domingo, 21 de fevereiro de 2016

Estatísticas "mascaradas" no bloco da política - Clóvis Veronez

Prefeito Leite tendo aula de Carnaval
A prefeitura de Pelotas divulgou, na última quarta (17), estatísticas “mascaradas” sobre segurança pública durante o carnaval 2016. A matéria, objetiva de forma simplista demonstrar o acerto e, adicionar pontos positivos a decisão de retirar os recursos para a realização da festa.
Para tal, compara números de ocorrências registradas na edição anterior com os deste ano:
Registros de ocorrências na DPPA durante o Carnaval:
Período de 2015: 428 – Período de 2016: 347
(números da matéria)
Levando-se em conta que não houve carnaval em Pelotas, também, que os eventos patrocinados pela prefeitura não se equivalem minimamente, em números, a população que normalmente participa da festa, o argumento cai por terra. A tentativa de associar o carnaval a violência é, mais uma, para justificar a visão torpe que orienta as ações do governo municipal, com relação as manifestações da cultura popular e os problemas crônicos relacionados a segurança pública no município.
O cálculo é simples:
Supondo-se, por ex, que o carnaval de 2015 tenha mobilizado 30 mil pessoas (foram mais) e, dividindo-se pelo números de ocorrências policiais, teríamos a seguinte proporção: 14 casos para cada 1000 pessoas envolvidas. Em 2016, digamos que 5 mil pessoas estiveram envolvidas na festa (foram bem menos), o número é de 69 casos policiais para cada 1000 pessoas. Resulta a constatação do aumento de ocorrências numa proporção de 500%.


Comparados com a mobilização em anos anteriores os números, por proporcionalidade, comprovam, de fato, o crescente aumento dos problemas relacionados a segurança pública em Pelotas como de resto, em todo RGS.

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