sexta-feira, 27 de outubro de 2017

OS ENIGMAS DA PAVIMENTAÇÃO DA AV.ESPIRITO SANTO

Entre os muitos enigmas da pavimentação da avenida Espírito Santo, uma obra que ainda vai continuar perturbando a vida dos moradores por um bom tempo, não pela obra em si, mas pela falta de planejamento, é importante destacar a obstrução do canal. Como é por esse canal que deságua o maior volume da água proveniente da chuva, não é difícil de concluir, como o canal passou a ficar o tempo todo obstruído durante a obra de pavimentação, as consequências. Presume-se que se as obras tivessem começado pelo projeto de drenagem acompanhado pelo aparelhamento do bombeamento,  teriam sido evitadas os lamentáveis alagamentos que foram produzidos.
P.R.Baptista

sábado, 21 de outubro de 2017

REUNIÃO COM MORADORES DO LARANJAL DISCUTE SEGURANÇA

Rodada de conversa de moradores do Laranjal com o Secretário de Segurança Ten.Bruno e o Com.Sandro da BPM.
Reunião promovida pelo SOS Pelotas contando com a presença dos vereadores Toninho Peres (PSB), Cristina Oliveira (PDT), Eder Blank (PDT) e Marcus Cunha (PDT).
Entre os pontos discutidos.
- Resultados do Pacto Pela Paz e demais detalhes do projeto .
- Pedidos como a viatura na área administrativa do Laranjal , revitalização da sede da brigada e iluminação pública feitos, com possibilidade de bons desdobramentos.
-Novas ações e canais de comunicação 

Resta aguardar pelos resultados

sexta-feira, 20 de outubro de 2017

"SENHOR, SALVA-ME" - P.R.Baptista

Então Pedro saiu do barco, andou sobre as águas e foi na direção de Jesus. Mas, quando reparou no vento, ficou com medo e, começando a afundar, gritou: “Senhor, salva-me!”
Imediatamente Jesus estendeu a mão e o segurou. E disse: “Homem de pequena fé, por que você duvidou?”
Mateus 14:22-36

É inacreditável a forma como a administração municipal trata questões que são fundamentais para a existência e a vida dos cidadãos.
O que vem ocorrendo no Laranjal e que reproduz situações semelhantes que ocorrem pela cidade, tem sido muito elucidativo a respeito.
Um exemplo, entre vários que ocorrem, é a pavimentação da Av.Espírito Santo via essencial no Laranjal por ser  via preferencial para a circulação dos ônibus.
Anunciada em abril, depois de aguardada há décadas, acabou se tornando um exemplo perfeito de como não se fazer uma obra pública.
Foge ao entendimento que decorridos 6 meses tenham se concluído apenas quatro quadras de um único lado da via pela razão, não da complexidade da obra ou algum outro fator insuperável, mas simplesmente porque ela fica parada a maior parte do tempo inclusive quando as condições de tempo são inteiramente favoráveis ou, então, executada por um número ínfimo de empregados que ainda se dividem na execução de outras obras da mesma empresa .
O mais grave, no entanto, é o quase absoluto desprezo pela população que vive no local exatamente como se não existisse ou que fosse natural que pagasse uma quota de sacrifício provocada pela própria incompetência de quem executa a obra.
Providências mínimas que poderiam ser tomadas para minimizar a quota de sofrimento destes moradores são ignoradas.
A sensação é que , pela falta de planejamento profissional da empresa e incapacidade administrativa da Prefeitura, deva-se enfrentar obstáculos semelhantes aos de se viver num campo de guerra.
Considerando que a atual administração municipal está completando apenas o primeiro ano de governo resta à população, como está fazendo no Laranjal, organizar-se e não aceitar o pouco caso que tem sido, até então, demonstrado.
Para quem não acompanha de perto a questão basta olhar a cena da foto.
Imagine-se no lugar de um morador do local.
Pergunto-me se não estão como Jesus com Pedro pretendendo colocar à prova a nossa fé.

quarta-feira, 18 de outubro de 2017

DOCE É BOM MAS É ENJOATIVO

Cada vez fica mais difícil entender o que acontece no Laranjal.
Atrativo de lazer para toda a população de Pelotas com potencial turístico a ser explorado especialmente durante o verão,o bairro é tratado, a não ser por curtas campanhas publicitárias durante o veraneio, como não sendo merecedor de um pouquinho mais de atenção.
O serviço de transporte é um exemplo disso.
São permanentes os registros de mudança de itinerário sem aviso.
Este descaso agravou-se com a obra mal planejada e mal executada de pavimentação da Av.Espírito Santo trajeto usual dos ônibus, trajeto agora transferido para a avenida da praia e ruas sem quaisquer condições.   
A todas essas, no entanto, não pode faltar o eterno marketing.
Em uma das paradas da av. Espírito Santo que não está sendo utilizada, em meio à confusão das obras e com a via interrompida, o convite insistente para que todo pelotense se torne diabético.

P.R.Baptista


terça-feira, 17 de outubro de 2017

AS FIGUEIRAS DO LARANJAL, TAMBÉM VÍTIMAS DO DESCASO

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O descaso com o Laranjal não perdoa as figueiras, símbolo da praia, que são deixadas à própria sorte.
Este exemplar, que já tinha se tornado um símbolo no meio da rua Uruguaiana, está nos estertores à falta de cuidados mínimos para sua preservação.
Obviamente a responsabilidade é da Prefeitura, a mesma Prefeitura que torna quase impossível uma simples poda de qualquer árvore exótica que possa estar dentro de seu quintal.
Aliás as figueiras melhor preservadas estão dentro de áreas particulares, as localizadas em áreas públicas, como essa, estão abandonadas.

CUIDADO, HOMENS NA PISTA

Nada simboliza melhor o andamento das obras da pavimentação da avenida Espírito Santo no Laranjal do que essa foto.
O alerta de cuidado é inócuo porque raramente há homens trabalhando na pista.
O trecho interrompido é dos poucos metros que avançou a obra iniciada em abril.
A obra é de tal forma morosa que dá a impressão de não haver qualquer compromisso com sua execução.
Pode ser até que não haja.
Seria mais simples, nesse caso, não fazer de conta de que há uma obra em andamento e de que há homens correndo algum tipo de risco.
O risco até agora quem tem enfrentado são os moradores. 

A SAGA DA AV. ESPÍRITO SANTO

Prometida para setembro a conclusão da pavimentação da Av. Espírito Santo no Laranjal não tem prazo para terminar. Até esse momento a parte concluída é muito pequena considerando a extensão da obra. Enquanto isto os transtornos passaram a fazer parte do cotidiano de moradores e usuários daquele trecho. Há relato de outros acidentes com automóveis sendo o registrado na foto o mais recente ( P.R.Baptista)

segunda-feira, 16 de outubro de 2017

CHARGE


domingo, 15 de outubro de 2017

CINCO OU MAIS ELEVADAS PARA PELOTAS

Marco Marchand, ex-candidato a prefeito de Pelotas e  atualmente filiado ao partido de Bolsonaro, escreve sobre o trânsito na cidade.
"Pelotas está a caminho de contrair uma dívida de 50 milhões de dólares, ao meu respeitoso olhar vejo que não pensam em construir elevadas nas vias arteriais principais no lugar de sinaleiras, fato que congestiona o fluxo de veículos cada vez mais na cidade de Pelotas, imaginem como ficará o acesso a praia com a sinaleira da Ferreira Viana, imaginem uma ambulância ou bombeiros chegarem até a praia em dias quentes ou feriados para atenderem uma emergência, cidades dotadas de el...evadas e bom fluxo de mobilidade atraem mais indústrias, faço este registro porque sou cidadão pelotense como você e pago altíssimos impostos, inclusive os municipais, esta dívida de 150 milhões de reais baterá logo logo em nossa porta, 5 anos de carência, sendo que no primeiro ano de carência os 300 Km de requalificação das vias Rurais já não existirão mais, a dívida ficará para o próximo prefeito e para os cidadãos,Pelotas ficará por 20 anos engessada em dívida gigantesca, poderá ser um retrato da atual situação do Governo do Estado endividado,não sou contra o progresso, mas defendo investir no que realmente leve a cidade a outro patamar, quando registrei nosso plano de governo estava lá o compromisso da construção de 5 elevadas, certamente hoje já precisamos mais".

quarta-feira, 11 de outubro de 2017

NOSSO ESPORTE ESTÁ NA LAMA - José Cruz

Quem apostaria que os principais legados olímpico e da Copa seriam a Nuzman na cadeia e o José Maria Marin indo a julgamento nos Estados Unidos?
A cartolagem reúne-se em assembleia do COB, amanhã. Em reportagem no Globo, a maioria não se manifesta sobre a prisão do chefe maior. Além de omissos são medrosos. Ou cúmplices.
Boa parte silencia porque está na reta, envolvida em corrupção que a PF do Rio investiga. Vem mais bomba aí.
Nuzman está preso por iniciativa da Justiça francesa, que pediu para que ele fosse investigado. Deu no que deu. Assim como Marin, q vai a julgamento em novembro graças a um processo que não é nosso, mas da Justiça norte-americana. Nossas autoridades dormiam, enquanto a Justiça agia em outros países.
Mais:
Nuzman está preso por ter intermediado compra de votos para que  o Rio se tornasse sede olímpica. Mas, o Ministério Público e a PF estão investigando as contas do COB, os convênios assinados com o Ministério do Esporte e a execução das verbas da Lei de Incentivo ao Esporte gerenciadas por Nuzman ao longo de duas décadas como presidente do Comitê? Se fizerem isso, chegarão aos ex-ministros do Esporte que fecharam os olhos à fiscalização. O esquema é grande, e não se esgota em Carlos Arthur Nuzman nem na compra de votos.
Finalmente:
Quem ganhou quanto com a construção do campo de golfe em área de proteção ambiental? Quem ganhou quanto com a cessão do Estádio do Remo, na Lagoa, para uma empresa estrangeira, sem licitação?
Sem exageros e tristemente, nosso esporte está na lama.

A RESPEITO DE UM PENSAMENTO DE PEDRO MOACYR - P.R.Baptista

Transcrevo um trecho de Pedro Moacyr Pérez da Silveira que fala justamente de um pensamento que tenho tido frequentemente sobre nosso momento político e da concentração e da transferência que é feita da participação política para as redes sociais.
É como se estivesse sendo alimentada a crença ou a expectativa de que as mudanças necessárias pudessem surgir, principal ou quem sabe até exclusivamente , a partir de publicações maciças reproduzindo publicações virtualmente sem que se impusesse , para terem implicações reais e efetivas, uma parcela pequena que fosse de presença efetiva em instâncias mais diretas de participação.
Duas dessas instâncias são em meu entendimento imprescindíveis, os sindicatos e os partidos políticos, principalmente estes últimos.
Não sei se Pedro Moacyr estaria se referindo a isto também.
De qualquer forma quanto à primeira parte me reconforta ouvir uma voz que dá eco ao que tenho pensado a respeito.
Estas são suas palavras:

Estou perdendo, emocionalmente, um bocado de coisas. E não vejo a menor possibilidade de aglutinação - e muito menos de organização - da esquerda política.
 Continuo com a tese de que essas coisas das redes sociais não têm bom efeito diante de quem, além da mídia empresarial, também lida com as redes sociais, e de uma forma muitíssimo mais eficaz. Tenho cada vez mais a impressão de que estamos atendendo o desejo de quem nos deseja precisamente nesse lugar, ou seja, o das redes sociais.
Ainda governa o mundo quem na sua concretude vive, e faz da virtualidade um ponto de apoio. Quem só se encontra nesse ambiente, o virtual, não tem chance, especialmente se vive num ambiente não ditatorial (no Egito e em alguns países árabes foi possível organizar movimentos via redes sociais, mas esse não é o nosso caso). Continuo sem saída.
Pedro Moacyr Pérez da Silveira

terça-feira, 10 de outubro de 2017

PRIMEIRO FESTIVAL CULTURAL DA Z-3 - Uma Proposta que Aprovou

Hoje aconteceu o "Primeiro Festival Cultural da Z3" organizado pelo "Comunidade em Rede Colônia Z3", um projeto autogestionário que há um ano mostra, a qualquer gestor/ agente governamental ou intelectual desavisado, que as comunidades sabem sim diagnosticar suas problemáticas, exigir os direitos que lhe cabem e persistir frente as repetidas retiradas do Estado das ações onde deveria de fato estar presente ... O Estado nas comunidades de pesca artesanal chega geralmente com o "punho forte" das
estanques regulações ambientais... Chega para deter pescadores e pescadoras... Não traficantes que aliciam crianças e jovens... Não para deter pedófilos... Não para agir efetivamente diante à falta do peixe... Não para retirar as pessoas de zonas onde as águas avançam sem piedade, tornando a vida um perpétuo sair e retornar de suas casas... Mas hoje... Ahh...Hoje, em um dia que começou sem sol e pura ventania, a colônia se encheu de gente e de esperança... E eu fiquei aqui com o coração batendo mais forte, profundamente agradecida por conhecer essa gente da Z3... Gente que (re)inventa a vida nesse lugar que é meio terra meio mar... Resistindo aos contínuos ataques governamentais à pesca artesanal, deparando-se com a água que não salga, vivendo em espera dos peixes que parecem nunca chegar, convivendo com as enchentes, o risco do tráfico e do uso abusivo das drogas que envolvem seus filhos e filhas cada dia mais cedo... Gente que não tomba frente ao vento que sopra na direção não desejada...
Hoje foi mais um dia de aprender e me sentir agradecida a essa gente...
Gente que me ensinou a ver o mar...
"Diego não conhecia o mar. O pai, Santiago Kovadloff, levou-o para que descobrisse o mar. Viajaram para o Sul. Ele, o mar, estava do outro lado das dunas altas, esperando. Quando o menino e o pai enfim alcançaram aquelas alturas de areia, depois de muito caminhar, o mar estava na frente de seus olhos. E foi tanta a imensidão do mar, e tanto fulgor, que o menino ficou mudo de beleza. E quando finalmente conseguiu falar, tremendo, gaguejando, pediu ao pai: - Me ajuda a olhar!"
Eduardo Galeano
Vida longa ao Festival Cultural da Z3, vida longa ao Comunidade em Rede Colônia Z3!

Angelita Ribeiro
8/10/2017

segunda-feira, 9 de outubro de 2017

CCJ aprova demissão de servidor por 'insuficiência de desempenho'

Pedro França - Agencia Senado
A Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) aprovou nesta quarta-feira (4/10/2017) regras para a demissão de servidor público estável por "insuficiência de desempenho", aplicáveis a todos os Poderes, nos níveis federal, estadual e municipal. A regulamentação tem por base o substitutivo apresentado pelo relator, senador Lasier Martins (PSD-RS), a projeto de lei (PLS 116/2017 – Complementar) da senadora Maria do Carmo Alves (DEM-SE). A matéria ainda passará por três comissões, a começar pela Comissão de Assuntos Sociais (CAS).
Debate de quase duas horas antecedeu a votação, encerrada com nove votos favoráveis à proposta e quatro contrários. Pelo texto, o desempenho funcional dos servidores deverá ser apurado anualmente por uma comissão avaliadora e levar em conta, entre outros fatores, a produtividade e a qualidade do serviço. Deve ser garantido o direito ao contraditório e à ampla defesa.
No texto de Maria do Carmo, a responsabilidade pela avaliação de desempenho seria do chefe imediato de cada servidor. A justificar sua opção por transferir a tarefa a uma comissão, Lasier Martins afirmou que nem sempre o chefe imediato é um servidor estável, mas sim um comissionado sem vínculo efetivo com a administração pública.
O relator disse que também pesou na sua decisão temores de entidades representativas dos servidores, expostas em debate na CCJ. Para as entidades, não seria razoável deixar exclusivamente a cargo da chefia imediata uma avaliação que pode levar à exoneração de servidor estável. Segundo ele, foi citado o risco de uma decisão de tamanha gravidade ser determinada “por simpatias ou antipatias no ambiente de trabalho”.
Quanto à periodicidade das avaliações, Maria do Carmo havia sugerido que elas ocorressem a cada seis meses. Ao justificar a opção por processos com periodicidade anual, Lasier afirmou que seis meses seria um intervalo de tempo “muito curto” para a realização das avaliações, gerando carga de atividades que nem todos órgãos públicos estariam aptos a cumprir com  a necessária eficiência.
Fatores de avaliação
De acordo com o substitutivo, a apuração do desempenho do funcionalismo deverá ser feita entre 1º de maio de um ano e 30 de abril do ano seguinte. Produtividade e qualidade serão os fatores avaliativos fixos, associados a outros cinco fatores variáveis, escolhidos em função das principais atividades exercidas pelo servidor no período. Estão listados, entre outros, “inovação, responsabilidade, capacidade de iniciativa, foco no usuário/cidadão”.
A ideia é que os fatores de avaliação fixos contribuam com até metade da nota final apurada. Os fatores variáveis deverão corresponder, cada um, a até 10% da nota. A depender da nota final, dentro de faixa de zero a dez, o desempenho funcional será conceituado dentro da seguinte escala: superação (S), igual ou superior a oito pontos; atendimento (A), igual ou superior a cinco e inferior a oito pontos; atendimento parcial (P), igual ou superior a três pontos e inferior a cinco pontos; não atendimento (N), inferior a três pontos.
Demissão
A possibilidade de demissão estará configurada, segundo o substitutivo, quando o servidor público estável obtiver conceito N (não atendimento) nas duas últimas avaliações ou não alcançar o conceito P (atendimento parcial) na média tirada nas cinco últimas avaliações. Quem discordar do conceito atribuído ao seu desempenho funcional poderá pedir reconsideração ao setor de recurso humanos dentro de dez dias de sua divulgação. A resposta terá de ser dada no mesmo prazo.
Também caberá recurso da decisão que negar, total ou parcialmente, o pedido de reconsideração. Mas essa a possibilidade só será aberta ao servidor que tiver recebido conceito P ou N. O órgão de recursos humanos terá 15 dias, prorrogáveis por igual período, para decidir sobre o recurso.
Esgotadas todas essas etapas, o servidor estável ameaçado de demissão ainda terá prazo de 15 dias para apresentar suas alegações finais à autoridade máxima da instituição onde trabalha. O substitutivo deixa claro também que a insuficiência de desempenho relacionada a problemas de saúde e psicossociais poderá dar causa à demissão, mas apenas se a falta de colaboração do servidor no cumprimento das ações de melhoria de seu desempenho não decorrer exclusivamente dessas circunstâncias.
Carreiras de Estado
O texto de Maria do Carmo estabelecia um processo de avaliação de desempenho diferente para servidores de carreiras exclusivas de Estado, como policiais, procuradores de órgãos de representação judicial, defensores públicos e auditores tributários. Essas categorias poderiam recorrer à autoridade máxima de controle de seu órgão caso houvesse indeferimento total ou parcial de recurso contra o resultado da avaliação. A exoneração por insuficiência de desempenho também dependeria de processo administrativo disciplinar específico.
Lasier Martins mudou a proposta com a justificativa de que poderia haver inconstitucionalidade na medida. Na reformulação desse dispositivo, ficou estipulado que a exoneração por insuficiência de desempenho de servidores vinculados a atividades exclusivas de Estado dependerá de processo administrativo específico, conduzido segundo os ritos do processo administrativo disciplinar.
Emendas
Onze emendas foram apresentadas ao projeto, mas Lasier acatou apenas duas, apresentadas pelo senador Humberto Costa (PT-PE), de modo parcial. Uma delas garante prioridade aos servidores avaliados com insuficiência de desempenho nos programas de capacitação e treinamento dos respectivos órgãos. A emenda também livraria o servidor nesta condição de ser penalizado com o conceito “P” (atendimento parcial) ou “N” (não atendimento) nas próximas avaliações caso seu órgão não fornecesse a reciclagem exigida. Esse parte da emenda, porém, não foi aproveitada.
Lasier aproveitou o ponto referente à necessidade de os órgãos priorizarem a oferta de programas de capacitação e treinamento aos servidores com insuficiência de desempenho. Entretanto, considerou “descabido” o bloqueio das avaliações posteriores de quem está nessa faixa, na hipótese de a reciclagem não ter sido ofertada.
A segunda emenda se refere ao processo de desligamento dos servidores que exercem atividades exclusivas de Estado. Nesse caso, ele adotou a proposta para que a exoneração por insuficiência de desempenho dependerá de processo administrativo específico, além de sugestão para deixar claro, como queria Humberto Costa, que a decisão final nesse caso competirá à autoridade máxima da instituição.
A base das alterações sugeridas por Humberto Costa foi o parecer do senador Romero Jucá (PMDB-RR) a projeto de lei da Câmara (PLC 43/1999- Complementar), de autoria do Executivo, que também disciplinava a perda de cargo público por insuficiência de desempenho do servidor estável. Esse projeto foi arquivado em 2007, sem que a Câmara dos Deputados se manifestasse sobre o substitutivo oferecido por Jucá e aprovado pelo Senado.
Eficiência
Ao defender sua proposta, Maria do Carmo disse que seu objetivo não é prejudicar os "servidores públicos dedicados", “que honram cotidianamente os vencimentos que percebem e são imprescindíveis para o cumprimento das atribuições estatais”. Disse ser necessário levar em conta que, quando não há a perda do cargo de um agente público negligente, sérias consequências derivam dessa omissão.
“A sociedade se sente lesada, porquanto desembolsa pesados tributos para o correto funcionamento da máquina pública que, por sua vez, não lhe retorna o investimento em bens e serviços. Além disso, a mensagem passada aos servidores responsáveis e que prestam bem o seu papel é de que não vale a pena o esforço, pois aquele funcionário que não trabalha e sobrecarrega os demais jamais será punido”, argumentou.
Lasier concordou com Maria do Carmo sobre a necessidade “premente” de regulamentação do processo de avaliação de desempenho do servidor público. Apesar de enxergar a estabilidade não só como um direito, mas também como uma garantia de que a atividade estatal será exercida com maior impessoalidade e profissionalismo, o relator na CCJ observou que esse instituto “não pode ser uma franquia para a adoção de posturas negligentes ou desidiosas pelo servidor”.
Rejeição
Durante a discussão, o senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) apresentou voto em separado pela rejeição. Justificou que sua divergência não se fundamentava na “defesa cega” de supostos privilégios dos servidores, esse um discurso de defensores do Estado mínimo e do desmonte das políticas públicas. Segundo ele, a proposta ainda motiva dúvidas tanto técnicas quando a respeito de seus objetivos.
— Há dúvidas razoáveis sobre seus fins políticos reais, direcionados, em alguma medida, a favorecer um expurgo arbitrário do serviço público, com vistas à redução do tamanho do Estado, numa perspectiva econômica ortodoxa, arcaica e, sobretudo, autoritária — sustentou.
Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), que pediu verificação de presença na votação, disse que o momento não é próprio, nem a forma do projeto serve para abrir um debate tão importante. Para ela, há o risco de se cometer inúmeras injustiças com os servidores. Lamentou que nove emendas suas tenham sido rejeitadas e a apontou hipótese de vício constitucional no projeto, pois iniciativas referentes a carreiras de servidores caberiam apenas ao Executivo.
"Meritocracia"
A senadora Ana Amélia (PP-RS) disse não associar o projeto com o fim da estabilidade, mas, sim, como defesa da “meritocracia”. Outros senadores, como Eduardo Braga (PMDB-AM), mesmo defendendo a proposta, disse que ainda há necessidade de aprimoramento, que podem ser feitos nas próximas comissões que analisarão a matéria.
O senador Armando Monteiro (PTB-PE) concordou com a tese de Braga de que o desempenho do servidor muitas vezes é prejudicado pela falta de condições de trabalho, mas disse que isso não é motivo que que não se façam avaliações de desempenho.
— É possível identificar às vezes, em precaríssimas condições materiais, servidores que se superam em meio a essas limitações e dão belos exemplos cotidianamente do seu compromisso e, verdadeiramente, daquilo que eles internalizam como sendo a sua missão — afirmou Monteiro.
A senadora Simone Tebet (PMDB-MS) votou a favor, mas também apontou a possibilidade de vício de constitucionalidade. No caso de leis complementares, que se aplicam a todos os poderes e entes federativos, ela afirmou que só é possível legislar em relação a normas gerais, e não específicas, como faz o projeto. A senadora chegou a defender o adiamento da votação para que o assunto fosse melhor estudado, mas observou que ajustes podem ainda ser feitos nas demais comissões.

Fonte : Agência Senado

domingo, 8 de outubro de 2017

"Lula tem um grau de culpa", diz Olívio

Voz praticamente isolada no PT, o ex-governador Olívio Dutra continua sendo uma das raras lideranças do partido a realizar a necessária autocrítica. Assim como Olívio, outro gaúcho, o também ex-governador Tarso Genro, defende a necessidade de uma espécie de refundação do PT, de retomada de bandeiras históricas e de reaproximação com as bases. Mas Olívio vai bem mais além. Nessa quinta-feira, durante entrevista ao programa “Esfera Pública”, da Rádio Guaíba, ao comentar a situação jurídica de Lula, o petista fez declaração que contraria a postura de 10 entre 10 petistas.
“Me dói dizer isso, mas Lula tem algum grau de culpa”, disse. Olívio ponderou, afirmando que o ex-presidente foi vítima de sua própria generosidade, de sua inocência. “Ele não tinha controle, mas agora tem que responder”, fazendo referência a irregularidades e crimes cometidos por subalternos.
Sobre as acusações feitas por Antônio Palocci contra Lula, Olívio disse não ter sido pego de surpresa, principalmente devido à circunstância em que se encontra o ex-ministro, que está preso. Segundo ele, algumas informações não correspondem à verdade, são suposições, mas todas as acusações precisam ser analisadas.
Autor de projeto similar ao apresentado por Nelson Marchezan Júnior, relativo ao IPTU, quando era prefeito de Porto Alegre, que aliás, também foi derrotado na Câmara, Olívio foi coerente e elogiou a tentativa do tucano. “A iniciativa é boa. A cobrança deve ser justa, apesar da pressão dos detentores de poder econômico. Pena que não progrediu”.

Correio do Povo -06/10/2017:

Brasil está ás vésperas de um colapso, diz Ciro Gomes

O pré-candidato pelo PDT à presidência da República, Ciro Gomes, disse, no início da tarde desta quinta-feira, em Porto Alegre, que seu principal adversário nas eleições de 2018 será a ignorância. Com a verve que lhe é característica, Ciro criticou duramente o governo Michel Temer, projetou sérios problemas para o país em função das medidas que vem sendo adotadas na política e na economia e detalhou propostas que estão no plano de um eventual futuro governo.
"As pessoas estao cansadas de se relacionar com o serviço público, estão muito justamente ressabiadas com o loteamento fisiológico das estruturas públicas e ficam meio vulneráveis a essa simplificação grosseira que diz que é melhor até dar as estatais de graça porque isso será bom para o país. Isso é uma mentira. A Oi acabou de quebrar. Sabe onde ela espetou os R$ 65 bilhões de prejuízo? Na Caixa Econômica Federal, no Banco do Brasil e no BNDES. Há 10 anos, quando ela lucrava, era para os bancos privados que se financiava. Eu pergunto: a Odebrecht, a JBS e Andrade Gutierrez são estatais?"
Na sequência, o ex-ministro projetou que o país chegará às vésperas do pleito de 2018 com a dívida pública correspondendo a praticamente 100% do PIB, e emendou: "é véspera de colapso." Ciro criticou o "esquerdismo infantil" do ex-presidente e, por enquanto, adversário na corrida de 2018, Luiz Inácio Lula da Silva. Afirmou que o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) "emasculou" a presença do RS e de Minas Gerais no cenário nacional quando promoveu a renegociação das dívidas dos estados e considerou que, no caso do RS, o Palácio Piratini virou uma "usina de destruição de lideranças". "O acordo foi um torniquete que, no RS, é agravado por algumas peculiaridades: aqui o custo dos aposentados é superior ao dos servidores ativos, o Ministério Público custa mais caro do que a média brasileira e o Judiciário também. Isso faz com que o ajuste seja sempre sobre uma fatia muito pequena do orçamento."
O pedetista informou que seu programa inclui a consolidação das dívidas dos estados, um novo sistema tributário, um novo desenho previdenciário e uma reforma política, e enumerou três propostas com alto potencial de polêmica. "Quero levantar o limite constitucional do imposto sobre heranças, que hoje é 8%, criar uma CPMF com alíquota de 0,38%, sendo 0,20% vinculado ao abatimento da dívida e 0,18% partilhados com estados e municípios, que poderão optar entre colocar na dívida ou na previdência. E vou cobrar imposto sobre lucros e dividendos. Só o Brasil e a Lituânia não cobram. Aqui cobrávamos e o FHC tirou. Não há como resolver o problema brasileiro sem algum a amargo e esse amargo pode ser concentrado em quem ganha mais."
Apesar de se dizer parlamentarista, Ciro discorda da proposta ventilada por Temer de implantar o sistema político. "Depois de Pedro II, todas as vezes em que se discutiu o parlamentarismo no país foi como golpe, que é o que está acontecendo de novo."

CORREIO DO POVO, 24/08/2017

segunda-feira, 2 de outubro de 2017

GUGA APROVA O ENSAIBRAMENTO

Postado no site da Prefeitura Municipal de Pelotas
A Prefeitura de Pelotas insiste em pensar que administrar uma cidade é promover campanhas de propaganda ou recorrer insistentemente a recursos de marketing.
Sabe-se que é um estilo de governo muito próprio do PSDB que nos oferece os exemplos de São Paulo e Porto Alegre.
No caso de Pelotas completando nove anos de governo esse estilo não dá mostras  de mudar.
O caso mais recente é a propaganda da terraplanagem de ruas da praia do Laranjal, do Santo Antônio.
Terraplanar ruas que ficam esburacadas e inundadas deve ser uma atividade de rotina, não tem porque merecer uma campanha publicitária apelando para a figura de Guga.
Estamos na entrada da primavera e o verão passa a estar mais próximo. E com ele a temporada de veraneio. A presença humana na praia se multiplica várias vezes com pessoas que são de Pelotas e muitas também que são de fora.
Enquanto isto as melhorias e os investimentos que são esperados para a praia seguem indefinidos ou em ritmo muito lento.
A demanda para que avancem tem sido muito grande e os moradores passam o ano à espera que sejam resolvidos.
Mas ao que parece vamos continuar ouvindo falar sobre eles sem ações efetivas para que tenham solução.
Considero a segurança para cheias como a que ocorreu em 2015 e os alagamentos permanentes a ação mais importante.
Mas se seguem uma infinidade de outras ações que necessitam avançar.
Rede de esgoto, balneabilidade, segurança, trafegabilidade das ruas, estão entre elas.
A pavimentação da avenida Espírito Santo avança com uma lentidão que torna impossível prever seu término agravando o quadro já sério dos alagamentos.
O trapiche segue se deteriorando e está com o acesso interditado.
Isto não impede que a prefeita Paula dê aval para uma passarela de 1km pela praia entre o Santo Antônio e o Barro Duro ao custo de mais de duzentos mil reais.
Do camping municipal, fechada na administração de Eduardo Leite, não se fala nada.
E no entanto vinha sendo, durante administrações seguidas, uma alternativa extremamente importante para quem , a custo razoável, quisesse ficar na praia no verão.
Enquanto nada disso se resolve nem se apresentam medidas sérias para ter solução , seguimos à mercê de propagandas quase ingênuas como essa.
Ao que consta o escritório de Guga já teria exigido a retirada da propaganda ajudando a acentuar o inoportuno da publicação.
Quem será o próximo garoto ou garota propaganda?
O mais coerente, considerando as condições atuais do Laranjal, seria um campeão de natação ou de mergulho.