domingo, 25 de janeiro de 2015

Charges, Política e Honestidade Intelectual

Recentemente no dia 7 de janeiro a sede do jornal satírico francês Charlie Hebdo foi atacado por terroristas resultando na morte, no local, de 11 integrantes da equipe.
O motivo: as charges produzidas pelo jornal satirizando a figura de Maomé.
Abriu-se desde então uma acirrada discussão a respeito da liberdade de expressão e os limites que ela pudesse ter.
Em outra oportunidade pretendo retomar essa questão.
Nesse momento queria, apenas, mencionar a existência , no campo da crítica política, além da caricatura, do emprego de imagens com mensagens de propaganda.
Exemplificando:


As duas primeiras imagens, que na realidade não constituem charges, são maus exemplos, infelizmente produzidos e reproduzidos na internet, de se pretender fazer crítica e humor com política.
Em muitos casos essa forma de "fazer piada" é de muito mau gosto traduzindo a pouca qualificação intelectual e desonestidade, tanto de quem a produz quanto, talvez ainda mais acentuadamente, de quem a divulga.
A última (8)  também com o emprego de imagem tem, pelo menos, um senso de ironia que , sem agressividade, concede-lhe um sentido.
As demais imagens (3,4,5,6 e 7) nas quais se faz presente o emprego do desenho, é que poderiam ser melhor caracterizadas como charges ou cartoons.
A qualidade sempre vai depender do desenho do cartunista e de seu senso crítico e humor.
Seja como for a charge é parte integrante da cultura política e cultural podendo, contudo, tanto se apresentar como manifestações de talento e criatividade quanto, infelizmente, de mau gosto e desonestidade.

P.R.Baptista


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