quinta-feira, 15 de outubro de 2015

O Reinado das Águas

Trapiche do Laranjal - foto Jornal do Laranjal
Periodicamente, a intervalos de tempo que podem ser mais ou menos longos, as águas fazem valer sua força como um fenômeno natural  que não há como se reverter a menos que vivêssemos em outro planeta.
Trata-se de algo inevitável embora algumas obras de engenharia como diques e recursos como bombas possam servir de anteparo a consequências mais danosas e trágicas.
A Holanda nos dá um exemplo admirável de como lidar com essas situações. Afinal, com considerável parte do território abaixo do nível do mar, é justificadamente denominada Países-Baixos.
Mas são processos que vão envolver tecnologia própria e custos elevados.
A melhor prevenção vai seguir sendo respeitar a conformação de mananciais de água, de rios e lagoas, evitando aterramento de banhados e ocupação descriteriosa de margens.
A arquitetura das construções, frequentemente muito baixas, contribui também acentuadamente para o agravamento dos quadros de enchentes.
Enquanto isso, e a não ser por estas medidas que possam ser tomadas, é inevitável sofrer as consequências advindas de chuvas prolongadas ou muito fortes.
É o momento em que os serviços de socorro, especialmente às populações atingidas, torna-se vital e adquire, em muitos casos, contornos heróicos.
O ensinamento básico que se pode tirar desses fenômenos é que por pressões habitacionais nem sempre nos encontramos no lugar certo quando as águas sobem mesmo que seja, em nosso caso, alguns poucos metros.
Infelizmente essa pressão se dá por vários fatores mas costuma atingir em cheio, nessas ocasiões, as populações às quais não resta outra alternativa a não ser ocupar áreas de risco.

Estrada para o Pontal da Barra - foto Luana Portantiolo

foto Lucio Heckheuer
Veleiros Saldanha da Gama

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