sexta-feira, 19 de janeiro de 2018

PATRIMÔNIO AMBIENTAL LACUSTRE, CONSIDERAÇÕES - P.R.Baptista

Trecho de praia entre Pelotas e São Lourenço - foto Alberto Blank
Remanso do Umbú
Com a temporada de verão os moradores de Pelotas demandam principalmente as praias do Laranjal e do Cassino, a primeira dentro da zona urbana, a segunda a poucos quilômetros em estrada duplicada. Um pouco mais distante mas igualmente próxima encontra-se a praia de São Lourenço. Existem, contudo, outras opções que não oferecem qualquer infraestrutura e não são acessíveis por terra e exigem, portanto, transporte por água. Enquadram-se nesta categoria, entre outras, a Feitoria, Sarangonha e, inclusive, Umbu. Sarangonha é a ilha que se pode ver da praia do Laranjal e Umbu um remanso do outro lado do Pontal da Barra atravessando o  São Gonçalo muito próximo portanto.
São recantos, para citar só estes, que pela limitação de acesso  tem se mantido incólumes à poluição e à devastação.
Podem ser considerados, portanto,  praticamente áreas de preservação nas quais, a haver uma presença humana mais intensa o recomendável é que não seja desordenada, não só pelo aspecto do impacto mas também da segurança e regularização do transporte até os locais.
Em escala maior a ser feito de forma improvisada o acesso coloca em questão aspectos de responsabilidades tanto por parte de quem utiliza quanto de quem oferece ou incentiva  a visitação.
A questão da segurança e das responsabilidades é fundamental pois em questão de poucos dias tivemos a ocorrência de 3 afogamentos no Laranjal por razões diferentes mas , basicamente, associadas à proximidade maior da população com as águas .
Deve-se, portanto, ter cuidado com o incentivo indiscriminado a que estes lugares sejam visitados sem que se tenha garantia da segurança de quem visita e da preservação dos locais.
Afinal, tratam-se de patrimônios naturais pelos quais temos que nos sentir responsáveis pela preservação e não apenas candidatos a usufruir de forma atropelada..
O que deveria se procurar fazer, de forma responsável, é tornar esses locais áreas abertas ao acesso mas protegidas da mesma forma que foi feito com o Parque de Itapuã em Porto Alegre enquanto, a curto prazo, pelo menos garantir medidas mínimas de proteção.
O exemplo já existe, vamos , portanto, procurar conhece-lo e adequá-lo às nossas condições.

P.R.Baptista

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