A vitória de Obama serviu, entre outras coisas, para se rever um pouco o conceito negativo sobre o povo norte-americano. Elegendo por significativa maioria, um negro para presidente e se negando a apoiar a continuidade da política de Bush, o fato representou também a vitória dos grupos que , historicamente, tem liderado a “resistência” naquele país. Integrando estes grupos tem mostrado coerência a atriz e ativista política Susan Sarandon, protagonista de “Atlantic City”(1980) e “Thelma e Louise”(1991). Presente à 32ª edição do Festival Internacional de Cinema do Cairo, onde recebeu uma homenagem por sua carreira, a atriz defendeu, em entrevista coletiva, a desmitificação e humanização para outras culturas e lamentou a prevalência de certos estereótipos exibidos no cinema mas lembrou que há gente que se opõe a eles, algo que considerou "muito importante".
Ironizou, também, a televisão dos Estados Unidos dizendo que será diferente a partir de agora, já que o presidente Bush fazia muita comédia, no que foi bastante aplaudida.Concluiu, em tom mais sério, lamentando que os mesmos que controlam os veículos de comunicação sejam beneficiados pelas guerras, o que impede de dar às notícias um caráter humano e por isso, considerou que "uma razão para perdoar o povo americano" por alguns de seus erros é saber que parte deles se informou através de canais que oferecem "uma versão muito simples da realidade".
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