As cidades européias, especialmente Paris e Londres, com o incremento considerável de viagens de brasileiros, passaram a ser maciçamente motivo de deslumbramento e fascinação tornados públicos através de fotos e palavras postados nas redes sociais.
No caso de Pelotas esta relação toma uma feição muito própria em razão do conceito, frequentemente manifestado, da cidade ser uma espécie de sucursal cabocla da capital francesa.
Mantemos até mesmo, com sua torrezinha de ferro assomando por cima do Mercado Central, um simulacro da torre Eiffel a simbolizar, de forma ingênua, esta vontade de declararmos nossa consanguinidade.
Mas, a seguir uma certa lógica, também não poderíamos considerar Paris uma Pelotas européia?
O que se vê aqui , parece fazer sentido, também se veria lá, como se Pelotas e Paris fossem uma o espelho da outra, nas virtudes e nos defeitos.
E quando apontamos , por exemplo, o desleixo da nossa população em jogar lixo na rua é no sentido de ser um procedimento próprio de quem não assimilou inteiramente os padrões europeus de urbanidade que teriam de ser almejados..
Esta linha de raciocínio, no entanto, pode nos levar a contradições.
Num dado momento pretendemos ser europeus, parisienses em particular, por aspectos da arquitetura e da cultura que insistimos em chamar a atenção que lembram o Velho Mundo, mas, ao mesmo tempo, persistem em nós traços que carregamos e que nos afastam dessa excelência.
Estes traços, como fazem alguns , podemos atribuir aos portugueses, aos nossos olhos por vezes uma espécie de europeus menos evoluídos, aos negros ou aos índios, dependendo da oportunidade.
Seja como for conspurcam a pureza de nossas origens européias franco-anglo-saxônicas.
Em razão deste entendimento confundia-me, portanto, toda a vez que encontrava uma situação na qual estes aspectos se mostravam contraditórios.
Ainda não sei como explicar, por exemplo, o costume francês de fumar de forma ostensiva e intensamente em todos os lugares.
E muito menos o de jogar as pontas dos cigarros por toda a parte.
Há cinzeiros até nas ruas, nas calçadas, para contornar este hábito mas a preferência pode recair, como na foto, em lugares pouco indicados transformados em cinzeiros públicos.
Fico, então, sem saber.
Seria este um costume de "primeiro mundo" a ser imitado?
Ou mantemos a forma cabocla que temos progressivamente assimilado de dar destino adequado aos tocos de cigarros, fumar apenas em lugares autorizados ou nem fumar?
E me pergunto.
Seria Pelotas uma Paris brasileira?
Ou Paris uma Pelotas européia?
(P.R.Baptista)
Comentários no facebook >>>
No caso de Pelotas esta relação toma uma feição muito própria em razão do conceito, frequentemente manifestado, da cidade ser uma espécie de sucursal cabocla da capital francesa.
Mantemos até mesmo, com sua torrezinha de ferro assomando por cima do Mercado Central, um simulacro da torre Eiffel a simbolizar, de forma ingênua, esta vontade de declararmos nossa consanguinidade.
Mas, a seguir uma certa lógica, também não poderíamos considerar Paris uma Pelotas européia?
O que se vê aqui , parece fazer sentido, também se veria lá, como se Pelotas e Paris fossem uma o espelho da outra, nas virtudes e nos defeitos.
E quando apontamos , por exemplo, o desleixo da nossa população em jogar lixo na rua é no sentido de ser um procedimento próprio de quem não assimilou inteiramente os padrões europeus de urbanidade que teriam de ser almejados..
Esta linha de raciocínio, no entanto, pode nos levar a contradições.
Num dado momento pretendemos ser europeus, parisienses em particular, por aspectos da arquitetura e da cultura que insistimos em chamar a atenção que lembram o Velho Mundo, mas, ao mesmo tempo, persistem em nós traços que carregamos e que nos afastam dessa excelência.
Estes traços, como fazem alguns , podemos atribuir aos portugueses, aos nossos olhos por vezes uma espécie de europeus menos evoluídos, aos negros ou aos índios, dependendo da oportunidade.
Seja como for conspurcam a pureza de nossas origens européias franco-anglo-saxônicas.
Em razão deste entendimento confundia-me, portanto, toda a vez que encontrava uma situação na qual estes aspectos se mostravam contraditórios.
Ainda não sei como explicar, por exemplo, o costume francês de fumar de forma ostensiva e intensamente em todos os lugares.
E muito menos o de jogar as pontas dos cigarros por toda a parte.
Há cinzeiros até nas ruas, nas calçadas, para contornar este hábito mas a preferência pode recair, como na foto, em lugares pouco indicados transformados em cinzeiros públicos.
Fico, então, sem saber.
Seria este um costume de "primeiro mundo" a ser imitado?
Ou mantemos a forma cabocla que temos progressivamente assimilado de dar destino adequado aos tocos de cigarros, fumar apenas em lugares autorizados ou nem fumar?
E me pergunto.
Seria Pelotas uma Paris brasileira?
Ou Paris uma Pelotas européia?
(P.R.Baptista)
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