Câmara de Vereadores |
Uma delas, a da saída do vereador Vitor Paladini do PSB, tem várias interpretações.
Como a saída se deu por processo de expulsão, após incidente de repercussão com registro policial, e acabou em acordo, permitindo ao vereador manter o mandato, perde parte do teor político que poderia ter.
Na verdade o PSB , após eleger o vice-prefeito de Marroni (Mário Filho) e desde a derrota do mesmo Marroni na eleição seguinte com vice novamente do PSB ( Otávio Soares), vem num processo cheio de incidentes que foram, progressivamente, enfraquecendo a estrutura partidária.
Foi durante esse período, ainda em seu início, que o partido se dividiu em facções e se afastou do partido Marcus Cunha.
Nem a eleição de Catarina Paladini como deputado estadual mudou esse quadro como tampouco a eleição de dois vereadores.
Ou seja, resultados eleitorais que poderiam ter servido para fortalecer a estrutura partidária ao contrário, não tiveram, na prática, este efeito.
Com a saída de Vitor Paladini, ao custo de se perder um vereador, pois migraria para o PMDB, o partido volta a ter no entanto, espera-se, condições de retomar sua trajetória.
Incidentalmente cabe lembrar que o vereador Vitor Paladini foi autor de uma proposta de alteração do nome do plenário da Câmara deVereadores, apoiada pelo outro vereador do PSB, retirando o de Bernardo de Souza.
Na ocasião nos manifestamos publicamente contrários a esse propósito que consideramos inoportuno.
A retomada de trajetória não se dará, contudo, sem que estabeleçam linhas mais claras de atuação de suas lideranças e participação de filiados e simpatizantes.
Em particular coloca-se já, como um assunto a ser pautado, a postura política que, como partido, pretende adotar em todas as instâncias nas quais vem se mantendo omisso.
Na instância local, quando já surgem cogitações relativas à próxima eleição municipal, é fundamental que isto seja estabelecido.
Na votação de aumento do IPTU os dois vereadores, Vitor Paladini e Toninho Peres, agindo à revelia de qualquer discussão partidária, votaram favoravelmente ao projeto numa decisão, portanto, que só pode ser interpretada como individual.
Estes procedimentos mereceriam uma análise partidária.
No tocante às eleições, por outro lado, algumas cogitações iniciam a serem feitas.
Entre elas de que Marcus Cunha poderia vir como candidato pelo PDT.
Trata-se de uma liderança importante que ajuda a resgatar o papel da Câmara de Vereadores mas, nesse momento, deve explicações mais claras quanto ao seu voto favorável ao aumento do IPTU.
A justificativa que tem apresentado, de que votou "de acordo com sua consciência" deixa em aberto muitas questões que até agora não vimos ser abordadas.
Outros nomes cogitados seriam , além do próprio Eduardo Leite para a reeleição, Jurandir Silva e Fetter Júnior.
O candidato do PT não sai da alternativa Fernando e Miriam Marroni.
Resta saber se o PMDB, mais uma vez, deixa de apresentar candidato próprio e quais outros candidatos surgiriam de outros siglas entre elas o PSB.
Nem bem, portanto, sentou a poeira do recente processo eleitoral e os partidos e os candidatos já se perfilam para uma nova corrida.
Sendo que nessa corrida interesses partidários e individuais nem sempre coincidem.
P.R.Baptista
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