quarta-feira, 17 de fevereiro de 2016

Eleições em Pelotas : pré-candidatura de Rogério Salazar, uma nova peça no tabuleiro - P.R.Baptista

Rogério Salazar durante o Fórum Social em Porto Alegre. Na mesa Beto Albuquerque e, à direita, o deputado federal José Stédile.
No cenário político da eleição municipal em Pelotas pode-se dizer, com eventuais pequenos ajustes. que ele se encaminha para algumas definições.
Alinham -se como candidatos, além da situação que apresentaria o nome do atual prefeito, algumas alternativas da oposição.
Com o PT se encaminhando para confimar Miriam Marroni e o PSOL  Jurandir Silva , o fato novo, seria Rogério Salazar do PSB que se coloca decididamente como pré-candidato.
Marcus Cunha (PDT), atualmente vereador, poderia ser um outro nome mas ainda depende de definições  a serem feitas.
Por outro lado o PMDB , partido que tem frequentemente procurado alianças na condição de indicar o vice-prefeito , poderá continuar fazendo o mesmo
Tentativas até já teriam sido feitas de aproximação com a atual gestão o que poderia avançar em  troca de cargos.
Considerando estes aspectos e a última eleição de 2012 ,  Rogério Salazar é a novidade pois embora Miriam não tivesse concorrido, concorreu Fernando Marroni, seu marido, e as duas candidaturas estão literalmente em família.
Naquela eleição enquanto a oposição tinha o nome de Fernando Marroni , a situação, sob o mando de Fetter, procurava fechar uma frente contando com PP, PPS, PTB, DEM e PSDB.
Nesta composição o candidato, pela vontade de Fetter , seria Fabricio Tavares (PTB na ocasião) embora dentro de seu próprio partido disputasse a indicação Eduardo Macluf.
Num episódio que até hoje não foi esclarecido, Macluf acusa Fabricio de corrupção, o que acabou inviabilizando ambas as candidaturas.
Aproveitando o momento Leite lança seu nome com o apoio do PPS tendo Paula como vice.
Só restou a Fetter buscar uma composicão o que acabou ocorrendo
Diante desse quadro o que se pode esperar até outubro?
Leite já está em campanha empregando a máquina publicitária da prefeitura de forma aberta para fortalecer seu nome.
Jurandir fica-se em dúvida se aumenta, mantém ou tem queda em sua última votação obtida em certa parcela, pode-se supor, por ter sido visto como a alternativa dos que não queriam votar nem em Leite nem em Marroni .
O partido PSOL , sempre é bom lembrar,  ressente-se da pequena estrutura partidária.
Terá de explicar de início se apoia o impedimento da presidente Dilma já que essa foi a posição que Luciana Genro já teria manifestado.
Miriam, atualmente deputada estadual e com uma consolidada carreira política , enfrentaria, sem dúvida, o grande desgaste que , incentivado pela oposição e pela direita, vem sofrendo o PT e o governo federal da presidente Dilma.
Particularmente  penso que não deveria deixar o mandato de deputada estadual.
Vivemos em Pelotas uma tradição de, a cada eleição para deputados estaduais e federais, promover-se uma campanha para elegermos candidatos de Pelotas ou da região.
Portanto, além de não se ter tido êxito nesse intento vamos buscar , entre os poucos eleitos, candidatos que poderiam , ganhando as eleições municipais, afastarem-se do Legislativo dando lugar a deputados de outras regiões.
A questão é que o PT, obviamente por problemas de condução política, vê-se de repente reduzido a indicar ou Fernando ou Miriam Marroni,  recaindo a escolha em Miriam, como candidatos com expressão para concorrerem .
Fernando Marroni seria um candidato credenciado eleitoralmente pelo contingente de votos alcançados inclusive para deputado federal,  mas após perder várias eleições municipais pode estar, possivelmente, decidido a não correr o risco.
Pois é nesse jogo de tabuleiro que surge de dentro do PSB , o nome de Rogério Salazar.
Militante de longa data no partido é atualmente chefe de gabinete do deputado federal José Stédile e ganhou, graças ao trabalho que desenvolve em Brasília e em todos os recantos do estado, estatura política que lhe dá plenas condições como candidato.
O PSB de Pelotas, é bom lembrar, elegeu na última eleição dois vereadores e um deputado estadual.. A nível nacional conta com significativa representação política com prefeitos, governadores, deputados estaduais e federais além  de senadores sendo um partido de significativa  presença no cenário político.
O que poderá mudar nessa avaliação?
Esta é a questão que está posta.
Pode ser até que muito pouco...






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