quarta-feira, 14 de agosto de 2019
O QUE ESPERA AS INSTITUIÇÕES FEDERAIS DE ENSINO NO GOVERNO BOLSONARO
Alguns pontos levantados pelo Prof Renato Dagnino da Unicamp a respeito do que está embutido na proposta do governo Bolsonaro para o Ensino Federal
1. Fim do FIES; financiamento pelo mercado;
2. Autonomia das universidades para captação de recursos e gastos;
3. Mensalidades pagas por faixa de renda;
4. Parcerias público-privadas (PPP), uma disfarce para a privatização;
5. Plano de carreira diferenciados para professores contratados sem concurso, que poderão ganhar bem mais que os concursados;
6. Incentivo para os concursados entrarem nesse plano de carreira à parte (estímulo á adesão e abandono do atual plano de carreira de concursados);
7. Fim das comissões representativas e decisórias; tudo será decidido por uma comissão universitária nomeada pela PPP, formada por gestores da iniciativa privada;
8. Reitorias formadas por gestores sem necessariamente serem professores;
9. Para a grande "reforma", nomeação de juntas de governança nomeadas pelo Presidente da república;
10. Fechamento de cursos deficitários e fomento aos que atraem o mercado, tudo decidido e incentivado pelo gestores que aderirem ao plano do governo;
11. Fechamento, fusão ou venda de algumas universidades;
12. Congelamento dos salários de docentes e técnicos;incentivo à demissão voluntária;
13. Demissão por justa causa de concursados, por "falta de desempenho";
14. Criação dos centros de excelência ( 10 universidades ou um pouco mais, que continuarão a receber recursos do governo, mas atrelados à lógica do mercado);
15. Esmaecimento a pesquisa básica;
16. Reformulação total dos regimentos internos das universidades, com endurecimento de regras de conduta e tribunais inquisidores;
17. Venda do patrimônio ou consignação por 30 a 50 anos de fazendas, prédios, terrenos etc das universidades;
18. Estimativa de aproximadamente 50% dos docentes e técnicos apoiarão a "reforma";
19. Aumento das tensões e cisões nos departamentos, com perseguição, enlouquecimento e adoecimento de uma parte dos docentes;
20. Aparecimento de uma casta de funcionários composta por adesistas de primeira hora, camaleões de guarda-pó, vira-casacas e os novos contratados;
21. Contratação de professores e pesquisadores de outros países;
22. Aparecimento das Universidades Internacionais (não confundir com o modelo da U. Patrício Lumumba; ao contrário, vide a George Soros na Hungria);
23. Observem que muita gente que se diz "progressista", vai sair do armário e se assumir como carreirista.
Tem mais. Depois escrevo.
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