A vitória de Obama serviu, entre outras coisas, para se rever um pouco o conceito negativo sobre o povo norte-americano. Elegendo por significativa maioria, um negro para presidente e se negando a apoiar a continuidade da política de Bush, o fato representou também a vitória dos grupos que , historicamente, tem liderado a “resistência” naquele país. Integrando estes grupos tem mostrado coerência a atriz e ativista política Susan Sarandon, protagonista de “Atlantic City”(1980) e “Thelma e Louise”(1991). Presente à 32ª edição do Festival Internacional de Cinema do Cairo, onde recebeu uma homenagem por sua carreira, a atriz defendeu, em entrevista coletiva, a desmitificação e humanização para outras culturas e lamentou a prevalência de certos estereótipos exibidos no cinema mas lembrou que há gente que se opõe a eles, algo que considerou "muito importante".
Ironizou, também, a televisão dos Estados Unidos dizendo que será diferente a partir de agora, já que o presidente Bush fazia muita comédia, no que foi bastante aplaudida.Concluiu, em tom mais sério, lamentando que os mesmos que controlam os veículos de comunicação sejam beneficiados pelas guerras, o que impede de dar às notícias um caráter humano e por isso, considerou que "uma razão para perdoar o povo americano" por alguns de seus erros é saber que parte deles se informou através de canais que oferecem "uma versão muito simples da realidade".
quinta-feira, 20 de novembro de 2008
terça-feira, 18 de novembro de 2008
"100% branco"
Diante de um contexto em que paulatinamente vão perdendo sua hegemonia econômica, política e, sobretudo, ideológica, grupos pré-abolicionistas de tendência racista, procuram ainda encontrar munição para contra-atacar e sustentar suas posições.
Vai se gerando, então, um tipo de neo-racismo que, não podendo acionar livremente a violência física ( que, não obstante, ainda aflora) e não podendo mais atacar frontalmente e humilhar negros e mestiços, entrincheiram-se em posições mais defensivas, procurando encontrar brechas e contradições nos movimentos que pregam a igualdade e a integração racial.
Mais recentemete, depois do primeiro campeão de fórmula-1 negro e de Obama se elegendo presidente dos Estados Unidos, estes grupos se vêem desprovidos, a cada dia, de alguns "argumentos" primitivos mas favoritos aos quais, acuados e à falta de outros um pouquinho menos primários, ainda se agarravam para demonstrar uma suposta inferioridade racial do negro e apelam, então, para uma espécie de terrorismo o qual, sem dúvida, é um claro indício de desespero.
É o caso do alarde feito em torno de um concurso de beleza negra. Também com relação ao emprego de camisetas com a inscrição “100 % negro”.
A arma utilizada, que se tem se tornado freqüente nestes casos, é acusar os negros de serem eles os racistas e de “segregarem” o branco.
Esquecem-se que o negro, historicamente, segregado, nunca teve outra alternativa do que criar seus próprios clubes, seus próprios espaços de convivência, seus inevitáveis "guetos".
É tipicamente um ato de fundo racista, acusar-se um grupo social de ser segregacionista quando esta é a condição que a segregação lhes deixou.
Há neste ponto uma diferença importante entre o Brasil e os Estados Unidos . Lá o negro, segregado de forma radical e impiedosa, criou suas próprias escolas, suas próprias
Universidades o que acabou se constituindo -- por força de, deste modo, terem tido acesso ao estudo que, doutra forma, não ocorreria -- no caminho que encontraram para adquirirem formação escolar.
No Brasil, como o negro nunca teve acesso aos estudos e à universidade, não chegou ainda a este patamar.
Baseado no discurso de que no Brasil não existe racismo e de que, portanto, a universidade sempre lhe esteve aberta, na prática isto representou manter o negro bem distante da formação educacional até hoje.
A acusação contra a realização de eventos exclusivos para negros mostra-se, assim, um exercício bem rudimentar de sofisma .
Propositalmente se omite que grande parte dos eventos sociais mais seletos promovidos na sociedade é, na prática, exclusiva de brancos. Ou seja "100% branco".
E que, além disto, é comum comunidades de etnias diversas como de judeus, árabes, etc.,
promoverm eventos restritos a estas etnias.
Quando uma comunidade de descendência alemã, por exemplo, promove um concurso de beleza de moças de origem germânica está realizando, obviamente, um concurso “100% branco”.
E ninguém os acusa de racistas. Mas no caso dos negros, sim.
O verdadeiro racismo deste modo se revela neste momento não mais exclusivamente por atos
integralmente explicitados ou de aberta violência, mas através de subterfúgios e de manifestações, que ocorrem até mesmo de forma inconsciente, mas conscientemente promovidos.
Vai se gerando, então, um tipo de neo-racismo que, não podendo acionar livremente a violência física ( que, não obstante, ainda aflora) e não podendo mais atacar frontalmente e humilhar negros e mestiços, entrincheiram-se em posições mais defensivas, procurando encontrar brechas e contradições nos movimentos que pregam a igualdade e a integração racial.
Mais recentemete, depois do primeiro campeão de fórmula-1 negro e de Obama se elegendo presidente dos Estados Unidos, estes grupos se vêem desprovidos, a cada dia, de alguns "argumentos" primitivos mas favoritos aos quais, acuados e à falta de outros um pouquinho menos primários, ainda se agarravam para demonstrar uma suposta inferioridade racial do negro e apelam, então, para uma espécie de terrorismo o qual, sem dúvida, é um claro indício de desespero.
É o caso do alarde feito em torno de um concurso de beleza negra. Também com relação ao emprego de camisetas com a inscrição “100 % negro”.
A arma utilizada, que se tem se tornado freqüente nestes casos, é acusar os negros de serem eles os racistas e de “segregarem” o branco.
Esquecem-se que o negro, historicamente, segregado, nunca teve outra alternativa do que criar seus próprios clubes, seus próprios espaços de convivência, seus inevitáveis "guetos".
É tipicamente um ato de fundo racista, acusar-se um grupo social de ser segregacionista quando esta é a condição que a segregação lhes deixou.
Há neste ponto uma diferença importante entre o Brasil e os Estados Unidos . Lá o negro, segregado de forma radical e impiedosa, criou suas próprias escolas, suas próprias
Universidades o que acabou se constituindo -- por força de, deste modo, terem tido acesso ao estudo que, doutra forma, não ocorreria -- no caminho que encontraram para adquirirem formação escolar.
No Brasil, como o negro nunca teve acesso aos estudos e à universidade, não chegou ainda a este patamar.
Baseado no discurso de que no Brasil não existe racismo e de que, portanto, a universidade sempre lhe esteve aberta, na prática isto representou manter o negro bem distante da formação educacional até hoje.
A acusação contra a realização de eventos exclusivos para negros mostra-se, assim, um exercício bem rudimentar de sofisma .
Propositalmente se omite que grande parte dos eventos sociais mais seletos promovidos na sociedade é, na prática, exclusiva de brancos. Ou seja "100% branco".
E que, além disto, é comum comunidades de etnias diversas como de judeus, árabes, etc.,
promoverm eventos restritos a estas etnias.
Quando uma comunidade de descendência alemã, por exemplo, promove um concurso de beleza de moças de origem germânica está realizando, obviamente, um concurso “100% branco”.
E ninguém os acusa de racistas. Mas no caso dos negros, sim.
O verdadeiro racismo deste modo se revela neste momento não mais exclusivamente por atos
integralmente explicitados ou de aberta violência, mas através de subterfúgios e de manifestações, que ocorrem até mesmo de forma inconsciente, mas conscientemente promovidos.
sábado, 15 de novembro de 2008
"Piscinão" da Teles
O asfaltamento da cidade, insistimos, necessário em muitas vias, acabou sendo executado de forma equivocada, ignorando diversos tipos de critérios e tornando-o, embora atingindo o objetivo eleitoral que o fundamentou, suscetível a críticas que serão permanentes. E exigindo, no mínimo, como é o caso observado na foto ( Teles com Santa Cruz), mais seriedade e a necessária correção.
A cena é resultado de uma chuva leve mas, embora já com sol alto e as calçadas e as ruas secas, o "piscinão" gerado pela obstrução do escoamento pluvial pelo asfaltamento mostra um acúmulo de água considerável.
A água só acaba se esgotando porque, além da evaporação, ocorre, na parte de paralelepípedo, infiltração.
Cabe também lembrar, como a água fica parada, que é um caso, em plena área central, inclusive de saúde pública.
Ou não?
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sexta-feira, 14 de novembro de 2008
Uma ponte para ninguém botar defeito
Encaminhada pelo deputado estadual Nelson Härter (PMDB) emenda ao orçamento do Estado para o ano de 2009 propondo a destinação de R$ 10 milhões para a construção de ponte na localidade de Santa Isabel do Sul, sobre o canal São Gonçalo. Conforme justificou o parlamentar,” o distrito de Santa Isabel localiza-se a cerca de 50 quilômetros do município de Arroio Grande, e seu acesso se dá pela BR 116 e pela RS 473. A balsa que permitia se chegar ao outro lado do canal São Gonçalo, em direção à cidade de Rio Grande, opera com precariedade. A partir da construção da ponte, a distância para o escoamento da produção de hortigranjeiros e da pecuária de Arroio Grande e região, até o município de Rio Grande, será reduzida quase à metade em relação ao trecho via Pelotas.” Isto, no entanto, não é exatamente assim porque, recentemente, esta balsa foi recuperada e opera normalmente atendendo parcialmente, se for só para a produção de hortigranjeiros e da pecuária, a demanda existente atualmente.
Sucede que na realidade o projeto tem em vista a perspectiva da construção da usina de celulose na região.
Este projeto, no entanto, acaba de sofrer um impacto.
Diante da crise econômica, de perdas com mal sucedidas operações cambiais e de escassez de crédito, a Aracruz suspendeu temporariamente as obras de expansão da fábrica em Guaíba. A VCP, que já havia adiado seu projeto, informou que não realizará plantio próprio de mudas no próximo ano. O plano era semear de 10 mil a 12 mil hectares. A Stora Enso informou que seus planos dependem das condições de mercado. As três empresas somam investimentos que chegam a R$ 9,8 bilhões no Rio Grande do Sul.As decisões causarão demissões, especialmente no campo.
Atualmente 850 trabalhadores trabalham no plantio e na manutenção de florestas da VCP, que neste ano concluirá de 4 mil a 5 mil hectares de cultivo próprio e de 9 mil a 10 mil em parceria com produtores no Estado. Arruda prevê que até o fim do ano haverá trabalho garantido para esse contingente. A partir de então, deve haver redução.
As empresas terceirizadas Nativa, Carpelo, GPR e Wachholz informam que as contratações já estão suspensas e projetam um momento das demissões. O diretor de uma das empresas, que preferiu não se identificar, calcula que, por conta da suspensão do plantio próprio da VCP, a mão-de-obra usada pela papeleira no campo demandará entre 600 e 700 pessoas a menos do que o plano original — o cálculo inclui apenas quem faz o plantio.
E agora, como fica o projeto da ponte?
Vai ser mantido?
Não podemos esquecer, aliás, que este projeto não é tão simples quanto parece .A exemplo da ponte sobre o São Gonçalo para Rio Grande, deve permitir a passagem de barcos ,alguns com mastros bem altos, de modo a não ser um obstáculo para a navegação. A ponte da foto que ilustra este comentário bem poderia atender este requisito.
Mas será que 10 milhões é suficiente?
Sucede que na realidade o projeto tem em vista a perspectiva da construção da usina de celulose na região.
Este projeto, no entanto, acaba de sofrer um impacto.
Diante da crise econômica, de perdas com mal sucedidas operações cambiais e de escassez de crédito, a Aracruz suspendeu temporariamente as obras de expansão da fábrica em Guaíba. A VCP, que já havia adiado seu projeto, informou que não realizará plantio próprio de mudas no próximo ano. O plano era semear de 10 mil a 12 mil hectares. A Stora Enso informou que seus planos dependem das condições de mercado. As três empresas somam investimentos que chegam a R$ 9,8 bilhões no Rio Grande do Sul.As decisões causarão demissões, especialmente no campo.
Atualmente 850 trabalhadores trabalham no plantio e na manutenção de florestas da VCP, que neste ano concluirá de 4 mil a 5 mil hectares de cultivo próprio e de 9 mil a 10 mil em parceria com produtores no Estado. Arruda prevê que até o fim do ano haverá trabalho garantido para esse contingente. A partir de então, deve haver redução.
As empresas terceirizadas Nativa, Carpelo, GPR e Wachholz informam que as contratações já estão suspensas e projetam um momento das demissões. O diretor de uma das empresas, que preferiu não se identificar, calcula que, por conta da suspensão do plantio próprio da VCP, a mão-de-obra usada pela papeleira no campo demandará entre 600 e 700 pessoas a menos do que o plano original — o cálculo inclui apenas quem faz o plantio.
E agora, como fica o projeto da ponte?
Vai ser mantido?
Não podemos esquecer, aliás, que este projeto não é tão simples quanto parece .A exemplo da ponte sobre o São Gonçalo para Rio Grande, deve permitir a passagem de barcos ,alguns com mastros bem altos, de modo a não ser um obstáculo para a navegação. A ponte da foto que ilustra este comentário bem poderia atender este requisito.
Mas será que 10 milhões é suficiente?
O goleiro centroavante
A cena, já insólita em si, torna-se ainda mais digna de espanto quando se sabe os atores envolvidos.
Um deles, Wanderley Luxemburgo, o grande mestre brasileiro da orientação técnica, de mão na cintura, não acreditando no que vê.
Aos 28 minutos do segundo tempo, do jogo em que o Palmeiras perdia para o Grêmio de 1 x 0, o goleiro Marcos, grande goleiro mas parece evidentemente perturbado, passa correndo para a área do time adversário, ação que repetiu várias vezes.
Como afirmou depois do jogo o Luxa, " o Marcos joga contra o Marcos".
E agora o técnico é que pode sair.
Interessante que na arquibanca alguém ri, um outro põe a mão no queixo decerto pensando "o que é que estou fazendo aqui", enquanto os demais parecem absortos olhando para o outro lado do campo.
Afinal, no campo, futebol não deve estar sendo jogado, a não ser que seja uma "pelada" , daquelas que se tornaram raras jogadas em algum campinho das redondezas.
Ou talvez se trate de futebol americano ou beisebel.
Mais provável que beisebol pois enquanto a bola viaja pelo ar, um atleta, o que se vê correndo, esforça-se por chegar a outra base a tempo de a receber.
Deve ser isto, porque qualquer outra coisa seria impensável.
É Luxa, fazer o quê?
O melhor mesmo é ir embora e deixar a gurizada brincando.
Para culminar este momento insólito da história do futebol brasileiro, o goleiro Marcos afirma que só se deu conta do tempo de jogo ao chegar em casa, advertido pela mulher!
Imaginem se não fôsse um ex-goleiro da seleção e capitão do time!
Um deles, Wanderley Luxemburgo, o grande mestre brasileiro da orientação técnica, de mão na cintura, não acreditando no que vê.
Aos 28 minutos do segundo tempo, do jogo em que o Palmeiras perdia para o Grêmio de 1 x 0, o goleiro Marcos, grande goleiro mas parece evidentemente perturbado, passa correndo para a área do time adversário, ação que repetiu várias vezes.
Como afirmou depois do jogo o Luxa, " o Marcos joga contra o Marcos".
E agora o técnico é que pode sair.
Interessante que na arquibanca alguém ri, um outro põe a mão no queixo decerto pensando "o que é que estou fazendo aqui", enquanto os demais parecem absortos olhando para o outro lado do campo.
Afinal, no campo, futebol não deve estar sendo jogado, a não ser que seja uma "pelada" , daquelas que se tornaram raras jogadas em algum campinho das redondezas.
Ou talvez se trate de futebol americano ou beisebel.
Mais provável que beisebol pois enquanto a bola viaja pelo ar, um atleta, o que se vê correndo, esforça-se por chegar a outra base a tempo de a receber.
Deve ser isto, porque qualquer outra coisa seria impensável.
É Luxa, fazer o quê?
O melhor mesmo é ir embora e deixar a gurizada brincando.
Para culminar este momento insólito da história do futebol brasileiro, o goleiro Marcos afirma que só se deu conta do tempo de jogo ao chegar em casa, advertido pela mulher!
Imaginem se não fôsse um ex-goleiro da seleção e capitão do time!
Pavimentação providencial
A eleição para prefeito em Pelotas caracterizou-se , como talvez nunca tenha se visto antes, pela maciça agilização de obras com evidentes objetivos eleitorais. O asfaltamento, por exemplo, sem qualquer dúvida necessário, não considerou aspectos que, feito de forma menos açodada, teriam que ser atendidos.
Chamou-nos a atenção, em particular, poucas horas antes do dia da votação do segundo turno, a colocação na avenida da praia do Laranjal, de uns poucos fardos de unistein para pavimentação e uma ou duas cargas de areia .
O que contava, naquele momento, era mostrar que a obra de pavimentação da avenida finalmente estava começando, ainda a tempo de produzir alguma influência no voto do eleitor.
Chamou-nos a atenção, em particular, poucas horas antes do dia da votação do segundo turno, a colocação na avenida da praia do Laranjal, de uns poucos fardos de unistein para pavimentação e uma ou duas cargas de areia .
O que contava, naquele momento, era mostrar que a obra de pavimentação da avenida finalmente estava começando, ainda a tempo de produzir alguma influência no voto do eleitor.
quinta-feira, 13 de novembro de 2008
O Professor Lula
O presidente Lula que, ao que consta, não tem muitos textos escritos mas gosta de prosar, vêm cada vez mais assumindo um estilo professoral em suas falas.
Como quase sempre se dirige a platéias ou muito educadas ou muito submissas deve pensar que está agradando incondicionalmente pois chega a se ouvir, quando diz um de seus bem conhecidos chistes sem graça, tímidos aplausos ou risos,.
Outra prática que adotou é a de se tornar mais falante e mais disposto a se pronunciar sobre assuntos políticos brasileiros, quando se encontra no exterior pois, no Brasil, pouco se dá a este trabalho.
Sua mais recente manifestação , a jornalistas italianos, foi de apoio ao nome de Dilma Rousseff, alcunhada de ”mãe do PAC”, à candidatura à presidência.
Vamos aguardar, agora, que chegue aos Estados Unidos e seja entrevistado por jornalistas norte-americanos, para sabermos um pouquinho mais de suas idéias políticas.
Como quase sempre se dirige a platéias ou muito educadas ou muito submissas deve pensar que está agradando incondicionalmente pois chega a se ouvir, quando diz um de seus bem conhecidos chistes sem graça, tímidos aplausos ou risos,.
Outra prática que adotou é a de se tornar mais falante e mais disposto a se pronunciar sobre assuntos políticos brasileiros, quando se encontra no exterior pois, no Brasil, pouco se dá a este trabalho.
Sua mais recente manifestação , a jornalistas italianos, foi de apoio ao nome de Dilma Rousseff, alcunhada de ”mãe do PAC”, à candidatura à presidência.
Vamos aguardar, agora, que chegue aos Estados Unidos e seja entrevistado por jornalistas norte-americanos, para sabermos um pouquinho mais de suas idéias políticas.
Assim, de aula em aula, o brasileiro , com um professor tão pedagógico, vai se preparando para ver se termina o fundamental.
domingo, 20 de janeiro de 2008
O Intérprete II
Chama ainda a atenção, no encontro, a ausência da figura eternamente presente ao lado de Lula, de D.Marisa. Teria encontrado algo melhor para fazer? Shopping não deve ser pois ao que parece ainda não existem em Cuba. Ou teria sido o próprio Fidel a vetar a presença de D.Marisa num encontro tão íntimo, tão afetuoso, com Lula, seu fâ desde a adolescência política quando começara a militar no sindicalismo. De positivo, da visita de Lula a Cuba, tirando de lado este tête-a-tête emocionado entre um líder, Fidel, que é apontado pelos opositores como defensor de um socialismo ultrapassado e Lula que se diz uma "metamorfose ambulante", fica o apoio do governo brasileiro sob a forma de acordos econômicos e outras parcerias, ao projeto cubano que ficou no caminho com o fim da União Soviética e o persistente, empedernido bloqueio promovido pelos Estados Unidos que não encontraram, em cinquenta anos de regime castrista, a forma de trazer Cuba de volta à antiga condição de colônia de férias americana.
O Intérprete
No encontro entre Lula e Fidel Castro, cercado de um certo suspense sobre se seria realizado ou não, chama a atenção a figura do intérprete sentado entre os dois. Será Lula que não entende espanhol ou a dificuldade será de Fidel com o português? Esta última hipótese é mais provável . Ou seria algo protocolar? Parece-me que não pois o intérprete, em cenas de vídeo que foram divulgadas, dirige-se a ambos. Seja como for, não deixa de parecer um pouco insólito, dois líderes de tanta projeção mundial, numa reunião quase íntima, terem entre eles alguém com a missão de viabilizar o entendimento. O fato me faz lembrar as entrevistas em que Jô Soares recebia convidados de língua espanhola. Não sei se ainda procede assim mas, durante um tempo, o próprio Jô tomava a si a iniciativa de tradutor. Podiam acontecer, então, situações em que o convidado dizia, por exemplo: " estoy muy contento de estar en Brasil" e o Jô corria a traduzir:
"ele está dizendo que está muito contente de estar no Brasil".
Cruzada
No Diário Popular de 20 de janeiro, o colunista José Ricardo Castro, faz um desabafo e uma convocação. A convocação apela para todos os santos, inclusive para o ex-prefeito Marroni que, no momento, exerce tranquilamente sua função de servidor público na Universidade. Mas lhe atribui poder para influir no processo e pede "que se acione" a sua participação. Afirma também, também, que o gabinete de Dilma , "deve ser invadido - termo bem conhecido pelos petistas para assegurar, nem que seja na marra, a execução da obra"
Afirma que " para alguns pode surpreender o escrito nos tópicos anteriores, mas, literalmente, chega. Chega de sermos enganados com promessas de campanhas eleitorais, onde, na Metade Sul, somos os coitadinhos, que precisam de esmolas. Chega de levarem nossos votos e nos virarem a cara quando precisamos. Chega de pagarmos um preço muito alto - com nossas vidas em permanentes acidentes - por decisões políticas tomadas ao bel prazer".
A convocação preenche 15 ítens, todos intitulados "Perigo 1, Perigo 2, etc. , e no último, o de número 15, afirma: "Desculpem o desabafo. Mas, como dito anteriormente, chega. Somos responsáveis pelo que acontece hoje e as gerações futuras nos cobrarão a omissão. A região mostra curva ascente de investimentos. O Governo Federal se gaba do Pólo Naval, de incentivos, etc. E, sem maiores explicações, corta uma estrada que é vital não só para a Zona Sul como para todo o Estado. Chega".
Em seu chamamento o colunista afirma também ( "com o máximo respeito") que "nossas lideranças precisam levantar o bumbum da cadeira e se mandar para Brasília" e se pergunta se "não teremos um 'louco', no bom sentido, que entre na Casa Civil e faça uma greve de fome, que proteste, sendo retirado por seguranças, aparecendo em todo o país, ao defender a duplicação da BR-392?"
Bem, enquanto o louco não aparece, nenhum grupo se encoraja "à moda petista" para invadir o gabinete da Casa Civil ou do Ministério dos Transportes, será que o atual Deputado Federal Érico Ribeiro, único representante de Pelotas na Câmara de Deputadores e em nenhum momento citado nem convodado para esta cruzada, não poderia dar uma ajudazinha?
sexta-feira, 18 de janeiro de 2008
Torcedores pelo mundo
Um espaço que a coluna Espeto Corrido, que mistura notícias políticas com futebol e anúncios de formaturas e batizados, consagrou, é a de torcedores do Brasil e do Pelotas fotografados em lugares pelo mundo. Não me lembro de ter visto algum torcedor do Farroupilha mas, a qualquer hora, imagino que vai aparecer. Ou os torcedores do Farroupilha não viajam? Ou não existem mais? Consta que no desembarque de aeroportos internacionais pelo mundo, especialmente Paris, Londres, Roma, Madri e Nova York, os atendentes ao examinarem a bagagem já conhecem as camisetas dos dois times. Há quem diga até ( mas acjho que é um exagero ) que há quem viaje apenas para sair na coluna
Ópio
Carlos Behrensdorf, que envia sua coluna desde Roma, comentando a ofensiva talibâ no Afeganistão, faz um "lembrete" afirmando que "os talibãs dominam o crescente negócio do ópio, sua principal fonte de abastecimento" mas reconhece haver "pessoas próximas ao chamado 'círculo governamental' com notórias ligações ao lucrativo negócio do narcotráfico".
Bem, segundo a informação que tinha, o comércio de ópio caíra de forma drástica justamente sob o regime talibã , graças aos rígidos príncipios religiosos que seguem. Com a queda do regime, promovida pelos Estados Unidos ( que anteriormente tinha sido aliado dos resistentes à ocupação soviética), este comércio renasceu justamente, entre outras coisas, em razão de que no atual regime são influentes notórios barões do tráfico de ópio.
Pelo que, mais uma vez, verifica-se que os Estados Unidos não tem muita moral para pregá-la aos outros. Moral de calça curta.
Bem, segundo a informação que tinha, o comércio de ópio caíra de forma drástica justamente sob o regime talibã , graças aos rígidos príncipios religiosos que seguem. Com a queda do regime, promovida pelos Estados Unidos ( que anteriormente tinha sido aliado dos resistentes à ocupação soviética), este comércio renasceu justamente, entre outras coisas, em razão de que no atual regime são influentes notórios barões do tráfico de ópio.
Pelo que, mais uma vez, verifica-se que os Estados Unidos não tem muita moral para pregá-la aos outros. Moral de calça curta.
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