sexta-feira, 19 de fevereiro de 2021

GENERAL ASSUME COMANDO DA PETROBRÁS


O General Silva e Luna era Diretor-Geral da Itaipu

Foi o primeiro militar a exercer entre 26 de fevereiro de 2018 e 1 de janeiro de 2019 o cargo de ministro da Defesa, no governo do ex-presidente Michel Temer 

O antigo presidente, Roberto Castello Branco, estava na posição desde 3 de janeiro de 2019 -- quando havia sido indicado pelo atual Ministro da Economia, Paulo Guedes. 

A mudança acontece pouco tempo depois de o presidente criticar o reajuste divulgado pela Petrobras e citar a possibilidade de uma "consequência" para a estatal. O chefe do Executivo disse que "jamais" irá interferir na política de preços da empresa, mas cobrou previsibilidade nos reajustes dos preços dos combustíveis.

Do lado do mercado financeiro, a decisão pode balançar as percepções sobre o presidente. Para André Perfeito, economista-chefe da Necton, corretora de valores, "o presidente deu um perigoso passo fora da agenda que o sustenta no poder, abrindo espaço para especulações sobre suas convicções liberais de fato".

Após as falas do presidente, o conselho de administração da Petrobras havia decidido se reunir na próxima terça-feira para discutir pressões feitas por Bolsonaro para a renúncia do presidente-executivo Roberto Castello Branco.

Na quinta-feira, durante transmissão ao vivo nas redes sociais, Bolsonaro criticou duramente o reajuste anunciado pela estatal e afirmou que "alguma coisa" ocorreria com a petrolífera nos próximos dias, sem entrar em detalhes. Bolsonaro fez ainda uma ameaça indireta ao até então presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco. As declarações de Bolsonaro impactaram nas ações da Petrobras, que começaram em forte queda nesta sexta.

Na ocasião, Bolsonaro também ressaltou as medidas anunciadas na quinta de zerar impostos federais sobre o óleo diesel, por dois meses, e sobre o gás de cozinha de forma permanente. "Se na origem ele (gás de cozinha) custa menos de R$ 40 não justifica na ponta custar R$ 90 ou R$ 100", afirmou. As medidas de isenção dos tributos federais começarão a valer a partir de 1º de março.

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