deputados.

Nesse sentido, Safatle percebe que houve um “movimento em direção a um jogo de alianças entre demandas sociais e interesses de oligarquias locais descontentes tendo em vista mudanças ‘graduais e seguras’”, mas não relaciona isso ao fato dos intelectuais brasileiros evitarem sujar os pés e a bunda de barro ao se misturar às lutas populares, quilombolas, indígenas e das chamadas “periferias”. Quando diz que “a esquerda” morreu, ele está se colocando fora da disputa pela hegemonia política-cultural. Apesar de bem intencionado, suas críticas “às esquerdas em geral”, infelizmente, acabam caindo no vazio, pois ele não identifica os nomes das forças políticas em questão.

Entendo que Safatle tem até um pouco de razão, mas que as suas críticas “à esquerda” permanecem no campo meramente acadêmico, de constatação, e pouco contribuem para modificar as estruturas e as circunstâncias que vivemos no Brasil e no mundo. Concordo que nós, das esquerdas brasileiras, ainda não conseguimos fazer o dever de casa e que agora estamos pagando muito caro por isso… Mas acredito que o futuro e a democracia ainda estão em disputa, tanto aqui como na Argentina, de Peron, no Chile, de Allende, no Uruguai, de Seregni, na Venezuela, de Bolívar, e na França, de Danton.

Ao afirmar que “todo fascismo nasce de uma revolução abortada”, Safatle joga a culpa nas esquerdas e revela que ainda não entendeu a dinâmica da luta de classes internacional, a crise do sistema capitalista mundial e a revolução digital tecnológica em curso. Mais uma vez fica claro que ele evita contextualizar os fenômenos e prefere procurar os “culpados”… Ao invés de analisar as relações sociais, culturais e econômicas, que são capazes de revelar a máxima compreensão possível da realidade, ele joga todo o ônus na culpa e na incapacidade de elaboração da “esquerda brasileira”.

Concordo quando ele diz que é preciso polarizar com o governo Bolsonaro, mas é exatamente isso que ele não faz. Safatle quer alguém para carregar o caixão e ficar em silêncio frente ao suicídio das esquerdas, ao invés de revolucionar e promover um debate público objetivo. Preferiu elaborar reflexões abstratas e não apontar caminhos que sejam capazes de nos tirar dessa difícil situação.

Quem acompanha as publicações de Safatle sabe que a generalização é uma característica das suas análises e reflexões. A maioria das suas críticas, até a publicação desse artigo (que ele disse que não gostaria de ter escrito), era endereçada unicamente aos governos de coligação do PT. Em dezembro de 2019, ele chegou a afirmar que estávamos vivendo um momento de rebelião iminente, mas agora, durante a maior greve dos petroleiros, em defesa do emprego, do patrimônio público e da soberania nacional, resolveu se juntar às pessoas que se contentam em polarizar sobre algum aspecto negativo das esquerdas em geral.

Nesse artigo, Safatle acabou ignorando que o verdadeiro aprendizado das organizações surge da reflexão sobre as experiências vividas, de dentro e não de fora dos movimentos reais, a partir da práxis (consciência prática, histórica e sensível) coletiva, e não apenas da leitura dos livros e dos desabafos. Nesse sentido, cabe um elogio ao autor pela ousadia em propor esse debate radical (a morte é radical), mas não podemos deixar de destacar a importância do engajamento nas nossas experiências de vida… Até porque os petroleiros estão aí para provar que sempre existirá resistência política após a morte das esquerdas suicidas.

(*) Ricardo Almeida - Consultor em Gestão de Projetos TIC

FONTE 

quarta-feira, 26 de fevereiro de 2020

AS CARAS DO PDT


Marcelo Dutra, há pouco pré-candidato a vereador pelo PDT, teve seus planos alterados ao ser comunicado pessoalmente pelo presidente Marcus Cunha que sua indicação teria dificuldades de ser aprovada.
As razões?
Não foram devidamente esclarecidas pelo partido e Marcelo Dutra, por consequência , tampouco ficou sabendo muito bem..
Fica sendo, assim, um fato, pela repercussão que teve, que trouxe uma imagem pouco positiva para a sigla exatamente no momento pré-eleitoral  em que o partido necessita agregar forças e, inclusive, impulsionar a pré-candidatura de Marcus Cunha para prefeito,
Como consequência o pré-candidato retomou sua pesquisa, que já havia feito quando optou pelo PDT, entre as diferentes siglas partidárias dentro do leque da centro-esquerda que afirma ser sua opção..
Em meio a isto encontrou-se com Anselmo Rodrigues.
O ex-prefeito e ex-vereador protagonizou em 2016 um episódio muito marcante para o partido quando na última hora "roubou", numa convenção tumultuada, sua indicação para a Prefeitura quando tudo estava encaminhado para a indicação de Antonio Brod.
Em meio a estas circunstâncias o encontro entre Marcelo Dutra e Anselmo Dutra ganha conotações muito particulares para a história recente do PDT em Pelotas.
Para Marcelo foi "uma conversa agradável. Falamos de tudo um pouco. Uma verdadeira aula de conjuntura política e percepção dos movimentos na cidade. Minha despedida oficial do PDT e mais um passo à caminhada pelo legislativo municipal"

terça-feira, 25 de fevereiro de 2020

sexta-feira, 21 de fevereiro de 2020

BATE PAPO NO CAFÉ


Encontro, relatado por Marcelo Dutra, entre ele e seu amigo o bolsonarista  Marco Marchand que Marcelo afirma ser "uma pessoa agradável, otimista, positiva, que admiro pelo espírito empreendedor, a qual me identifico muito pela vontade de modernizar os processos, com novas tecnologias, a bem da eficiência na prestação do serviço, desenvolvimento e bem comum. Conversamos sobre a cidade, conjuntura política e caminhada eleitoral. Foi um bate-papo animado e produtivo."
O local é o Café Aquários centro da política local.


CID GOMES, A POLÊMICA



Momentos da intervenção que Cid Gomes procurou promover para enfrentar a greve dos policiais militares no Ceará.
Esta intervenção tem sido muito criticada por muitos mas, também, defendida e até exaltada dentro do PDT a começar por Ciro Gomes seu irmão.
O senador que tem tido ações decididas mas, também, polêmicas, é hoje filiado ao PDT mas já esteve no PMDB (1983-1990), PSDB (1990-1997), PPS (1997-2005) PSB (2005-2013), PROS (2013-2015) até, finalmente filiar-se ao PDT (2015 ).
Pode-se considerar que na época em que esteve filiado a estes partidos nenhum deles tinha, talvez, o perfil que adquiriu depois,  um pouco a mesma defesa que se poderia fazer de Ciro Gomes que também tem uma multiplicidade de filiações.
De qualquer forma tem uma trajetória bem distante de Brizola, por exemplo, que se pode dizer nasceu e morreu trabalhista.
Cid Gomes, aliás, já contabiliza outros episódios polêmicos como sua intervenção em encontro do PT para lançamento da campanha pró-Haddad no Ceará. Primeiro a falar cobrou uma mea culpa do PT. Vaiado, acabou proferindo a frase que ficou célebre, " o Lula tá preso babaca!"

De qualquer modo, ainda em relação aos episódios do Ceará, cabe relembrar alguns fatos, relacionados neste video


 LEIA MAIS  Entrevista de Ciro Gomes

terça-feira, 18 de fevereiro de 2020

O CASO PATRICIA - ELEMENTOS PARA AVALIAÇÃO

M
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FORMATURA DE ALUNOS E PETISMO



Segundo a notícia o fato ocorreu durante a formatura em Relações Internacionais na UFRGs.
Quem postou, numa página de direita, comenta que  "o petismo, o esquerdismo e essas porcarias todas conseguiram corromper a mente de parte considerável das gerações que hoje se encontram ingressando (ou buscando ingressar) no mercado de trabalho. A nossa luta para reverter tal processo será longa, árdua e exigirá bastante trabalho".
Se a página fosse de esquerda o comentário seria diferente?.

domingo, 16 de fevereiro de 2020

AUDIÊNCIAS PAPAIS, VESTIR BRANCO É PARA POUCAS - P.R.Baptista


A Igreja Católica segue irredutível na questão do aborto, do celibato, da interdição de mulheres serem sacerdotes enquanto, ao mesmo tempo, a lista de abusos sexuais praticados por seus representantes parece não ter fim. Mas todos parecem muito lisonjeados de serem recebidos por Sua Santidade e as mulheres não dispensam de seguir o que a etiqueta melhor recomenda. 

MATÉRIA PUBLICADA EM ClipFM Produção
O presidente americano Donald Trump e sua esposa Melania visitaram na última quarta-feira (24) o Papa Francisco. Mas o que chamou atenção da imprensa americana foi o fato de, tanto a primeira-dama quanto a filha do presidente americana, Ivanka, fazerem o uso de um vestido preto, além de véu perante o Papa.



Essa sugestão de vestuário por parte da Igreja faz parte de um protocolo do Vaticano para visitas de Estado ou audiência com o Papa.


A Rainha Elizabeth II e a ex-primeira-dama Michelle Obama são alguns exemplo de mulheres que cumpriram a regra de etiqueta. Mas existe uma exceção que permite que apenas 7 mulheres possam usar branco perante o Papa.

O chamado “privilégio do branco” (em italiano il privilegio del bianco) é válido para rainhas e princesas católicas. Mas, para possuir esse privilégio além de ser uma rainha ou princesa é necessário receber do Papa o “Rex Catholicissimus”, um título hereditário, se manter publicamente católica, ou então ser casada com um monarca católico. O privilégio pode ser mantido a critério do Papa.

Podem vestir branco a rainha Letícia da Espanha, a rainha emérita Sofia da Espanha, a rainha consorte Matilde da Bélgica e a rainha Paola da Bélgica, a grã-duquesa Maria Teresa de Luxemburgo, a princesa Marina de Nápoles e a princesa Charlene do Mônaco.


A princesa Charlene do Mônaco é uma das “exceções” que mais visitam o Papa. Ao todo já foram quatro audiências com o Pontífice máximo da Igreja.
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FONTE
https://www.clipfm.com.br/somente-7-mulheres-no-mundo-podem-usar-branco-em-frente-ao-papa/

quarta-feira, 12 de fevereiro de 2020

PEQUENA HISTÓRIA DE UMA FOTO DE ANA TERESA SV

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Ana Teresa costuma viajar e , como seria de esperar, tirar muitas fotos.
Mas diferentemente do que muitas vezes ocorre, suas fotos não são tiradas a esmo.
Mostram sensibilidade e clareza de intenção.
Avaliando o conjunto de suas fotos pude ter elementos para afirmar isto.
Esta em Cuba  é um exemplo.
É uma imagem muito peculiar de Havana onde elementos como carros antigos e  muros grafitados fazem parte da paisagem.
A foto reúne estes dois destes elementos, carro antigo e muro grafitado, de uma forma muito oportuna, no tempo certo com a composição e o enquadramento justos
Oportuno mencionar que esta foto em exposição no Espaço Ágape chamou a atenção de Adriana Lacava que decidiu adquiri-la. como presente para o irmão que mora em São Paulo.
Pertinente é ainda lembrar que Cuba é muita inspiradora para artistas e tem importantes fotógrafos (*).

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A compradora Adriana Lacava e a fotógrafa Ana Teresa
Esta outra foto de Ana Teresa reforça o que disse acima.
E ela agrega um texto
Ah, Havana!!!!!!!!
Cidade imperdivel! Aqui tem tudo e de tudo: do bom ao ruim, das cores até o preto, das luzes a escuridão, fo inicio ao fim, da alegria até a profunda tristeza, da riqueza a falta de tudo.
Mas a natureza provê tudo. Tudo que os homens engoliram tentando serem justos e não conseguiram. Ah, não conseguiram não!

Cuba 2019
Cabe ainda mencionar que a exposição realizada na Galeria JM Moraes ( Espaço de Arte Ágape)  foi um desdobramento da coletiva X BAZARTE com um encerramento que intitulou-se  "FINISSAGE".
O espaço tem mantido uma elogiável proposta e tem servido como ponto de referência importante para inúmeros artistas..

P.R.Baptista

(*) Fotógrafos cubanos
https://theculturetrip.com/caribbean/cuba/articles/7-photographers-from-cuba-you-should-know/

sexta-feira, 7 de fevereiro de 2020

O QUE DIZ A BBC


segunda-feira, 3 de fevereiro de 2020

PROSTITUTA Y FEMINISTA - Pamela Athns aka Occvltriz

Fotografía: Mila Belén
“¿Qué es lo grave de ser prostituta? No es ser corrupta, ni genocida, ni fascista. Ser una puta es ser una mujer con libertad sexual que gana dinero con su erotismo. Y eso me parece maravilloso.

Empecé hace 10 años como consumidora de porno en el cable y viendo chicas Playboy. Soñaba con vivir en la casa de Hugh Hefner y pasarme todo el día en pelota en la piscina. Pero pensaba: “no soy rubia, no soy flaca, no encajo en ese prototipo”. Después, con internet, conocí a estas camgirls dueñas de su trabajo y me di cuenta de que mujeres hacían carrera de esto. Y eran mujeres de distintos cuerpos y razas, algunas gordas, con estrías, celulitis. No eran bellezas hegemónicas. Sentí una admiración muy grande y me fui sacando los complejos personales con respecto a mi propio cuerpo. Este trabajo me ayudó a aceptarme y a entender que el erotismo y la sensualidad no tiene una relación tan estrecha con la belleza. Lo sexy y lo erótico no es implícitamente bello o perfecto.

En 2011 empecé como “Lexis” en Cam4. Tenía 21 años. Y me encantó. Me lo tomé super en serio como un trabajo; tenía mi horario, trabajaba de domingo a jueves desde las 11 de la noche a las 3 de la mañana o hasta las 5 si estaba bueno. En una noche buena ganaba cerca de 200 lucas. En esa época no éramos más de tres chilenas las que hacíamos esto. Las otras chicas se tapaban el rostro, pero yo dije “si me expongo, lo voy a hacer con bombo y platillos”. Lo que invertía tampoco era tanto: pagar internet, comprar lencería y juguetes. Desde ese momento me dediqué, hasta el día de hoy, 100% a esto. Siempre he trabajado en esa plataforma. Me gusta porque hay muchos chilenos. Se da un fenómeno curioso en el mundo del comercio sexual: siempre hay preferencia por lo local.

Para ingresar a Cam4 tienes que hacer una cuenta, verifican tu edad con un documento, y abres una sala de chat en la que transmites en vivo. Hay un chat en el que los usuarios te escriben y una caja de propina donde se van juntando tokens, una moneda virtual. Según lo que vas ganando, muestras y haces distintas cosas en cámara. Dos mil tokens por usar un dildo, por ejemplo. También puedes hacer transmisiones privadas. Los comentarios del chat son de casi puros hombres, en general en buena onda. Obviamente hay trolls que son cabros chicos, pero yo no me lo tomo personal. Con este trabajo una empieza a tener cuero de chancho.

Actualmente, casi ni me conecto a Cam4. En 2017 migré a las redes sociales porque me di cuenta de que era una tendencia, que el mercado había cambiado. La gente ya no está sentada en el notebook, sino que anda en el teléfono, y por eso tuve que adaptar mi trabajo a eso. Tengo Instagram, Twitter, Skype y Facebook. Vendo videollamadas y todos los meses hago tres packs de fotos y videos. La tarifa va desde los 15 mil pesos por una videollamada o un pack, que en promedio puede tener 25 archivos. En general lo hago sola, en mi pieza, de forma muy amateur, con mi celular y mi computador. No uso ni luces ni micrófono. He tenido encuentros físicos con clientes que tengo hace años, pero no es mi fuente de ingresos usual. Prefiero lo virtual. Hay distintos talentos y el mío es la performance y el exhibicionismo. Soy una artista de la selfie.

Hay que formar a la gente para que la sociedad no diga “estas minas son puras tontas a las que no les alcanzó para más”. Lo que hacemos es un arte, un oficio. Para esto hay que tener talento. Trabajar en las redes sociales está de moda, pero también es complejo porque hay mucha censura, incluso con una foto insinuante o ciertas palabras que tengan que ver con sexo. A mí ya me han cerrado tres cuentas, pero como la gente ya me conoce no necesito publicidad tan explícita. Igual es un cacho, sobre todo para quienes están empezando, porque muchas trabajadoras sexuales usan internet como su principal plataforma y cuando les cierran las cuentas a veces vuelven a exponerse en la calle o buscar otras formas.

Sé que desde mis privilegios de conciencia pude acceder a tomar esta decisión, y por supuesto que para una persona que viene de la pobreza es muy distinto. La base de poder decidir en libertad es la educación, y por eso la solución es que las mujeres que están interesadas en el trabajo sexual, que tienen inquietudes, se acerquen a quienes estamos haciendo activismo y abriendo espacios para conversar el tema. Yo no estoy aleonando a las mujeres a que salgan a putear, abro un espacio para reflexionar.

Internet da la posibilidad a muchas mujeres de autogestionarse y que no sea necesario recurrir a proxenetas. Por lo general las trabajadoras sexuales no hablan, empiezan solas, no tienen amigas. Pero ahora eso ha cambiado. Tengamos círculos de apañe, de amigas. Hago talleres para poder compartir mi experiencia y que las personas que quieren hacer esto lo hagan informadas. Siempre les digo que si lo van a hacer de forma oculta, mejor no. Vivir con culpa de hacer cosas a escondidas es terrible, y se presta para que criaturas como las de Nido te extorsionen, busquen tus datos y te amenacen con que te van a acusar. Si vamos a dedicarnos a esto, que sea abiertamente, que lo hablen con la pareja, con la familia. Las mujeres que asisten a van desde los 23 a los 33 años, son estudiantes, profesionales, dueñas de casa, trabajadoras sexuales físicas que quieren incursionar en la virtualidad. Estoy en contra de que menores de edad ejerzan cualquier tipo de trabajo sexual porque es muy importante la idea del consentimiento y tomar decisiones a conciencia. Y eso te lo da la madurez. Antes de vender tu sexo como un producto, primero tienes que conocerte.

Una parte del feminismo nos invalida diciendo que nosotras realmente no decidimos hacer este trabajo. Y eso es súper violento. ¿Quieren mandar a las putas a trabajar a las fábricas a ganar dos pesos? ¿A explotar sus piernas y sus brazos para enriquecer al dueño? En esos trabajos no eliges cuánto ganas. Como trabajadora independiente, sí lo hago. También muchos dicen que le estamos haciendo la pega al patriarcado, pero entonces hagamos una crítica al matrimonio, a la familia, al trabajo doméstico no remunerado que hacen las mujeres por amor. Nadie me puede decir que porque soy trabajadora sexual no soy feminista”.

FONTE >>>

UM DIA NA COLÔNIA MACIEL - Maria Clara Michels Pinho


Pense em um dia quente. Não tórrido, não de desesperar, mas quente. Sol alto brilhando, raios luminosos reverberando no verde aumentando a sensação de calor, a garganta fechando, seca, já com uma certa irritação...
E aí chega aquela cervejinha gelada, num copo alto, suado, as gotas escorrendo, frescas ao toque... Uma transparência linda, a cor vibrante... Tão clara, tão pura... E os " oh! " e "ahhhh" se repetem, os sorrisos aparecem, os brindes festejam o dia, as companhias, o sol, o verde, a vida...
Num banco rústico, sentados pelo chão, no balanço que lembra a infância, sob uma imensa, bela, centenária figueira, cercados de árvores, plantas, flores, vamos esquecendo o calor e lembrando de coisas que se perderam no tempo, que fulgem na memória... Tanta coisa bonita, tanta recordação imprecisa que volta... Tempo de frequentes passeios pelo mato, por rios e cachoeiras, família grande reunida... Tempo em que nos banhávamos em arroios, colhíamos frutas no pé, andávamos a cavalo, com mães e país reclamando da nossa selvageria, dos pés sujos de terra, da gritaria quase indomável.E subíamos em árvores, em pedras do arroio, nos perdíamos em fugas pelo meio de bosques e plantações,com os pés tateando pedras, areia, folhas, insetos, bichinhos e os olhos iluminados... Nossa infância, nossa juventude ainda tem esse cheiro de mato e aqui fica fácil lembrar delas.
Pois a cerveja é gostosa, escorre suave e nos leva a um riso feliz e a novos caminhos e descobertas.
Com o verde à volta, estamos na Vinhos João Bento, ainda no Quilombo, 8o. distrito de Pelotas, Rincão da Cruz, na estrada da Colônia Maciel, onde se produz vinho e cerveja, sucos e onde um interessante museu nos mostra os primórdios da fabricação de vinhos no local, além dos costumes da época. E podemos visitar a área de fabrico e todas as cercanias.
Finalmente, voltamos para casa, pelas saltitantes estradinhas de terra.Cansados mas felizes. Como não poderia deixar de ser, pelo menos alguns sucos voltam comigo. Pudera eu trazer o mato, os arroios e as cachoeiras junto! Assim como as lembranças que vieram e agora ainda ficam num cantinho reservado , naquele lugarzinho onde se guarda o que foi belo,o que marcou, o que nos encheu de risos e sonhos.O que faz a vida valer a pena.

domingo, 2 de fevereiro de 2020

A PRESENÇA DA VIOLÊNCIA NA SOCIEDADE - P.R.Baptista



Enquanto perdurar a glorificação da violência, sob suas mais diferentes formas, muitas inclusive sob a forma do esporte quando se procura encontrar uma justificativa para a sua prática, em detrimento das experiências que valorizem a sensibilidade, a arte e os valores sociais e de cooperação coletiva, será difícil superar a presença dessa violência no conjunto de nossa sociedade. principalmente quando passa a ser alimentada por uma estrutura capitalista muito ampla e muito forte que explora e manipula interesses financeiros.
O filme do bom cinema brasileiro Aldo Mais Forte que o Mundo , baseado na história do expoente brasileiro de lutas de Vale-tudo José Aldo, dá vários elementos sobre isto..
E pode ser um bom exemplo para uma reflexão sobre o tema.

.O ANTIGO PRÉDIO DAS FINANÇAS SENDO COBERTO POR VEGETAÇÃO- Marcelo Dutra

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O histórico prédio do Banco do Brasil, que também já abrigou a Secretaria Municipal de Finanças, agoniza no mais completo abandono. É triste que tenha se deteriorado tanto, pois era lindo por dentro. 
Estive ali muitas vezes, quando criança, com a minha mãe.
 E apesar de estar caindo aos pedaços, já se cogitou diferentes formas de aproveitamento, inclusive como sede da Câmara Municipal de Vereadores, mas o movimento parou num projeto arquitetônico que nunca saiu do papel e que nos custou mais de 100 mil reais.
 Claro, não temos dinheiro para restaurações, as prioridades são outras, mas... o prédio está na frente da Prefeitura e a visão da janela do gabinete é privilegiada. 
Não é possível que o gestor que senta naquela cadeira não se incomode com a imagem de algo tão bonito se terminando. Talvez, devêssemos ser mais proativos com o patrimônio histórico. Se a condição financeira do município não nos permite reformas, por que não minimizar o estrago?
 Os vidros quebrados poderiam ser substituídos; as goteiras no teto corrigidas; e as aberturas danificadas substituídas ou seladas com tapumes. O que não dá é para manter sem nenhum cuidado ou manutenção, mesmo que sejam medidas paliativas. A limpeza interna é fundamental e a vegetação na fachada precisa ser retirada, imediatamente.
 As raizes vão brocar a estrutura e danificar os afrescos de forma permanente.
Poxa! Está crescendo uma árvore na fachada. Manutenção básica é o mínimo que se espera, pois se continuar assim vamos assistir o prédio desmoronar. 
Como me aborrece o desleixo deste Governo.