terça-feira, 15 de março de 2016

Feitiço contra o feiticeiro - P.R.Baptista



Se tivéssemos que apontar um ponto positivo da presidente Dilma poderia ser ter impedido, com sua vitória nas eleições, que Aécio Neves assumisse.
Dentro do quadro dos políticos brasileiros, que é decepcionante, o ex-governador de Minas e atual senador, consegue ser particularmente patético e histriônico.
No caso das manifestações do dia 13 um fato ressaltou esse aspecto.
Após convocar enfaticamente para que houvesse adesão e conseguindo encorajar a que o acompanhasse até mesmo o governador Alkmin, normalmente muito cauteloso, foi surpreendido por uma reação muito forte, revoltada e agressiva, contrária à sua presença na avenida Paulista no dia 13.
Tanto Aécio quanto sua comitiva na qual se encontrava o próprio Alkmin, sob ataques e insultos indignados com suas presenças, aos gritos de oportunistas, tiveram que ser escoltados para que pudessem sair do local.
 Enquanto isso, em Brasília, Bolsonaro era saudado como herói.
Isso deixa claro que essa massa humana, colorida, indignada, mas em grande parte despolitizada, instigada pela grande mídia tendo a Rede Globo a conduzir um coro,  e que tem acorrido às ruas, está extremamente vulnerável a ser conduzida por um líder que lhe pareça mais decidido, mais radical, que possa impor, se necessário, o emprego da força e toque de recolher

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