domingo, 30 de setembro de 2018

VENDAVAL EM PELOTAS

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.O vendaval que atingiu Pelotas no sábado causou vários danos e provocou a interrupção da energia elétrica em ampla área da cidade com o restabelecimento sendo feito ao longo do domingo.
Dos estragos causados chama a atenção o destelhamento da loja Jouglard no prédio onde está se instalando o Supermercado Guanabara.
O telhado voou sobre a avenida Ferreira Viana arrastando consigo as vigas de concreto da estrutura.
As fotos dão bem uma noção da proporção do fato  tanto pelas dimensões da viga quanto da distância que o telhado voou desde a construção escura ao lado do prédio verde até atravessar a avenida.

quinta-feira, 27 de setembro de 2018

MANIFESTO - Ato unificado de Mulheres, Negros e LGBTs de Pelotas contra Bolsonaro -

Apostando numa geração fascista
Somos minorias em direitos e maioria na população. Somos mulheres, negros e negras, LGBTs, indígenas, quilombolas e falamos também aqui em nome de homens que nos apoiam e por demais minorias que porventura não estejam aqui representadas. Ousamos falar em nome de sem-tetos, dos sem terra para plantar, dos sem emprego, dos injustiçados pela lei, dos indignados com a falta de democracia que emerge da desigualdade, das populações carcerárias que não encontram no aprisionamento espaço para reintegração social ou muitas vezes abarrotam prisões sem ter sequer a chance de um julgamento justo; somos os que desejamos segurança nas ruas e praças porque a cidade deve ser de todos e todas, dos moradores de periferia que morrem por bala perdida, dos refugiados que buscam aqui um lugar para viver com dignidade. Ousamos dizer que é numa sociedade cada vez mais amplamente democrática que queremos enfrentar estas questões, estas tristezas que nos enfraquecem enquanto sociedade e que por isso gritamos a uma só voz "Ele Não".
"Ele Não" às forças fascistas que querem nos tirar o direito de buscar alternativas para que todos e todas vivam com as prerrogativas dos Direitos Humanos. Dizer NÃO a tudo que pretenda que um ser humano valha menos ou mais que outro por sua cor, por seu gênero, por sua etnia, por suas crenças - religiosas ou não -, por suas escolhas sexuais, por suas condições sociais ou financeiras. À afirmação de que mulheres valem menos do que homens, nós dizemos NÃO. À afirmação de que um homem branco vale mais do que um afrodescendente, indígena ou de qualquer outra etnia, nós dizemos NÃO. À afirmação de que alguém valha menos do que outro alguém por suas escolhas afetivas, nós dizemos NÃO. À afirmação de que os despossuídos de terra, propriedade ou saber formal valem menos do que outros, nós dizemos NÃO. À afirmação de que é matando outros seres humanos que resolveremos as mazelas sociais, nós dizemos NÃO. Dizemos NÃO ao armamentismo, dizemos NÃO à tortura, dizemos NÃO a qualquer forma de preconceito. A qualquer forma de
ditadura, nós dizemos NÃO. À Ditadura do Estado Novo e à Ditadura Civil-Militar e do terrorismo de Estado das quais fomos vítimas, nós dizemos #EleNão, #EleJamais#EleNunca. Bolsonaro jamais. Jamais às forças que representa.
E em nome dos que lutaram contra a opressão fascista neste país, em nome dos que morreram pela liberdade e em nome de todos e todas nós, dizemos SIM. Dizemos SIM a ela, dizemos sim à mais linda roseira que há, como já expressou por nós o cantor popular. Dizemos SIM à democracia. E é para juntar-se a nós neste grande e uníssono #EleNão que ecoa em todo o país (e até mesmo fora do país), que convidamos todos vocês a dizer "Ele Não" conosco. "Ele não" ao fascismo, "Ele não" ao desrespeito, "Ele não" à violência, "Ele não" a Bolsonaro. No dia 29 de Setembro, às 16h, em frente à Prefeitura esperamos você e sua bandeira, seja ela qual for e de que cor for. De partido ou movimento, até mesmo de time de futebol, de todos que entendem que sem liberdade e respeito uma sociedade atrofia. Te chamamos para uma grande festa suprapartidária, colorida e de luta. Vamos derrubar a ameaça fascista no Brasil. Pelotas dirá, envolta em primavera, num ato genuinamente popular e junto às mobilizações que ocorrem no mesmo dia em todo país, #EleNão.
Mulheres, Negros e LGBTs de Pelotas contra Bolsonaro

terça-feira, 25 de setembro de 2018

CIRO, BRIZOLA VIVE



O Brasil deixou de eleger Brizola, a maior liderança em defesa dos interesses nacionais surgida antes, durante e após o golpe de 64.
As consequências estamos vivendo até hoje.
Mas, pelo menos, não se pode dizer que não tivemos uma segunda chance. 

segunda-feira, 24 de setembro de 2018

O DESFILE DOS CUSCOS

A data de vinte de setembro de 1835 marca a rebelião, denominada Revolução Farroupilha, promovida por fazendeiros do Rio Grande do Sul contra o Império em razão dos altos impostos aplicados à produção de charque.
A revolução,que durou dez anos , está submetida atualmente , à luz das pesquisas efetuadas, a uma interpretação diferente da que usualmente era transmitida apresentando os rebeldes ( farrapos) como idealistas que prometiam, inclusiva, a libertação dos escravos.
Seja como for a data oportuniza uma série de festejos nos quais é central a figura do gaúcho evocado nos desfiles a cavalo.
Nem sempre, contudo, está presente a figura dos cães (ao que parece Border Collie) que auxiliam o manejo do gado.
Esta foto, portanto ( cuja autoria infelizmente não identificamos) , é muito feliz em registrar sua participação. 

terça-feira, 18 de setembro de 2018

BRIZOLA, O PRESIDENTE QUE FALTOU AO BRASIL - P.R.Baptista



A Rede Globo apoiou a ditadura, já se sabe, ela própria admitiu. Mas, afinal,ela foi um produto da ditadura. 
Há muito tempo e, mais recentemente, a todo momento são feitas críticas à forma como influencia a opinião pública brasileira, por várias vezes com total parcialidade.
Nada impediu, contudo, que permanecesse intocada ao longo de vários governos, pode-se dizer de todos a partir das eleições, ou seja, de Collor ( que elegeu e depois depôs), FHC (8 anos), Lula ( 8 anos), Dilma ( 5 anos) que depôs e durante esse tempo só cresceu a sua influência e o seu poder. 
Na realidade apenas Brizola teve a coragem de enfrentá-la de forma direta, aberta, por diversas vezes.
Infelizmente não chegou a presidente ,cargo que lhe daria condições de tomar medidas concretas.
Mas é importante que fique o registro, que não se esqueça o quanto o Brasil perdeu por não ter tido Leonel Brizola como presidente.

sexta-feira, 14 de setembro de 2018

“Quais são os riscos da sociedade conservadora vencer essa disputa?” - Ricardo Almeida (*)

“Para que meus inimigos tenham mãos e não me toquem.”
Jorge Ben Jor

Aprendi que certas ameaças políticas podem paralisar uma pessoa que tem medo da liberdade, mas que também servem para desafiar a sensibilidade e o raciocínio de quem tem uma inspiração revolucionária. Na maioria dos casos, o dilema está em ceder ou não ceder ao terror psicológico que a sociedade conservadora costuma patrocinar por meio das mídias sociais disponíveis.

No afã de interagir na internet, uma parte significativa da sociedade costuma compartilhar os seus fatalismos e medos, e assim acaba anestesiando a indignação de muitas pessoas. Elas não percebem que a sociedade conservadora utiliza os seus tentáculos para preservar e ampliar privilégios, e pra isso contrata os serviços de robôs, mercenários e jornalistas que multiplicam xingamentos, jargões e adjetivos nas mídias sociais.

No Brasil, a reação da sociedade conservadora ocorreu graças aos avanços que tivemos durante os governos Lula e Dilma. Com a crise de econômica e política de 2008 e de 2015, começou a propagar o medo, incentivar a demonização da política e a pregar um tipo de moralismo sem a mínima moral. Enquanto, a demonização buscava enfraquecer a atuação das lideranças que lhe faziam oposição, o moralismo unificou a sua base social reacionária e conservadora.

Por que apenas nestes últimos anos cresceram os discursos moralistas, acusações generalizadas, propagação de boatos e de fakenews? É preciso entender que por trás de todo esse simulacro nacional existe um forte poder econômico e de inteligência que se revela sutilmente por meio dos comerciais e programas de rádio e TV.

Quem são esses patrocinadores do caos e do medo? São as grandes empresas e bancos transnacionais, cujos lucros estavam sendo ameaçados pela nova ordem mundial, com o surgimento dos BRICs e com a perspectiva do Brasil ganhar autonomia na produção de energia (petróleo, gás, etc.), os quais estavam destinados aos investimentos nas áreas de saúde, educação, segurança, novas tecnologias etc.

Hoje, após cinco anos dos protestos de 2013, até uma criança é capaz de reconhecer que foi aproveitado um momento de descontentamento popular, provocado pela retração do consumo durante o segundo governo Dilma, para a Rede Globo iniciar uma campanha desenfreada “contra a corrupção generalizada dos governos do PT”, para bombardear os lares brasileiros com notícias negativas e para os porta-vozes da sociedade conservadora “ocupar” quase todos os principais veículos de comunicação do país. Também tomaram de assalto o Palácio do Planalto, o Congresso e o STF para aprovar medidas contra o povo brasileiro e a soberania nacional, criaram um clima de guerra nas fronteiras nacionais e acabaram gerando um caos social que trouxe enormes sacrifícios para a maioria da população, como o aumento do preço do gás, dos combustíveis, a perda de direitos históricos e a falta de perspectivas para com o futuro.

Em função dessa sede desenfreada provocaram a indignação generalizada de milhões de brasileiros e de brasileiras, que agora se revela no imenso apoio ao ex-presidente Lula nas pesquisas eleitorais, nas rodas de conversas nas feiras, bares, padarias, universidades e redes sociais. Contraditoriamente, principalmente a partir da prisão da maior liderança popular, esse processo também acendeu um sinal de alerta para as forças democráticas e populares do Brasil e do mundo livre.

O fato novo é que as forças de esquerda estão muito mais unificadas do que antes. Apesar das enormes perdas, dos medos e das ameaças, esse processo está servindo para aproximar diversas pautas políticas, realizar uma autocrítica (por enquanto) na prática e uma volta às organizações de base. Uma mudança na consciência individual e coletiva já está em curso, e podemos afirmar que está se gestando uma nova cultura política, baseada na pluralidade e na radicalidade democrática.

Quais são os riscos da sociedade conservadora vencer essa disputa? Vai depender do tamanho do medo ou da esperança que conseguirmos compartilhar nas nossas relações, pois se trata de uma disputa contraditória, de caráter local, regional, nacional e internacional, e não de uma corrida de cavalos em cancha reta.

Neste novo período eleitoral a sociedade conservadora voltou a comprar políticos, juízes, jornalistas e militares para promover ações de terror psicológico, com o objetivo de evitar que as pessoas reflitam sobre o essencial dessa disputa nacional e internacional. Uma parte da sociedade brasileira seguirá calada e vai preferir não se envolver nas disputas políticas… Mas existem milhões e milhões de pessoas já assimilaram os golpes e estão se manifestando ao seu jeito. Estas procuram identificar guerreiros e guerreiras que queiram enfrentar os dragões e transformar essa dura e triste realidade.

Como a sonhada primavera já está chegando, entramos no período mais agudo da disputa política-eleitoral. Se de um lado está a sociedade conservadora como uma cadela no cio, do outro estamos nós e as nossas referências políticas, vestidos com as roupas e as armas da coragem, da serenidade e da consistência. Estamos certos de que seguiremos questionando os caminhos, as propostas e os métodos que não levam a lugar nenhum, mas sabemos que para isso ocorrer precisamos virar essa página da história.

Quem foi capaz de aprender com as experiências que o destino nos reservou, também será capaz de traduzir cada realidade local/regional concreta, abandonar as zonas de conforto e ir pra rua beber as tempestades. Finalmente chegamos na hora de medir o poder real de cada força política para vencer estas eleições e depois ainda ter disposição para dar um, dois ou três passos adelante.

(*) Consultor em Gestão Projetos TIC

terça-feira, 11 de setembro de 2018

OPINIÃO - P.R.Baptista

A poucos dias da eleição o quadro político começa a se conformar. 
Bolsonaro, quem diria, nesse momento sem sequer sair do lugar, parece garantir sua presença no segundo turno.
Algo que Lula nem imaginava quando, há algum tempo, em discurso triunfante, se jactava que não existia mais direita no Brasil. 
Pois a que surgiu defende a ditadura militar.
Além disto ele próprio está excluído de participação direta.
Para disputar com Bolsonaro 4 candidatos. Marina, incansável em suas tediosas pregações religiosas de uma hora de duração, Alckmin mantendo o lugar mais uma vez do PSDB e do próprio governo Temer do qual faz parte, e pelo campo da centro-esquerda, Ciro e Haddad ( Lula) .
Como Ciro e Haddad (Lula) tem apoio em campos que se sobrepõem obviamente dividem os votos.
É o que Ciro denominou de "dança à beira do abismo".
Para a esquerda, claro, para a direita é tudo que ela estava à espera.

quinta-feira, 6 de setembro de 2018

PRAIA DO BARRO DURO

E dizer esta paisagem está tão perto, a poucos quilômetros do centro de Pelotas 

quarta-feira, 5 de setembro de 2018