GRÊMIO ESPORTIVO BRASIL (1955)
Em pé da esquerda para direita: Tibirica , Seára , Odi , Osvaldo, Suli e Candiota
Agahados: Joaquinzinho , Negrito , Caizé , João Borges e Gitinha
GRÊMIO ESPORTIVO BRASIL (1955)
Em pé da esquerda para direita: Tibirica , Seára , Odi , Osvaldo, Suli e Candiota
Agahados: Joaquinzinho , Negrito , Caizé , João Borges e Gitinha
moradores do centro, costumava perambular à noite pelas ruas seguras do comércio
parando de vitrine em vitrine onde praticavam um jogo pra lá de infantil, uma disputa.
Eles escolhiam para si os melhores produtos expostos - um por vitrine, e a cada vitrine
alternavam quem seria o primeiro a escolher, num rodízio. Ao fim do passeio, quem
“adquirisse” o melhor conjunto de produtos seria o ganhador daquela expedição. Essa
brincadeira ingênua e divertida tomava proporções surreais quando os moleques se
aproximavam do seu ponto final enquanto contabilizavam as “aquisições” de cada um.
O anúncio do vencedor da noite era feito exatamente na esquina da Andrade Neves
com a Sete de Setembro onde se deparavam e se encantavam com um bule gigantesco
pendurado na esquina de um bazar que tinha um nome assustador para aquela
piazada lotada de fantasias: Bule Monstro. E era realmente um objeto de proporções
estupendas pra aquela mandizada diminuta, mas não só, parecia ter sido extraído de
uma Alice no País das Maravilhas desenhado por um ilustrador gótico da pesada. Era
um bule realmente monstruoso, todo em ferro vazado com seus buracos preenchidos
com pedaços de vidros coloridos mas que, quando acesa a luz interna se transformava
num enorme e maravilhoso mosaico, numa jarra tridimensional luminosa e
multicolorida, mágica!
Era ali, no meio-fio da calçada sob luzes matizadas que se desembestava o
deslumbramento, começava a contação de histórias terrivelmente tenebrosas,
sanguinolentas e violentamente assustadoras, todas partindo do mesmo princípio: o
gigantesco monstro que dormia durante o dia no porão da Biblioteca Municipal e na
calada da madrugada saia pela rua Quinze de Novembro até aquela esquina para
servir-se de chá no seu querido Bule Monstro enquanto degustava transeuntes
desavisados das noites profundas, seu alimento predileto. Nenhum dos guris duvidava
daquela premissa que eles mesmo haviam inventado, uma mitologia tão convincente
que tinha até prova concreta - o bule! E mais, ele era colorido e luminoso porque o
monstro era meio cegueta e as cores brilhantes o ajudavam a localizá-lo. A partir daí,
cada um dos meninos se esforçava em superar o outro em histórias escabrosas
descendo vertiginosamente pelos calabouços da imaginação rumo ao medo. Até que,
algum deles começava a olhar ao redor e ao perceber que a noite apertava, lembrava
que a “hora do monstro” estava próxima e que era melhor ir embora, os outros riam,
debochavam, o acusavam de cagão, mas todos - um a um – dissimuladamente iam se
levantando, se despedindo e tomando o rumo de casa. Cada um carregando sua
porção de invenção e medo dentro de si.
Pena Cabreira 07/11/2023.
Aspecto de Porto Alegre em 1922.
Junto da Praça da Alfândega os prédios do Grande Hotel, à esquerda, demolido após um incêndio e da Caixa Econômica Federal.
Estava programada a vinda do presidente estadual do PDT Romildo Bolzan mas a reunião foi suspensa pela situação do tempo na recente enchente
Paralelamente à movimentação política o espaço tem também, em parceria com a GALERIA CÂMARA CLARA, recebido atividades como sessões de autógrafos e exposições.
O COSMOS HUB apresenta-se assim como uma referência para Pelotas já marcando presença de destaque.
Apresentamos , a seguir , alguns elementos relativos à preservação da casa situada na Rua Gen. Telles, 564, casa esta inventariada.
São elementos preliminares aos quais pretendemos ir agregando outros tantos com a cooperação de colaboradoes de diferentes áreas, em particular de setores da área de Preservação Patrimonial em especial vinculados à Universidade Federal de Pelotas.
O IMÓVEL
A casa tem projeto de construção datado de 1925, ou seja é uma casa centenária.
Um documento muito significativa a respeito é a foto aérea, datada de 1925, na qual pode-se observar que a zona bem central na qual a casa foi construída só tinha ña época habitações muito simples com pátios amplos e arborizados.
Por se tratar de uma casa que foi construída pelo meu tio avô e na qual viveram sucessivamente meus avõs, meus pais e meu filho e, além disto, pelo valor que dou à preservação patrimonial e cultural , tenho um grande apreço por ela e venho procurando, com muitos gastos, mantê-la no seu todo resgatando aspectos da construção original e não só a fachada.
É uma proposta muito difícil, quase impossível, considerando o alto custo.
Como proprietário, no entanto, nunca abri mão de manter sempre na medida do possível a identidade do prédio inclusive através de pequenos detalhes.
FACHADA
A fachada da casa sempre foi, desde a construção de alvenaria. Lembro de meu pai negociando várias vezes com um pintor para tratar da pintura.
A partir do reconhecimento por parte da SECULT de que a casa não é cimento penteado, reconhecimento que só foi possível depois de várias solicitações, procedemos a estudar o revestimento existente e procurar, avaliando o procedimento mais adequado, recuperar o revestimento original de alvenaria.
É um investimento que encarece muito considerando a simples pintura..
JANELAS
A casa mantém as aberturas originais o que nem sempre é presente nas casas inventariadas
São as aberturas da fachada mas também internas.
Esta manutenção é particurlamente cara pelo alto dcusto da mão de obra e também pelo fato de que por serem de madeira e pelas restirções de emprego de toldo, ficam particularmente sujeitas à deterioração
PORTAL
O portal é particularmente interessante por empregar ladrilhos hidráuticos.
Este design é oportuno comentar só foi possível encontrar em Pelotas em dois lugares, numa porta lateral do Colégio São José e na entrada da Biblioteca Pública Pelotense.
A julgar por esta informação pode-se dizer que é bastante raro
PORTA DA FRENTE
Esta porta recentemente foi reformada
Apresentava sinais de apodrecimento que é favorecido pela exposição direta à chuva e ao sol.
Impõe-se melhor conservação o recurso a um toldo (1)
JANELAS
A casa mantém as aberturas originais o que nem sempre é presente nas casas inventariadas
Esta manutenção é particurlamente cara pelo alto dcusto da mão de obra e também pelo fato de que as janelas de madeira, pelas restirções ao emprego de toldo, ficam particularmente sujeitas à deterioração
A seguir temos fotos da janela e, em detalhe, da deterioração que mencionamoes
FORRO
Do mesmo o forro é mantido em partes da casa
ASSOALHO
O assoalho também integra o conunto de aspectos que permitem conceder à casa manter um grau significativo de preservação.
PORÃO
TIJOLOS
TELHAS / TELHADO
O telhado é um ponto crítico na manutenção da casa.
Originalmente foram empregadas as chamadas telhas portuguesas
São telhas enormes, pesadas, do tipo calha/canal rejuntadas com argamassa.
Perdi a conta dos números de vezes que meu pai, depois eu, contratamos um pedreiro para resolver problemas de goteiras.
A situação com o decorrer do tempo foi se agravando pelo apodrecimento e deterioração do mandeiramento por ação do cupim. O cupím , aliás, é o inimigo número 1 da preservação de uma casa com as características da citada alcançando com sua ação contínua e invisivel praticamente tudo que seja de madeira dentro da casa. São portas, janelas assoalho, forro, marcos, escadas,móveis, etc., enfim absolutamente tudo.
No caso do telhado o ataque é às estruturas de sustentação (tesouras, linhas, caibros, etc) levou , num certo momento, ao princípio de um desabamento .
A alternativa foi a construção, às pressas, de uma estrutura mais elevada revestida com telha de fibro cimento para, dentro das condições, planejar o restauro da esturutua original com as telhas de barro originais que foram preservadas todas
Telhas originais |
SITUAÇÃO ATUAL DO TELHADO
A implantação de um telhado de proteção é uma solução que não impede que outros problemas estejam presentes.
A parede lateral externa exigiu como medida de segurança ser suportada com barras de ferro à nova estrutura interna de caibramento.
Esta parede está fora de prumo a exigir medidas suplementares para , de momento, prevenir o desabamento a exemplo do que ocorreu no prédio da rua Benjamin Constant
ENCANAMENTO
Como referência quanto ao tipo de encanamentos utilizados originalmente mantivemos uma parte na parede do banheiro antigo.
O encanamento é de chumbo
ELEMENTOS DIVERSOS
Fazem parte da preservação da casa diversos elementos dos quais destacamos alguns deles
PLACA
A placa original da casa espera por que seja feita outra pois foi roubada
INTERIOR
Brevemente vamos nos refeir ao interior da casa que exige um atenção particularizada tanto ou mais difícil do que o exterior
A primeira foto é o do corredor de entrada
À esquerda observamos o contador de luz original que recentemente foi recolhido pela Equantorial o que está nos exigindo todo um esforço para garantir que permaneça no ambiente da casa .
Encaminhamento um link para que se entenda a situação
O contador da água foi possível manter
PARTE EXTERNA
Como a casa dispõe de um pátio lateral temos a proposta de integrá-lo ao ambiente da casa com a criação de um jardim de inverno.
Os homens pareciam felizes, riam muito. Quem é que pode estar feliz em uma situação dessas, o homem está lá num morre não morre. A conversa parecia ter terminado, um dos homens se dirigiu para o “seu” ônibus, entrou e deu a partida. Ufa, pensou o homem, Agora vai! O motorista ligou o motor e desceu, acendeu um cigarro, era o tempo de o motor esquentar. O homem não pode deixar de soltar uma imprecação, mais essa!
Foi aí que ouviu a batida na janela, ué quem poderia ser, ninguém sabia de sua partida. olhou pela janela e avistou um guri, não tinha mais do que uns treze ou catorze anos. Trazia junto ao corpo um tabuleiro de madeira lhe pareceu, coberto com um guardanapo grande de tecido. Ah, um vendedor pensou o homem, estava demorando. Abriu a janela com impaciência e ficou olhando para o menino com desdém.
-bom dia senhor, quer comprar uma rapadurinha?
O homem nem respondeu, fechou a janela num movimento rápido. Ainda bem que o ônibus já vai sair, pensou. Olhou pela janela em direção ao local em que o motorista se posicionara. O cigarro já estava pela metade, o homem já não se aguentava de tanta ansiedade. Outra vez ouviu a batida em sua janela. Dessa vez ao abrir já não demonstrava aquela paciência que tinha tido na vez anterior. O menino voltou à carga.
-Senhor, pode pelo menos comprar uma?
O homem começou a gritar com o menino.
-Sai daqui moleque, não se enxerga, não?
Nem bem terminou a frase se deu conta que junto com as palavras algo mais se desprendeu de sua boca. Olhou para baixo e avistou sua ponte móvel que parecia rir de sua situação. Cinco dentes arranjados em uma superfície de metal, olhando assim não pareciam fazer a menor diferença ou falta. Mas, para o homem representavam a metade de seu sorriso, e agora? o homem começou a suar e sentiu que seu corpo estava pegando fogo. Olhou para o motorista e lhe pareceu que o cigarro já estava no final.
O menino estava impassível esperando a reação do homem. O homem analisou a situação, viu que não tinha saída. Se pudesse descia do ônibus e iria atrás do guri, qual o quê, imagina se teria condições de correr atrás daquele guri? Nem se passasse toda a vida correndo.
Olhou de novo, o motorista já apagava o cigarro no chão com uma pisada definitiva. Por sorte entrou na rodoviária mais uma vez. Devia ser a última ida ao banheiro, agora o tempo que o homem ainda tinha se esvaía com uma velocidade de cronômetro. Olhou para o menino e disse:
-Me dá duas.
Agora a situação era diferente, o menino estava em vantagem e respondeu com uma pergunta:
-duas?
O homem começou a alucinar, parecia enxergar o motorista saindo da rodoviária e entrando no ônibus. Não adiantou nada ser generoso e comprar duas, sentiu que estava indo para um caminho sem volta.
- tá bom, me dá cinco, cinco não, me dá dez.
O guri olhou para o homem, seu olhar zombeteiro traduzia o sentimento de quem estava esperando por aquela oportunidade.
-dez ?
O homem resolveu capitular, não tinha mesmo como resolver aquela situação de outra maneira.
- tá bom, me dá todas . . .
O guri fez o cálculo, o homem passou o dinheiro e ficou com um sacão de rapaduras. Apesar de tudo não se sentia derrotado, afinal de contas estava de posse do seu sorriso outra vez. Em seguida o motorista apareceu e o homem teve uma sensação de alívio.
Mal o motorista entrou no Ônibus e foi dar início à viagem o motor apagou, era o fim da viagem, agora só teria outro horário no próximo dia. O homem desceu do ônibus e foi andando em direção à sua casa, abriu o saco e comeu a primeira rapadura, o caminho seria longo.
Enio Andrade
A Estrada do Engenho é uma via recentemente concluída que passa numa parte ao longo do Canal São Gonçalo.
Exatamente nesta parte existe uma antiga ocupação que , neste momento, deve ser desalojada.
É constituída por moradores de diferentes segmentos entre os quais charreteiros e pescadores.
Convivendo e circulando pela ocupação vemos muitas crianças e muitos animais, cachorros, gatos, cavalos e cabritos.
As crianças estão adaptadas, são alegres, em meio às dificuldades parecem muito bem cuidadas e parecem felizes .
Na cena se agruparam rapidamente para uma foto na frente das roupas penduradas para secar na corda estendida na beira da estrada.
Vamos espalhar a LIBERDADE por Pelotas?
Na próxima sexta-feira, dia 15/09 às 19h, teremos o primeiro Chopp Sem Impostos para promover a criação e idealização de um verdadeira movimento político para falar sobre política e liberdade em Pelotas.
Contaremos com o apoio e participação dos principais movimentos liberais do país e do RS nesse primeiro encontro e com a presença do Deputado Estadual Felipe Camozzato para falarmos sobre como espalhar boas ideias no meio estudantil e no meio empresarial.
A ideia é esse movimento de Pelotas se tornar um grupo formador de lideranças estudantis e políticas, além de ser um grupo de estudos, promovendo eventos sobre liberdade, política e economia e assim impactarmos nossa política local.
Conto muito com teu apoio e tua divulgação para esse momento importante.
Wellington Penalva
A permissão para entrar no País veio no último momento, duas horas antes que o bimotor Piper pousasse em Foz do Iguaçu. A lei da anistia já vigorava, mas os generais do decadente regime militar ainda temiam aquele que era considerado o pior inimigo da ditadura. Às 17h25 do dia 6 de setembro de 1979, encerrava o mais longo exílio de um político brasileiro: Leonel de Moura Brizola retornava ao Brasil, 15 anos depois de ter sido obrigado a deixá-lo.
“Aqui chegamos com o coração cheio de saudade, mas limpo de ódios”, disse Brizola ao retornar. O trabalhista chegava ao país esperançoso pela atmosfera de redemocratização que crescia no Brasil. “Venho para tratar do ressurgimento da nossa causa”, proferiu se referindo a reformulação do trabalhismo que, no ano seguinte, seria abrigado na nova sigla: PDT – Partido Democrático Trabalhista.
Leonel Brizola se tornou o pior inimigo dos militares golpista antes mesmo de concluírem o golpe, em 1964. Por meio da Campanha da Legalidade, em 1961, ele impediu que tomassem o poder e garantiu a posse de João Goulart como presidente da República. Três anos mais tarde, quando depuseram Jango, Brizola teve de deixar o país para se exilar primeiro no Uruguai, depois nos Estados Unidos e, por último, em Portugal.
papel e a importância da ideologia como instrumento de dominação daqueles que
detêm o capital e as estruturas estatais e são capazes de utilizá-las como
instrumento de dominação cultural, social, econômica e política das classes
trabalhadoras, que nós do PDT historicamente defendemos. Essa dominação é
exercida pelos conservadores e liberais e têm a função de difundir seus ideais, para
garantir a manutenção da sua hegemonia e da posição de privilegiada que ocupam
na sociedade pós moderna. E o fazem de uma maneira tão “natural”, utilizando as
estruturais sociais e econômicas a sua disposição, que afastam de si e de todos a
ideia da existência da ideologia no mundo pós moderno como mecanismo de
dominação. Ledo engano, estamos vivendo sob a égide da ideologia de uma forma
nunca antes vivenciada.
Qual o papel de um partido político ou ainda qual o papel no PDT na compreensão
e na mediação histórica de um mundo em que os dominadores insistem no fim da
ideologia, enquanto a utilizam, subliminarmente, para continuarem mantendo sua
posição e privilégios, na medida que, a cada dia, a equiparação de armas entre o
trabalho e o capital está mais desproporcional, ou seja, os trabalhadores perdem
espaços e direitos trabalhistas e previdenciários? Mas avancemos em algumas
digressões teóricas – ainda que de forma superficial – para não alongar e não tornar
enfadonho aquilo que é, na realidade, um questionamento real e atual sobre a
situação do PDT RS.
Considere o seguinte paradoxo, como nos aponta o Terry Eagleton, em seu livro
Ideologia. “A última década testemunhou um ressurgimento notável de movimentos
ideológicos em todo o mundo. No Oriente Médio, o fundamentalismo islâmico
emergiu como uma potente força política. No chamado Terceiro Mundo ... o
nacionalismo revolucionário continua em luta com o poder imperialista. Em alguns
estados pós-capitalistas do bloco oriental, um neostalinismo ainda obstinado
mantém-se em combate contra um batalhão de forças oposicionistas. A nação
capitalista mais poderosa da história foi arrebatada, de ponta a ponta, por um tipo
particularmente nocivo de evangelismo cristão.” Fica evidente que a ideologia não só
existe no mundo pós moderno como ela alcançou todos os continentes e centenas
de países.
Eagleton continua: “Como explicar tal absurdo? Por que, em um mundo
atormentado pelo conflito ideológico, a própria noção de ideologia evaporou-se, sem
deixar vestígios, dos escritos pós-modernistas e pós-estruturalistas?” A resposta é
complexa e difícil, mas se pode inferir que os liberais e conservadores mantêm sob
seu comando os aparatos financeiros e de comunicação, e assim “vendem” o que
lhes apraz e o que é pior, até mesmo os homens e mulheres de bem da centro
esquerda e da esquerda “engolem” tais teorias.
Eagleton continua e é enfático ao afirmar: “A chave teórica para esse enigma é um
dos assuntos que abordaremos neste livro. De modo muito sucinto, argumento aqui
que três doutrinas essenciais do pensamento pós-modernista conspiraram para
desacreditar o conceito clássico de ideologia. A primeira dessas doutrinas gira em
torno da rejeição da noção de representação - na verdade, a rejeição de um modelo
empírico de representação, no qual o bebê representacional foi displicentemente
lançado fora junto com a água do banho empírica. A segunda diz respeito a um
ceticismo epistemológico segundo o qual o próprio ato de identificar uma forma de
consciência como ideológica implica alguma noção indefensável de verdade
absoluta. Como a última ideia atrai poucos adeptos hoje em dia, acredita-se que a
primeira desmorona em seu rastro. ... A terceira doutrina refere-se a uma
reformulação das relações entre racionalidade, interesses e poder, em bases mais
ou menos nietzschianas, a qual, segundo se acredita, torna redundante todo o
conceito de ideologia. Tomadas em conjunto, essas três teses foram consideradas
por alguns suficientes para descartar toda a questão da ideologia.”
Percebam que exatamente neste momento histórico em que a ideologia se propaga e
sustenta ações em todo o planeta, ela é varrida para baixo do tapete. O absurdo é
tanto que o filósofo italiano pós-modernista, Gianni Vattimo, afirma que o fim da
modernidade e o fim da ideologia são momentos idênticos. “Postmodern Criticism:
Postmodern Critique”. In: David Woods (Ed.), Writing the Future, London, 1990,
p.57). Essa supressão da ideologia não foi a primeira vez que aconteceu no mundo.
Lembre-se, que após a segunda guerra mundial esse fato também ocorreu, “mas
enquanto esse movimento podia ser explicado, pelo menos em parte, como uma
reação traumatizada aos crimes do fascismo e do stalinismo, nenhuma
fundamentação política escora a aversão contemporânea à crítica ideológica.”
Observa Eagleton, que “Hegel observa em algum lugar que todos os grandes eventos
históricos acontecem, por assim dizer, duas vezes. (E aqui ele esqueceu de
acrescentar: a primeira como tragédia, a segunda como farsa).
Além disso, a escola do “fim da ideologia” era, claramente, uma criação da direita
política, ao passo que nossa própria complacência “pós-ideológica” exibe, com
muita frequência, credenciais radicais. Se os teóricos do “fim da ideologia”
consideravam toda ideologia inerentemente fechada, dogmática e inflexível, o
pensamento pós-modernista, por sua vez, tende a encarar toda ideologia como
teleológica, “totalitária” e fundamentada em argumentos metafísicos.”
Para Marilena Chauí a ideologia “é um conjunto lógico, sistemático e coerente de
representações (ideias e valores) e de normas ou regras (de conduta) que indicam e
prescrevem aos membros da sociedade o que devem pensar e como devem pensar, o
que devem valorizar e como devem valorizar, o que devem sentir e como devem
sentir, o que devem fazer e como devem fazer. ... “(Marilena Chauí, O que é ideologia
1980).
Obviamente, que poderíamos aprofundar esse tema a partir da compreensão de
Marx, Althousser e Laclau, entre tantos outros autores, cuja contribuição são
inarredáveis, ainda que as conclusões possam receber críticas, releituras,
adaptações e ampliações.
Peço desculpa ao companheiro/a que chegou até aqui e ainda não compreendeu
com clareza o objetivo deste artigo, escrito por um militante do PDT sem nenhuma
credencial acadêmica e para não me estender mais, pois acredito que agora
nivelamos o ponto de partida – vamos ao que interessa.
Por que o PDT deve ou pode participar de um governo liberal? Qual o papel do
discurso/narrativa ideológica quando confrontado com a ação ideológica
necessária. Essa é a pergunta que quero fazer e debater com os companheiros/as
do PDT.
Existe um comprometimento ético ou moral por trás de um discurso ideológico
capaz de restringir o acesso ao poder – compreenda-se aqui toda e qualquer
estrutura capaz de ação eficaz para transformação da realidade por intermédio de
uma ação ideológica?
Até onde o discurso ideológico nos impedirá de avançar para a ação ideológica e o
que podemos fazer para afastar as falsas dicotomias e focar naquilo que realmente
importa – transformar a sociedade?
O mero discurso ideológico para ascender à estrutura de poder sem a ação
ideológica efetiva interessa ao PDT, já que as consequências são tão somente o
locupletamento individual – seja financeiro ou de imagem?
A minha modesta contribuição, vai no sentido de que podemos sopesar o discurso e
ou a narrativa ideológica para a construção efetiva de uma ampla frente político
partidária para chegar ao poder e assim utilizar sua estrutura para consolidar
ações ideológicas transformadoras em prol de uma sociedade fraterna, solidária e
justa.
Claro, que nestes casos, o PDT deve liderar essa frente, se não em todas as
ocasiões, pelo menos na grande maioria delas. Ao liderar essa ampla frente político
partidária deve ter em mente o que poderá ceder e quanto poderá ceder sem perder
a sua essência trabalhista, daí porque preservar para si áreas como educação,
saúde, segurança, finanças e desenvolvimento. Áreas estruturantes na construção
da sociedade que queremos. Quando não tivermos a liderança dessa frente, temos
que buscar áreas da estrutura do Estado, que nos permitam exercer uma ação
ideológica consistente em favor da sociedade que queremos e defendemos e para
tanto deixar claro, desde o início do processo de negociação com as demais forças,
que não abrimos mão do exercício da ação ideológica transformadora.
Por outro lado, participar tão somente da estrutura de governo/poder para não ter
uma ação ideológica alinhada ao nosso passado trabalhista e capaz de transformar
o futuro de nossa gente, será uma tarefa inócua e sem qualquer benefício para o
conjunto do partido. Estar-se-á beneficiando pessoas e ou pequenos grupos – que
sem qualquer capacidade de ação ideológica – estarão, na melhor das
possibilidades, reproduzindo as políticas liberais e ou conservadoras sem qualquer
afinidade com nossos princípios ideológicos e na pior das situações essas pessoas e
grupos estarão tirando proveito próprio, locupletando-se financeiramente e
promovendo suas imagens às custas da nossa ideologia trabalhista, impondo a
grande maioria dos militantes partidários a vergonha e a pecha de oportunistas sem
qualquer princípio ideológico ou programático.
De toda a sorte, sopesar os princípios ideológicos construídos a duras penas por
homens e mulheres trabalhistas, que deram suas vidas para a construção do nosso
Rio Grande e do nosso país, só terá algum sentido, no meu entender, se e somente
se, nos espaços que nos são oferecidos, sejamos capazes de construir e realizar
ações ideológicas afinadas com nossos ideais.
Essa é apenas uma pequena reflexão ideológica despretensiosa, mas que espera
poder despertar o bom debate entre nós trabalhistas.
(*) Reginaldo Bacci – Presidente do PDT Pelotas- RS
Formado há 12 anos por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, o Brics ganhará no próximo ano seis novos membros, anunciaram os líderes do clube de países emergentes nesta quinta-feira, último dia de sua cúpula na cidade sul-africana de Johannesburgo. No momento em que tenta ampliar sua influência no cenário internacional, o bloco aprovou o ingresso da Arábia Saudita, da Argentina, dos Emirados Árabes Unidos, do Egito, do Irã e da Etiópia.
Com as novas adesões o grupo representaria 36% do PIB global e 46% da população.
Embora, no entanto, estes valores sejam representativos não há como ocultar que países como a Rússia, Irã, a própria China e, em especial, a Arábia Saudita sejam representantes de países onde valores democráticos, liberdade de expressão, direitos das mulheres e de minorias sofram restrições as mais severas e, inclusive,violentas.
Em particular cabe destacar a inclusão, que teria tido forte influência de Lula, da Argentina considerando a possibilidade de eleger em poucos dias Javier Milei como presidente quem promete, adotando uma linha política de direita, quase extrema-direita, se afastar da China e de outros países que considera "comunistas".
Imagina-se que possa incluir o Brasil neste grupo.
Putin foi o único presidente ou líder principal destes países a não estar presente, uma explicação poderia ser a existência de um mandado de prisão emitido pelo Tribunal Penal Internacional , tribunal de qualquer modo que a Rússia não reconhece
A data de hoje, 24 de agosto, é de central importância para a história poítica do Brasil.
Nesta data, em 1954, ocorreu o suicídio de Getúlio Vargas , então presidente.
A lembrança desta data anda meio esquecida, caberia ao PDT partido fundado por ele ( na ocasião como PTB ) e seu herdeiro político de articular-se para manter viva sua lembrança.
Em Pelotas o busto a ele dedicado foi paulatinamente abandonado e o vandalismo terminou por destruí-lo. Atualmente nem o busto, que ainda aparece nafoto, persiste
CARTA TESTAMENTO
"Deixo à sanha dos meus inimigos o legado da minha morte. Levo o pesar de não ter podido fazer, por este bom e generoso povo brasileiro, e principalmente pelos mais necessitados, todo o bem que pretendia. A mentira, a calúnia, as mais torpes invencionices foram geradas pela malignidade de rancorosos e gratuitos inimigos, numa publicidade dirigida, sistemática e escandalosa. Acrescente-se a fraqueza de amigos que não defenderam nas posições que ocupavam à felonia de hipócritas e traidores a quem beneficiei com honras e mercês, à insensibilidade moral de sicários que entreguei à Justiça, contribuindo todos para criar um falso ambiente na opinião pública do país contra a minha pessoa.
Se a simples renúncia ao posto a que fui levado pelo sufrágio do povo me permitisse viver esquecido e tranquilo no chão da pátria, de bom grado renunciaria. Mas tal renúncia daria apenas ensejo para, com mais fúria, perseguirem-me e humilharem-me. Querem destruir-me a qualquer preço. Tornei-me perigoso aos poderosos do dia e às castas privilegiadas. Velho e cansado, preferi ir prestar contas ao Senhor, não dos crimes que não cometi, mas de poderosos interesses que contrariei, ora porque se opunham aos próprios interesses nacionais, ora porque exploravam, impiedosamente, aos pobres e aos humildes. Só Deus sabe das minhas amarguras e sofrimentos. Que o sangue dum inocente sirva para aplacar a ira dos fariseus.À medida que vão sendo executadas obras para a conclusão da Estrada do Engenho chega-se, neste momento, ao trecho onde está instalada, há muitos anos, uma ocupação em que se destacam, em especial, pescadores e charreteiros.
Por ser pouco transitável este trecho, até hoje, não tinha um trânsito que ameaçasse os moradores sendo normal ser ocupado parcialmente por animais e, até mesmo, atravessado por crianças.
No entanto, tão logo o patrolamento foi feito, segundo os moradores animais já foram atropelados e o perigo passa a ser constante parecendo sensato, portanto, até que os moradores sejam definitivamente destinados ao espaço que está previsto ocuparem, que o referido trecho mereça uma atenção especial quanto ao cuidado que os motoristas devam manter recorrendo para tanto à sinalização adequada e redutores de velocidades.
Está feito, portanto, o alerta.
está