A cena, já insólita em si, torna-se ainda mais digna de espanto quando se sabe os atores envolvidos.
Um deles, Wanderley Luxemburgo, o grande mestre brasileiro da orientação técnica, de mão na cintura, não acreditando no que vê.
Aos 28 minutos do segundo tempo, do jogo em que o Palmeiras perdia para o Grêmio de 1 x 0, o goleiro Marcos, grande goleiro mas parece evidentemente perturbado, passa correndo para a área do time adversário, ação que repetiu várias vezes.
Como afirmou depois do jogo o Luxa, " o Marcos joga contra o Marcos".
E agora o técnico é que pode sair.
Interessante que na arquibanca alguém ri, um outro põe a mão no queixo decerto pensando "o que é que estou fazendo aqui", enquanto os demais parecem absortos olhando para o outro lado do campo.
Afinal, no campo, futebol não deve estar sendo jogado, a não ser que seja uma "pelada" , daquelas que se tornaram raras jogadas em algum campinho das redondezas.
Ou talvez se trate de futebol americano ou beisebel.
Mais provável que beisebol pois enquanto a bola viaja pelo ar, um atleta, o que se vê correndo, esforça-se por chegar a outra base a tempo de a receber.
Deve ser isto, porque qualquer outra coisa seria impensável.
É Luxa, fazer o quê?
O melhor mesmo é ir embora e deixar a gurizada brincando.
Para culminar este momento insólito da história do futebol brasileiro, o goleiro Marcos afirma que só se deu conta do tempo de jogo ao chegar em casa, advertido pela mulher!
Imaginem se não fôsse um ex-goleiro da seleção e capitão do time!
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