No passado, a aristocracia pelotense, abrigada nos seus lindos salões e, sob as máscaras venezianas, tripudiava de quem ficava de fora, na rua (não por acaso a mão de obra da sua riqueza e opulência).
Aqueles pobres, na maioria descendentes de escravos, eram os "pulhas", sua música, sua algazarra, seus tambores eram expressões menores da cultura, não pertenciam a sua Atenas, Veneza ou Paris importadas e alimentadas por "fetiches" mesquinhos.
Com o tempo, esse povo consolidou aqui e no Brasil, mesmo a contragosto das elites, o samba e o carnaval, como expressões maiores, na cultura nacional.
Agora, o governo municipal parece referenciar-se no pensamento aristocrático que alimenta o mito de uma "Atenas Cultural", para excluir das suas prioridades na área da cultura, os "pulhas" e sua algazarra na festa popular.
O tema merece toda atenção e o poder público precisa ser cobrado por essa atitude, repassar valores as entidades sem oferecer estrutura para realização dos desfiles parece, no mínimo, irresponsabilidade.
Diante do descomprometimento governamental, cabe as entidades e aos ativistas da área da cultura a proposição de uma pauta, que encaminhe inicialmente a viabilização de condições mínimas para a realização do evento em 2016 e, logo após, uma discussão de "fôlego" sobre o MODELO conveniente ao desenvolvimento dos fatores culturais, estéticos e econômicos do carnaval em Pelotas.
Atrevo-me a afirmar que, tal modelo não deve tomar por base o carnaval do Rio de Janeiro, mas buscar na evolução de sua raiz histórica a fonte de inspiração para, criativamente, reinventá-lo, agregando valor a sua cadeia produtiva e direcionando vistas ao seu desenvolvimento sustentável, como produto.
Aqueles pobres, na maioria descendentes de escravos, eram os "pulhas", sua música, sua algazarra, seus tambores eram expressões menores da cultura, não pertenciam a sua Atenas, Veneza ou Paris importadas e alimentadas por "fetiches" mesquinhos.
Com o tempo, esse povo consolidou aqui e no Brasil, mesmo a contragosto das elites, o samba e o carnaval, como expressões maiores, na cultura nacional.
Agora, o governo municipal parece referenciar-se no pensamento aristocrático que alimenta o mito de uma "Atenas Cultural", para excluir das suas prioridades na área da cultura, os "pulhas" e sua algazarra na festa popular.
O tema merece toda atenção e o poder público precisa ser cobrado por essa atitude, repassar valores as entidades sem oferecer estrutura para realização dos desfiles parece, no mínimo, irresponsabilidade.
Diante do descomprometimento governamental, cabe as entidades e aos ativistas da área da cultura a proposição de uma pauta, que encaminhe inicialmente a viabilização de condições mínimas para a realização do evento em 2016 e, logo após, uma discussão de "fôlego" sobre o MODELO conveniente ao desenvolvimento dos fatores culturais, estéticos e econômicos do carnaval em Pelotas.
Atrevo-me a afirmar que, tal modelo não deve tomar por base o carnaval do Rio de Janeiro, mas buscar na evolução de sua raiz histórica a fonte de inspiração para, criativamente, reinventá-lo, agregando valor a sua cadeia produtiva e direcionando vistas ao seu desenvolvimento sustentável, como produto.
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