A recente aprovação da chamada Taxa do Lixo, deixou exposta a fragilidade de nosso sistema partidário do que tiram proveito os governos em exercício e os políticos oportunistas.
A Taxa do Lixo, proposta pelo ex-prefeito Leite, nos últimos dias de seu mandato, nas últimas horas para ser mais exato, já chegou na Câmara de Vereadores contaminada por esse vício, do oportunismo, inclusive do descumprimento de palavra dada.
Como se sabe quando da aprovação do aumento do IPTU em 2014 o prefeito tinha assumido o compromisso, em contrapartida, de não propor a criação da taxa .
Não obstante, mal passaram as eleições municipais em outubro, encaminhou a proposta.
Como denominar a atitude de escamotear essa discussão do debate eleitoral?
Mesmo assim, no atropelo, sem que se tornasse possível estabelecer uma maior mobilização da população e da opinião pública, a votação foi apertada e poderia ter sido outra.
A taxa que será cobrada da população pelotense a partir de 2017 foi aprovada por 11 votos a favor e nove votos contrários, às 18h45 da sexta-feira, 30/12, na última sessão extraordinária da 19ª Legislatura!
Votaram a favor da taxa os vereadores: Luiz Henrique Viana (PSDB), Tenente Bruno (PTB), Edmar Campos (PSDB), Anderson Garcia (PTB), José Sizenando (DEM), Rafael Amaral (PP), Velocino Cardoso (PDT), Marcão (PMDB), Waldomiro Lima (PRB), Roger Ney (PP) e Idemar Barz (PTB).
Foram contra a taxa do lixo: Ivan Duarte (PT), Beto Z3 (PT), Marcos Ferreira (PT), Marcus Cunha (PT), Ricardo Santos (PCdoB), Dila Bandeira (PSDB), Professor Adinho (PDT), Toninho Peres (PSB) e Vitor Paladini (PMDB).
Tendo em conta que o PDT tinha posição contrária à aprovação, o voto de Velocino é inexplicável principalmente considerando-se que substituía o titular Anselmo Rodrigues que tirou licença.
Não foi divulgada nenhuma nota do PDT esclarecendo essa substituição e esse voto.
A reversão de um único voto tornaria a votação empatada sendo decidida pelo voto de Minerva do vereador Ademar Ornel.
Cabe ressaltar também que o Tenente Bruno votando pelo PTB tinha saído do PT pelo qual se elegeu.
Nem cabe comentar a postura de Rafael Amaral que dois dias antes abrira publicamente seu voto contra a taxa e votou a favor.
É de se destacar a postura de Dila Bandeira que embora na situação votou contra.
Como lição, sem dúvida, fica a necessidade imperiosa de os partidos que se propõem a ter alguma seriedade em suas ações terem critérios menos oportunistas na escolha de seus filiados e, principalmente, de seus candidatos.
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