domingo, 28 de junho de 2020

PANDEMIA


quinta-feira, 25 de junho de 2020

IDEALISMO X RESULTADOS - Alceone Santos


Relutei em externar considerações técnicas acerca do PL aprovado ontem no Senado, com medo das reações e detrações.
Mas como o medo só serve para definir limites, vamos lá.
Urge que sejam estabelecidas diretrizes para que haja ampliação no sistema de saneamento e se alcance o máximo de residências a receberem água tratada.
 Paralelo a isso, é de vital importância o planejamento urbano para que sub habitações sejam transformadas em residências e recebam o referido trato.
Infelizmente a contaminação política polarizada, vem há anos sendo entrave à políticas públicas efetivas.
Embora seja uma proposição oriunda do executivo incompetente que está instalado no Paço Federal, os diversos players supra partidários envolvidos, conseguiram formatar algo viável que é necessário.
A questão onde empresas privadas ganham espaço no processo é irrelevante, pois convivemos há muito, com serviços públicos operados pela iniciativa privada e muitos como o do saneamneto, desobrigam licitações.
Os atuais contratos de municípios com operadoras privadas continuam inalterados até o final de sua vigência, e após, os executivos, tendo todo o tempo de apropriar expertise, estarão até em melhores condições para oferecer o serviço num processo licitatório.
A água é sem dúvida um bem público e global, mas precisa ser tratada como um produto.
O peixe estando no mar, no Rio ou na Lagoa, está nessa situação análoga. Podemos ir pescar e levar para casa sem custos.
 Mas se formos comprar no mercado, ele estará limpo, filetado e embalado. E isso foi feito por alguém.
Registro meu ponto de vista técnico, pois acredito que o caminho para soluções de problemas macro, passa por competências de gestão.

CIÊNCIA E FEMINISMO


segunda-feira, 22 de junho de 2020

ALEX LETTNIN -


Bico de pena de Alex Lettnin

DISCURSO CLARIVIDENTE DE MANO BROWN

sábado, 13 de junho de 2020

quinta-feira, 11 de junho de 2020

HISTÓRICO DE ATLETA



"No meu caso particular, pelo meu histórico de atleta, caso fosse contaminado pelo virus, não precisaria me preocupar, nada sentiria ou seria, quando muito acometido de uma gripezinha ou resfriadinho"

COLÉGIO PELOTENSE ABRIGA MORADORES DE RUA


Fechado para aulas e atividades estudantis, o Colégio Pelotense, em Pelotas, considerado uma das maiores escolas municipais do país, passou a ter uma função social.
Cinco salas estão utilizadas para abrigar até 50 moradores de rua.
Um dos espaços será destinado exclusivamente ao público LGBTQ+.
A medida é umas das formas de combate ao coronavírus na cidade.
O local irá funcionar 24 horas por dia, contando com alimentação, fornecimento de materiais de higiene e dormitórios.
Se algum dos abrigados tiver confirmada a contaminação por coronavírus, será direcionado ao Centro Pop, onde haverá até oito leitos de isolamento para as pessoas carentes.


DOS TEMPOS SEM PANDEMIA - BRAPEL 348

COVID-19 :ACELERAÇÃO DE CASOS EM PELOTAS - Marcelo Dutra

Curva mostra acréscimo acelerado de infecções
Nesta quinta-feira, dia 11, confirmamos o nosso 147° caso de Infecção por COVID-19, em Pelotas. Estamos em um novo estágio da aceleração, que teve início no dia 13 de maio, quando registrávamos 41 casos. Desta data, até o presente, são 106 casos adicionais, e crescendo. Tenho acompanhado a evolução da pandemia, desde o princípio, a partir dos dados oficiais da Prefeitura. A curva parte do primeiro caso de COVID-19 no Brasil, em 26/fev., seguido do primeiro caso na cidade, em 25/mar. Estimo que o nosso período de exposição ao vírus tenha começado no dia 11/mar, 14 dias antes do primeiro registro (período de incubação). Tivemos, por um tempo, poucos casos notificados, mas a realidade mudou, completamente. O aumento da circulação de pessoas nas ruas pode estar contribuindo e as novas medidas de flexibilização deverão agravar o problema. Não é hora de relaxar as medidas. É loucura qualquer novo estímulo à circulação. O acréscimo de novos casos está muito maior que o projetado inicialmente. E na medida que diminuímos as restrições, aumentamos o risco de mortes.
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https://www.facebook.com/445094589628886/posts/741271696677839/?d=n

terça-feira, 9 de junho de 2020

A LENTA NORMALIZAÇÃO DO NÍVEL DA BARRAGEM SANTA BÁRBARA - Lúcio Hecktheuer




Lembrando os textos publicados no blog "A METADE SUL" (https://ametadesul.blogspot.com) em 23 e 27 de maio de 2020 que trataram sobre o regime de secas no município de Pelotas e o quanto eles afetam no funcionamento da Estação de Tratamento de Água (ETA) Santa Bárbara, venho agora mostrar a situação atual da barragem. Com as chuvas ocorridas no fim do mês de maio e as do início deste mês de junho de 2020, pode-se verificar que o nível da barragem continua baixo mas começa a se recuperar, afastando assim o fantasma do regime de racionamento de água potável em Pelotas e levando ao esquecimento a situação atual da infraestrutura de tratamento de água do município.
Considerando os dados fornecidos pelo Laboratório de Agrometeorologia da Embrapa (http://agromet.cpact.embrapa.br/), já temos neste mês de junho 21,4 mm de precipitação, valor esse bem superior aos 6,76 mm de evapotranspiração registrado. No mês de maio de 2020 a quantidade de chuva, 86,4 mm, ainda ficou abaixo da média mensal (109,7 mm) mas as previsões para os próximos meses é de chuvas acima da médias históricas. Esses indicadores sinalizam para a, embora lenta, recuperação do nível da barragem.



Como foi mencionado anteriormente, os ciclos de secas em Pelotas se repetem de 5 em 5 anos sinalizando que a próxima seca prolongada capaz de afetar significativamente o nível da barragem Santa Bárbara ocorrerá somente em 2025. Esperamos que até lá (2025), já tenhamos ampliado nossa infraestrutura de tratamento de água através da finalização das obras e colocação em operação da ETA São Gonçalo que já deveria estar em funcionamento a bastante tempo.

(*) Prof. Lúcio Heckheuer (IFSul), Doutor em Engenharia ( UFRGS)

segunda-feira, 8 de junho de 2020

A FRENTE DE OPOSIÇÃO AINDA RESPIRA? - P.R.Baptista

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A intenção de formar uma frente de´oposição na eleição municipal, ao nos aproximarmos da realização das convenções e da definição em cada partido das candidaturas, mostra um esvaziamento.
As conversas iniciais começaram com a participação de PDT, PT, PSoL e PCdo B.
O PSB ainda no governo Paula não participou nesta etapa.
A tese era, como de costume, de escolher um candidato que se considerasse com maior viabilidade eleitoral e formar-se uma frente para apoiá-lo.
Mas, de início, podia-se prever que o PSoL não faria este tipo de composição, primeiro pela orientação ideológica e estratégica que vem adotando e, segundo porque esta estratégia tem obtido bons resultados.
Com relação ao PT igualmente era previsível dificuldades quando se tratasse de abrir mão de ser dele o candidato.Mais recentemente reforçou-se esta previsão com a articulação em torno do vereador Ivan Duarte como candidato.
Restaram os demais partidos com a adesão depois do PSB e, a crer no que é colocado na conversa, também do Avante representado pelo pastor Hermes Rockenbach. Cabe neste caso averiguar sua exata filiação porque há registro de que pertenceria ao Podemos mas deve haver uma explicação porque, em nome da seriedade da proposta, não seria admissível se estar cometendo um erro tão grosseiro...
Quanto ao PCdoB será preciso aguardar uma definição mais clara porque se o PT confirmar a indicação de Ivan Duarte pode inclinar-se a apoiá-lo.
Marcus Cunha que se colocou como pré-candidato dentro do PDT e vinha sustentando esta posição até recentemente, mudou, contudo, o rumo de seu projeto político e abriu de ser candidato mas ainda empresta, como presidente,  a sigla do partido para a discussão.
Enquanto isto no PSB há dificuldades que precisam ser superadas entre elas a condição legal do próprio presidente Toni Sechi conforme já foi relatada em matéria anterior de A METADE SUL.
Ou seja, embora a intenção de Toni Sechi de apresentar os presentes na reunião virtual como representantes de uma frente que estaria se consolidando, de fato esta frente pode estar, isto sim, dando adeus à sua efetivação... 

PROTESTO ANTIFASCISMO NUM AMBIENTE DE PANDEMIA



Embora alertas e declarações de lideranças da oposição contrários à manifestação outras lideranças e movimentos diversos convocaram para o ato que reuniu contingentes expressivos de manifestantes o que foi saudado por vários como um êxito.
Estabelece-se , neste momento, a contradição de , ao mesmo tempo, promover-se uma ampla campanha para que se fique em casa e se pratique o confinamento.
Irresponsabilidade destes segmentos que incentivaram o ato?

DEBATE CIRO GOMES, MARINA SILVA, FERNANDO HENRIQUE

domingo, 7 de junho de 2020

OLAVO DE CARVALHO, GURU BOLSONARISTA, DESABAFA



O escritor Olavo de Carvalho, considerado 'guru do bolsonarismo', fez uma série de postagens das redes sociais na madrugada deste domingo, 7, com críticas ao presidente Jair Bolsonaro, de quem é aliado. Em vídeo, afirmou que Bolsonaro não faz nada para o defender de uma suposta milícia digital, que o presidente não é seu amigo e que ainda pode ser processado por prevaricação, já que presencia crimes e não faz nada. Em seguida, escreveu: "Os militares obedecem você ou é você que obedece a eles?"

sábado, 6 de junho de 2020

A LENTA NORMALIZAÇÃO DO NÍVEL DA BARRAGEM SANTA BÁRBARA - Lúcio Hecktheuer




Lembrando os textos publicados no blog "A METADE SUL" (https://ametadesul.blogspot.com) em 23 e 27 de maio de 2020 que trataram sobre o regime de secas no município de Pelotas e o quanto eles afetam no funcionamento da Estação de Tratamento de Água (ETA) Santa Bárbara, venho agora mostrar a situação atual da barragem. Com as chuvas ocorridas no fim do mês de maio e as do início deste mês de junho de 2020, pode-se verificar que o nível da barragem continua baixo mas começa a se recuperar, afastando assim o fantasma do regime de racionamento de água potável em Pelotas e levando ao esquecimento a situação atual da infraestrutura de tratamento de água do município.
Considerando os dados fornecidos pelo Laboratório de Agrometeorologia da Embrapa (http://agromet.cpact.embrapa.br/), já temos neste mês de junho 21,4 mm de precipitação, valor esse bem superior aos 6,76 mm de evapotranspiração registrado. No mês de maio de 2020 a quantidade de chuva, 86,4 mm, ainda ficou abaixo da média mensal (109,7 mm) mas as previsões para os próximos meses é de chuvas acima da médias históricas. Esses indicadores sinalizam para a, embora lenta, recuperação do nível da barragem.



Como foi mencionado anteriormente, os ciclos de secas em Pelotas se repetem de 5 em 5 anos sinalizando que a próxima seca prolongada capaz de afetar significativamente o nível da barragem Santa Bárbara ocorrerá somente em 2025. Esperamos que até lá (2025), já tenhamos ampliado nossa infraestrutura de tratamento de água através da finalização das obras e colocação em operação da ETA São Gonçalo que já deveria estar em funcionamento a bastante tempo.

(*) Prof. Lúcio Heckheuer (IFSul), Doutor em Engenharia ( UFRGS)

SENADORES DA OPOSIÇÃO PEDEM QUE MANIFESTANTES ADIEM PROTESTOS NO DIA 7


Líderes de partidos da oposição no Senado Federal divulgaram uma nota nesta quinta-feira na qual pedem para que os brasileiros não saiam às ruas no próximo domingo para manifestar contra o presidente Jair Bolsonaro. O apelo também foi lido pelo senador Randolfe Rodrigues (Sustentabilidade-AP) durante a sessão plenária e foi feito devido aos riscos de contaminação pelo coronavírus.
“Nosso pedido parte da avaliação de que, não tendo o país ainda superado a pandemia, que agora avança em direção ao Brasil profundo, saindo das capitais e agravando nos interiores, precisamos redobrar os cuidados sanitários e ampliar a comunicação com a sociedade em prol do distanciamento social”, afirma a nota.
Depois das manifestações pró-democracia realizadas por torcidas organizadas no último domingo, outros grupos contrários ao presidente começaram a organizar protestos em várias cidades do país para o dia 7.
Os senadores ressaltam “que ainda não é o momento, em respeito às famílias de vítimas do Coronavírus e também daqueles que até hoje tem respeitado e com razões, baseado nos melhores estudos científicos, o isolamento como a melhor alternativa de combate à Covid-19”.
Confira a íntegra da nota:  
Nota dos Líderes Partidários do Senado Federal em defesa da VIDA e da DEMOCRACIA
Os líderes dos diferentes partidos do Senado Federal, a saber a Rede Sustentabilidade, o PSB, o PDT, o Cidadania, o PSD e o PT, vem através desta nota desencorajar os brasileiros que, acertadamente, fazem oposição ao Sr. Jair Bolsonaro a irem às ruas nesse próximo domingo.
Nosso pedido parte da avaliação de que, não tendo o país ainda superado a pandemia, que agora avança em direção ao Brasil profundo, saindo das capitais e agravando nos interiores, precisamos redobrar os cuidados sanitários e ampliar a comunicação com a sociedade em prol do distanciamento social.
Bem certo que a organização de setores da sociedade aqueceu nossos corações de esperança, na certeza de que o Brasil já identificou que a política da presidência da república tem sido devastadora ao país e aliada do Coronavírus. Adiaremos à ida às ruas, pelo bem da população, até que possamos, sem riscos, ocupá-las, em prol da população.
Ademais, observando a escalada autoritária do governo federal, devemos preservar a vida e segurança dos brasileiros, não dando ao governo aquilo que ele exatamente deseja, o ambiente para atitudes arbitrárias.
Entendemos, portanto, que ainda não é o momento, em respeito às famílias de vítimas do Coronavírus e também daqueles que até hoje tem respeitado e com razões, baseado nos melhores estudos científicos, o isolamento como a melhor alternativa de combate à Covid-19. Continuaremos firmes na oposição das mais diversas formas que a situação pandêmica nos permite.
Assinam,
Randolfe Rodrigues, líder da Oposição e da Rede Sustentabilidade do Senado Federal.
Eliziane Gama, líder do Cidadania no Senado Federal.
Weverton Rocha, líder do PDT no Senado Federal
Jaques Wagner, vice-líder do PT no Senado Federal.
Veneziano Vital do Rego, líder do PSB no Senado Federal.
Otto Alencar, líder do PSD no Senado Federal.

quinta-feira, 4 de junho de 2020

IFSul apoia estudantes em vulnerabilidade social durante a crise do novo Coronavírus


Neste momento em que enfrentamos esta difícil crise da pandemia do novo Coronavírus, precisamos olhar para todas e todos aqueles que formam a comunidade acadêmica do IFSul, assim ajudar aqueles estudantes que estejam passando por dificuldades é primordial. O estado de vulnerabilidade social, que se agravou em muito ao longo desta crise, deve ser enfrentada por toda a instituição. Assim uma das ação foi a aquisição de cestas básicas para serem distribuídas para esta parcela dos nossos estudantes, o que se concretizou esta semana, depois de processo licitatório de diversos tipos de alimentos, que ainda não foi concluído, pois falta o processo dos produtos da agricultura familiar, que corre em processo licitatório específico. A entrega começou mesmo assim, pois a urgência de apoiar estes estudantes era necessária, sendo que na próxima entrega, no início de julho as cestas já serão compostas dos alimentos da agricultura familiar. Nesta fase estão sendo entregues 2 cestas básicas para cada um dos quase 1200 estudantes que preencheram o formulário de solicitação, referentes aos meses de maio e junho. Estão previstas pelo menos mais duas entregas nos meses de julho e agosto. As cestas foram montadas em Pelotas e distribuídas aos 14 câmpus, em um trabalho de logística muito intenso. A proposta de montagem das cestas pelo IFSul foi no sentido de conseguirmos preços melhores do que comprar a cesta já pronta, desta forma conseguimos uma maior quantidade. Gostaria de agradecer aos muitos voluntários que ajudaram na montagem das cestas, foram mais de 50 voluntários, que se revezaram ao longo da sexta, sábado, domingo, segunda e terça passadas, nossa gratidão a todos e todas, que se estende também aos colegas que receberam as cestas nos câmpus e estão agora realizando a distribuição aos estudantes contemplados. Sigamos em frente, buscando ao máximo o isolamento social, fazendo nossa parte.

Flávio Nunes - Reitor

OS ATAQUES À DIGNIDADE DA EDUCAÇÃO ESTADUAL TEM QUE CESSAR - Sofia Cavedon



Esse momento de suspensão das aulas vai ampliar o abismo da educação pública em relação às condições privadas por si só, imaginem numa situação de degradação e desinvestimento em curso que atinge as condições, os insumos e a vida dos e das trabalhadoras da educação estadual
Nunca ficou tão evidente a importância da escola, dos e das educadoras, do cotidiano escolar, de suas aulas, da socialização que proporcionam e da alimentação que alivia a demanda nas famílias, como no isolamento determinado pela pandemia do coronavírus. São milhões de crianças, adolescentes e jovens sem rotina escolar e muitas vezes sem condições materiais de estudos em casa, desafiando todos nós a repensar a educação, seu papel e sua implantação.
A pandemia também desnuda a precariedade das estruturas escolares, pois que, para responder ao desafio de um apoio de educação complementar domiciliar, descobre-se desconectada virtualmente, sem profissionais de biblioteca para fomentar leituras,  sem livros didáticos suficientes para cada aluno, sem professores que pessoalmente estejam dotados de bons computadores e boa conexão, e sofrem muito para fazer chegar às famílias das suas e seus estudantes, muitas com menos condições ainda, programas de aula, apoios didático-pedagógicos.
O governo do Rio Grande do Sul tateia no planejamento desse momento, na proposição de suportes, no rápido suprimento dessas lacunas, nas alternativas que possam mobilizar os meios para isso acontecer. Mas, de outro lado, dedica-se às duras medidas para a implantação do novo plano de carreira, das novas alíquotas de previdência e novo estatuto do funcionalismo público estadual. Não tinha ainda terminado de descontar todos os dias de greve dos profissionais da educação, mesmo eles tendo recuperado cada dia em janeiro desse ano – e como foram preciosos!- e já emendou novos descontos provenientes daquelas novas leis.

Esse momento de suspensão das aulas vai ampliar o abismo da educação pública em relação às condições privadas por si só, imaginem numa situação de degradação e desinvestimento em curso que atinge as condições, os insumos e a vida dos e das trabalhadoras da educação estadual!

“Incrivelmente cruel” é a exclamação de uma diretora de escola, ao verificar seu contracheque desse abril. Dessa professora absolutamente dedicada, que testemunho a luta e trabalho qualificado, faço minhas as palavras, acrescentando a dimensão política dessa expressão: o modelo de gestão do governo Leite que propugna e realiza a redução do estado, a diminuição do investimento em educação, é cruel com o direito a ela. Nega esse direito.

Não podemos ser coniventes com isso. É ilegal, é imoral, é desumano.

terça-feira, 2 de junho de 2020

EDUCAÇÃO PARA UMA SOCIEDADE SUSTENTÁVEL - Alceone Silveira dos Santos

 

A ligação que sedimenta os pilares, educação-sociedade-sustentabilidade, passa
necessariamente, pela multiplicação de ações ambientais e pela busca dos resultados
advindos delas.

Alguns educadores e autores da àrea, utilizam-se de um viés catastrófico,
quando referem-se ao meio ambiente, instabilidades climáticas, extinção iminente de
espécies, enfim, planeta agonizando, mortalmente ferido.

Essas abordagens tornam a dialética muito mais fácil, pois não há nelas,
potencial de ação ambiental, que efetivamente às reverta.

Para a construção e o despertar de uma consciência ambiental, que possa
diferenciar-se desses argumentos, a educação para uma sociedade sustentável, deve
ter foco direto na formação de nossas crianças. O aspecto pedagógico, voltado a
sustentabilidade, pavimenta, sem sombra de dúvida, o caminho para a verdadeira
concepção de formação social-sustentável.


Instruir nossos alunos, utilizando ferramentas que proporcionem a eles, uma visão
construtiva dessa viável e possível sociedade sustentável, é imprescindível.

Prática e ética, são conceitos extremamente relevantes nesse processo.

A prática, através de atividades didático-pedagógicas e a ética, calcada em
valores humanos, fazendo com que a formação cidadã ocorra de forma integral.

Educar ambientalmente, é poder ter a certeza de que quando nossas crianças
forem efetivos atores, na sociedade civil, serão cidadãos com hábitos e condutas
morais e ambientais, capazes de serem modelos de ações.

A conquista de uma sociedade sustentável, transita, sobremaneira, na seara
educacional, na forma da aceitação de que todos tem sua parcela individual de
responsabilidade.

A Educação Ambiental, hoje se apresenta como um pré requisito para o
desenvolvimento de uma sociedade com objetivo claro, de firmar um pacto ético que
tenha por base o respeito pelas mais diversas formas de vida.

Dessa forma, o cuidado, categoria intimamente associada a prática educacional,
deixa de ser um simples conceito e transforma-se em atitude premente, consciente e
comprometida com a promoção da saúde ambiental de toda coletividade.

segunda-feira, 1 de junho de 2020

OS CICLOS DE ESTIAGEM EM PELOTAS - Lúcio Hecktheuer


Os estudos de fenômenos meteorológicos muitas vezes são estudados utilizando-se séries históricas dos seus eventos. Estas séries, para serem confiáveis, dependendo do fenômeno a ser abordado, devem ter um longo período de observação. No caso específico de precipitação, séries de 30 anos já são consideradas de qualidade. No entanto, Pelotas tem disponível, através de convênio entre Embrapa/UFPel/INMET, uma série histórica de precipitação que tornar-se-á cinquentenária no final deste ano.
Através desta série histórica Pelotas tem as quantidades de precipitação média mensal conforme mostra o gráfico seguinte


Observando os dados diários de precipitação dos últimos 50 anos, percebe-se que temos em Pelotas ciclos de estiagens que ocorrem, aproximadamente, de cinco em cinco anos. Alguns períodos de estiagem em Pelotas são ressaltados, entre eles os mostrados a seguir:


Este último período, ao qual estamos ainda atravessando, parece ser um dos mais severos dos últimos 50 anos pois persiste por mais de 6 meses com espaçadas precipitações de pouco intensidade (ao longo destes 6 meses tivemos precipitações em apenas 52 dias). Neste período, se tivéssemos um ciclo de chuvas com precipitações semelhantes as médias mensais teríamos um acumulado no período de 682 mm de precipitação. No entanto, a precipitação ocorrida foi de apenas 350 mm equivalente a 51,3% do normal.
Tais observações, acima citadas, são importantes para concluirmos, de modo científico, que Pelotas precisa tratar o tema “fornecimento de água potável para a população” como sendo de prioridade zero.

(*) Prof. Lúcio Heckheuer (IFSul), Doutor em Engenharia ( UFRGS)