sexta-feira, 11 de dezembro de 2015

Os deuses e a crise - Eduardo Londero

Os deuses para destruir os povos primeiro os enlouquecem.
Apesar do Brasil ter tudo para dar certo, estava nos eixos em 2012, a partir de 2013 começa a ser alvo de campanhas criadoras de dissensos.
Os planos de governo no país historicamente desde 1930 são dois: ou se deixa o barco correr solto, o "laissez faire laissez passer", que significa preguiça com entreguismo e bons negócios para uns e maus tempos para a maioria, ou se incentivam os setores empresariais e se organizam as estatais para alavancar a economia.
A fraqueza da segunda alternativa é que o capitalismo nacional é fraco e acanhado.
Essas duas correntes de pensamento se digladiam desde 1930 e precisam cooptar os setores médios e geralmente fisiológicos da política que se costuma chamar "centrão".
A aliança do PT com esses setores, inicialmente o PR/PTB e atualmente com PP/PMDB tem sido enfraquecida a golpes de Lava Jato, acompanhada de cantos de sereia em reuniões onde todos os celulares são deixados na sala ao lado.
Além de chegar ao poder, obviamente está sendo prometido tirar a Lava Jato da tomada.
Nessa conjuntura regredimos aos anos 80, um governo Temer do PMDB será como com o governo Sarney, muito mais interessado pelo fisiologismo, obcecado pela conciliação e completamente avesso ao rompimento de velhos paradigmas, e agora bajulado e mais tarde chantageado pelo PSDB, mas não dirigido pelas cabeças pensantes dele como Bresser Pereira.
O programa defendido pelo PMDB em seu "Uma Ponte para o Futuro" lembra em muito o de Aécio-2014, para seduzir o empresariado, recheado de lugares comuns e indefinições prontas para a futura negação plausível.
E com esse programa foi selado a aliança entre os dois partidos conluiados, tão amigos de soluções de tapetão.

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