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terça-feira, 10 de novembro de 2020
quinta-feira, 25 de abril de 2019
O FOGO AMIGO CONTRA TABATA AMARAL REVELA QUE A ESQUERDA ESTÁ PERDIDA
Rosana Pinheiro-Machado, Tatiana Roque
The Intercept
Mas a repercussão do caso seguiu um caminho curioso. À medida que o vídeo viralizava, como um respiro estético no deserto de boas notícias no qual estamos, o escrutínio e a reação contrária à figura política de Tabata cresciam quase na mesma velocidade. Não houve sossego até que sua “verdadeira identidade” fosse exposta e sua carteirinha de esquerda, cassada. Com ares de uma grande descoberta, postagens faziam revelações de que ela seria liberal e apoiaria a reforma da previdência. Outros internautas – estimulando inconsciente e indiretamente mais uma competição entre mulheres – questionaram por que outras deputadas federais de partidos de oposição, que fizeram intervenções igualmente boas, não conseguiram a mesma repercussão.
(.....)
Compor o campo progressista é se revoltar contra as injustiças, não aceitar um mundo com tantas desigualdades, lutar pela transformação radical da distribuição de riquezas – tudo isso com recorte de raça, gênero e respeito aos direitos humanos. A partir daí, existem diversas possibilidades, inclusive perguntas que não sabemos responder. Qual a melhor estratégia para avançar? Quais táticas podem ser mais efetivas a cada momento? Quem são aliados potenciais nesse contexto? Quais países no mundo nos servem de exemplo?
(...)
Precisamos resgatar nossa capacidade de articular um novo pacto social.
Ao invés de debater isso a fundo entre pessoas que pensam diferente, estamos disputando o ranking de esquerda para exibir nas redes sociais. Parece suficiente se demarcar e ter a última palavra, aquela que encerra o debate. Mesmo lideranças dos partidos de esquerda têm usado essa tática, no momento em que precisamos de argumentos embasados e projetos de governo, evitando enfatizar apenas o lado defensivo de nossas propostas — como disse Tatiana Roque em entrevista recente ao jornal El País. O principal, no cenário em que vivemos, é conseguir dialogar para fora da bolha.
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