sábado, 28 de maio de 2016
sexta-feira, 20 de maio de 2016
Brazil's Culture vs. the Interim Government
Artists, musicians and activists across Brazil are occupying government buildings to protest the interim government. They performed a special opera for Brazil's new acting president.
LER COMENTÁRIOS
quarta-feira, 18 de maio de 2016
CONCERTANDO A DEMOCRACIA - FORA TEMER
Mais de mil pessoas se reuniram no pátio da ocupação Palácio Gustavo Capanema durante o Concerto pela Democracia II, para num concerto , ao som de Carmina Burana, protestar contra as atitudes fascistas do governo interino Temer.
Afinal de contas começamos a acordar para o fato de que o Brasil não está perdido, talvez apenas estávamos demorando em encontrá-lo.Os manifestantes, vinculados à Cultura, se declaram unidos e decididos a manter as ocupações tanto aqui no RIO DE JANEIRO quanto em todo o Brasil por tempo indeterminado.Afirmam também deixar bem claro que não reconhecem legitimidade no governo interino Temer, portanto, não há negociação.
(P.R.Baptista)
segunda-feira, 16 de maio de 2016
Se o STF fosse responsável por afastar Hitler, o faria depois do Holocausto -- ANA LUCIA SORRENTINO
O que se viu nessa sessão histórica que afastou Cunha foi o que todos os brasileiros já sabiam desde o início de 2015. Os trabalhos da Câmara foram marcados por manipulações escandalosas de Cunha em favor de si mesmo e de seus comparsas e contra o Brasil. Durante todo o ano as sessões foram tumultuadas e deputados, descontrolados, protagonizaram cenas constrangedoras, por conta da frieza com que Cunha atuava. Muito antes de Rodrigo Janot entregar a Teori Zavascki o pedido de afastamento de Cunha, em dezembro, brasileiros em todos os cantos do país já assinavam petições pedindo o mesmo. Porque o Brasil não só lia, mas via pela TV quem era Cunha e como vinha atuando. Nesses primeiros meses de 2016, nos perguntamos diariamente qual o motivo da protelação de Zavascki. Cunha pintou e bordou, acolheu a denúncia contra Dilma e sambou na cara da sociedade.
A performance do STF me reporta à teoria da banalidade do mal, de Hanna Arendt. A filósofa alemã, falecida em 1975, acompanhou o julgamento de Adolfh Eichmann, que aconteceu em Jerusalém, em 1961, por genocídio contra os judeus e crimes contra a humanidade. Ele se declarava inocente, mas foi condenado e enforcado. Em 1963, Arendt publica a obra “Eichmann em Jerusalém“, em que analisa o indivíduo Eichmann. Segundo ela, ele não tinha histórico antissemita, não apresentava um caráter doentio, nem aparentava ser um carrasco. Era um homem comum. E, ao se defender das acusações, ele protestava repetidamente dizendo que não fizera nada por iniciativa própria, apenas cumprira ordens. Para Arendt, seres humanos que renunciam a qualquer traço pessoal, cumprindo ordens sem questioná-las e sem refletir sobre o bem e o mal que podem causar estão se recusando a ser “pessoas”, estão banalizando o mal. A filósofa percebe o mal como uma escolha política que se dá apenas quando há espaço institucional para isso. No vazio de pensamento do mero cumpridor da atividade burocrática, do obediente radical à ordem legal vigente, a banalidade do mal se instala. Ao obedecer ordens ou normas sem se perguntar sobre o efeito disso, sem resistir a elas ou sem encontrar um meio termo entre a resistência e a cooperação, o homem abdica do que o define como homem: do pensamento, da capacidade de fazer juízos morais. E o ato de pensar, para Arendt, não é o conhecimento, mas a habilidade de distinguir o bem do mal, o belo do feio.
Ao obedecer cegamente ao princípio da divisão dos poderes, protelando por meses uma interferência que, afinal, se deu, e deixando o Brasil mergulhar em uma crise que culmina agora com a aceitação da admissibilidade do impeachment de Dilma, o STF não agiu como mero cumpridor das normas constitucionais, desprovido de pensamento? Se não foi isso, foi de caso pensado e é difícil dizer qual o mal maior. O que nos aguarda agora? Harendt diz: “Sair da banalidade do mal é fazer a opção ética e responsável na contramão da tendência à destruição que convida constantemente cada um a aderir.” Que os ministros do Supremo a ouçam.
Trecho legendado do filme em que Arendt fala sobre a banalidade do mal: https://youtu.be/OkESaqHiX3U
Direita, volver- BERNARDO MELLO FRANCO
BRASÍLIA - A posse de Michel Temer deve marcar a mais brusca guinada ideológica na Presidência da República desde que o marechal Castello Branco vestiu a faixa, em abril de 1964. Após 13 anos de governos reformistas do PT, o país passa ao comando de uma aliança com discurso liberal na economia e conservador em todo o resto. O eleitor não foi consultado sobre as mudanças.
O cavalo de pau fica claro na escalação do ministério, que sugere desprezo à representação política das minorias. Ao substituir a primeira presidente mulher, Temer montou uma equipe só de homens, o que não acontecia desde a era Geisel. Os negros também foram barrados na Esplanada.
O Ministério da Educação foi entregue ao DEM, partido que entrou no Supremo contra as ações afirmativas. A pasta do Desenvolvimento Social, responsável pelo Bolsa Família, acabou nas mãos de um deputado do PMDB que já se referiu ao benefício como uma "coleira política".
Para a Justiça, Temer escolheu o secretário de Segurança de São Paulo. Ele assume com explicações a dar sobre violência policial e maquiagem de estatísticas de criminalidade.
A fauna do Planalto também mudou radicalmente em poucas horas. Além dos políticos que restaram ao seu lado, Dilma Rousseff se despediu cercada por gente de esquerda, como sindicalistas, ex-presos políticos e militantes de movimentos sociais.
A chegada de Temer encheu o palácio de representantes da direita brucutu do Congresso, como os deputados Alberto Fraga e Laerte Bessa, da bancada da bala, e o ruralista Luis Carlos Heinze, que já se referiu a quilombolas, índios e homossexuais como "tudo que não presta".
Depois do pronunciamento de estreia, o presidente interino se reuniu a portas fechadas com líderes religiosos e parlamentares evangélicos. Estavam presentes os pastores Silas Malafaia e Marco Feliciano, que defendem ideias como o projeto da "cura gay". Eles voltaram para casa entusiasmados com o novo regime.
O cavalo de pau fica claro na escalação do ministério, que sugere desprezo à representação política das minorias. Ao substituir a primeira presidente mulher, Temer montou uma equipe só de homens, o que não acontecia desde a era Geisel. Os negros também foram barrados na Esplanada.
O Ministério da Educação foi entregue ao DEM, partido que entrou no Supremo contra as ações afirmativas. A pasta do Desenvolvimento Social, responsável pelo Bolsa Família, acabou nas mãos de um deputado do PMDB que já se referiu ao benefício como uma "coleira política".
Para a Justiça, Temer escolheu o secretário de Segurança de São Paulo. Ele assume com explicações a dar sobre violência policial e maquiagem de estatísticas de criminalidade.
A fauna do Planalto também mudou radicalmente em poucas horas. Além dos políticos que restaram ao seu lado, Dilma Rousseff se despediu cercada por gente de esquerda, como sindicalistas, ex-presos políticos e militantes de movimentos sociais.
A chegada de Temer encheu o palácio de representantes da direita brucutu do Congresso, como os deputados Alberto Fraga e Laerte Bessa, da bancada da bala, e o ruralista Luis Carlos Heinze, que já se referiu a quilombolas, índios e homossexuais como "tudo que não presta".
Depois do pronunciamento de estreia, o presidente interino se reuniu a portas fechadas com líderes religiosos e parlamentares evangélicos. Estavam presentes os pastores Silas Malafaia e Marco Feliciano, que defendem ideias como o projeto da "cura gay". Eles voltaram para casa entusiasmados com o novo regime.
quinta-feira, 12 de maio de 2016
COMO MAQUIAR UM GOLPE - JOSÉ EDUARDO CARDOZO
quarta-feira, 11 de maio de 2016
O tiro que pode sair pela culatra - P.R.Baptista
Seria muita pretensão de quem quer que seja antever o que vai suceder no Brasil nos próximos meses nos quais a presidente Dilma está afastada até a decisão final no Senado.
Mas alguns elementos estão colocados.
Um deles é que, diferentemente do impedimento de Collor, desta vez a presidenta afastada temporariamente, não está sozinha.
Ao contrário, o processo de impedimento está tendo o efeito, que certamente não seria desejado pelos que articularam seu afastamento, de unir a esquerda e de reavivar um sentimento, que estava amortecido, de assumir seu papel histórico.
De um lado os partidos que já tem um currículo golpista, de direita e extrema-direita, inclusive de traição como o PMDB nesse momento.
O PSB segue sem saber se é um partido de direita ou de esquerda, talvez nunca mais descubra.
Do outro os partidos de esquerda, PCdoB e também Psol, secundados pelo PDT que tem hoje, na figura de Ciro Gomes, uma voz contundente.
Dilma já anunciou que inicia uma campanha política pelo Brasil.
Se a oposição que assume o Planalto entende que o golpe vai sair barato, pode se surpreender.
segunda-feira, 9 de maio de 2016
O PODER MANIPULADOR DA GRANDE MÍDIA
domingo, 8 de maio de 2016
PORTA ARROMBADA - P.R.Baptista
Após 13 anos de governo ( 8 anos de mandato Lula e, até agora, 5 de Dilma, um número bem simbólico) o PT parece voltar a dar-se conta da importância do debate político interno.
Esse entendimento e a correspondente prática, muito vivo antes de assumir o governo e durante os primeiros anos, sempre foi uma marca a distinguir o PT de outros partidos.
Mas, pouco a pouco, foi tendo desvios, alguns dos quais, pelo que se pode observar, acabaram tendo efeitos bem desastrosos.
Ainda entendo que a reunião entre Lula, José Dirceu e Roberto Jefferson, na qual este teria brindado os convidados com seus dotes líricos, é um pouco o marco simbólico, deste desvio.
Este encontro é relatado, como quem relata uma cena de ópera, por Fernando Gabeira que vai se afastar como tantos outros nos quais o ideário de esquerda talvez não estivesse talvez plenamente solidificado.
Ou seria o contrário?
A deserção mais recente foi Marta Suplicy, obviamente num momento inteiramente inoportuno e de forma oportunista.
Teria sido o caso de refundar o PT como já pretendia, naquela época, Tarso Genro?
Como não foi resta retomar os princípios do caminho que iniciou trilhando para que não corra o risco , após a enorme influência que alcançou na vida política brasileira, de não ser mais porta-voz da esquerda brasileira ou, até mesmo, se tornar um partido de menor expressão.
Mas há tempo para retomar as antigas bandeiras embora com as dificuldades que estão presentes.
Só corrigindo o que escrevi no título: não sei se cabe falar em porta arrombada, a porta talvez tenha, isto sim, ficado apenas encostada, permitindo o acesso fácil de quem queria entrar apenas com o interesse de se aproximar do poder.
Esse entendimento e a correspondente prática, muito vivo antes de assumir o governo e durante os primeiros anos, sempre foi uma marca a distinguir o PT de outros partidos.
Mas, pouco a pouco, foi tendo desvios, alguns dos quais, pelo que se pode observar, acabaram tendo efeitos bem desastrosos.
Ainda entendo que a reunião entre Lula, José Dirceu e Roberto Jefferson, na qual este teria brindado os convidados com seus dotes líricos, é um pouco o marco simbólico, deste desvio.
Este encontro é relatado, como quem relata uma cena de ópera, por Fernando Gabeira que vai se afastar como tantos outros nos quais o ideário de esquerda talvez não estivesse talvez plenamente solidificado.
Ou seria o contrário?
A deserção mais recente foi Marta Suplicy, obviamente num momento inteiramente inoportuno e de forma oportunista.
Teria sido o caso de refundar o PT como já pretendia, naquela época, Tarso Genro?
Como não foi resta retomar os princípios do caminho que iniciou trilhando para que não corra o risco , após a enorme influência que alcançou na vida política brasileira, de não ser mais porta-voz da esquerda brasileira ou, até mesmo, se tornar um partido de menor expressão.
Mas há tempo para retomar as antigas bandeiras embora com as dificuldades que estão presentes.
Só corrigindo o que escrevi no título: não sei se cabe falar em porta arrombada, a porta talvez tenha, isto sim, ficado apenas encostada, permitindo o acesso fácil de quem queria entrar apenas com o interesse de se aproximar do poder.
sexta-feira, 6 de maio de 2016
Gilberto Isquierdo, um talento que marca seu espaço
Gilberto Isquierdo é um talento, pelotense por adoção, que vem de Jaguarão essa cidade tão pródiga em revelar artistas de expressão.
Ontem, 5 de maio, foi o lançamento do CD "Loka Vida - Visão poético-musical da Reforma Psiquiátrica" como Gilberto define o disco.
No espetáculo, participação dos músicos: Marcio Scheer (teclados e voz); Lyber Bermudez (bateria); Luciano Fagundes (guitarra); Fabricio “Pardal” Moura (baixo); Gil Soares (flauta transversa). Participação especial de Aluisio Rockenbach no acordeon.
Apoio: Rádio COM 104.5; Associação dos Usuários e Ex-usuários da Saúde Mental de Pelotas (ASSUMPE); Prefeitura de Jaguarão; Sociedade Independente Cultural de Jaguarão (SIC); CEARTES. Patrocínio de Valcron Ferragem Indus
quinta-feira, 5 de maio de 2016
TRAGÉDIA SHAKESPERIANA - P.R.BAPTISTA
Assim que os historiadores se dispuserem a analisar com maior profundidade o momento político brasileiro, quero crer que vão apontar a existência de um golpe, ou seja, a quebra da normalidade institucional.
O fato novo, considerando a longa lista de movimentos golpistas ao longo da história, especialmente latino-americana, é o aspecto de normalidade que se procura dar ao processo.
Mas isto, mesmo nos regimes ditatoriais e até mesmo em tribunais de exceção, incluindo os da Inquisição, teve-se, frequentemente, o cuidado de aparentar.
Avança, assim, em nosso país, um golpe político-mediático, no qual quem aceita a alegada denúncia, o presidente da Câmara, é um parlamentar processado e em vias de perder o cargo ( e seu afastamento iminente "limpa" o processo ) e o sucessor imediato da presidência , o vice-presidente, que assumiu junto com a presidente, na mesma coalizão, é um dos mentores do golpe.
Ele, por sua vez, em assumindo vai compor com os que julgaram concedendo-lhes cargos.
Tamanha tragédia tem as dimensões de um drama de Shakespeare.
Talvez fosse o caso, a partir de agora, para entender a realidade brasileira, de conhecer melhor o seu teatro
Mas isto, mesmo nos regimes ditatoriais e até mesmo em tribunais de exceção, incluindo os da Inquisição, teve-se, frequentemente, o cuidado de aparentar.
Avança, assim, em nosso país, um golpe político-mediático, no qual quem aceita a alegada denúncia, o presidente da Câmara, é um parlamentar processado e em vias de perder o cargo ( e seu afastamento iminente "limpa" o processo ) e o sucessor imediato da presidência , o vice-presidente, que assumiu junto com a presidente, na mesma coalizão, é um dos mentores do golpe.
Ele, por sua vez, em assumindo vai compor com os que julgaram concedendo-lhes cargos.
Tamanha tragédia tem as dimensões de um drama de Shakespeare.
Talvez fosse o caso, a partir de agora, para entender a realidade brasileira, de conhecer melhor o seu teatro
terça-feira, 3 de maio de 2016
É golpe, sim, e não adianta a Rede Globo vir depois pedir desculpas
segunda-feira, 2 de maio de 2016
10 estratégias mais comuns de manipulação em massa através dos meios de comunicação de massa- SYLVAN TIMSIT
"Em um estado totalitário não se importa com o que as pessoas pensam, desde que o governo possa controlá-lo pela força usando cassetetes. Mas quando você não pode controlar as pessoas pela força, você tem que controlar o que as pessoas pensam, e a maneira típica de fazer isso é através da propaganda (fabricação de consentimento, criação de ilusões necessárias), marginalizando o público em geral ou reduzindo-a a alguma forma de apatia "
(Chomsky, N., 1993)
Inspirado nas idéias de Noam Chomsky, o francês Sylvain Timsit elaborou a lista das “10 estratégias mais comuns de manipulação em massa através dos meios de comunicação de massa“
Sylvain Timsit elenca estratégias utilizadas diariamente há dezenas de anos para manobrar massas, criar um senso comum e conseguir fazer a população agir conforme interesses de uma pequena elite mundial.
Qualquer semelhança com a situação atual do Brasil não é mera coincidência, os grandes meios de comunicação sempre estiveram alinhados com essas elites e praticam incansavelmente várias dessas estratégias para manipular diariamente as massas, até chegar um momento que você realmente crê que o pensamento é seu.
. A estratégia da Distração
O elemento primordial do controle social é a estratégia da distração, que consiste em desviar a atenção do público dos problemas importantes e das mudanças decididas pelas elites políticas e econômicas, mediante a técnica do dilúvio, ou inundação de contínuas distrações e de informações insignificantes.
A estratégia da distração é igualmente indispensável para impedir o público de interessar-se por conhecimentos essenciais, nas áreas da ciência, economia, psicologia, neurobiologia e cibernética.
“Manter a atenção do público distraída, longe dos verdadeiros problemas sociais, cativada por temas sem importância real. Manter o público ocupado, ocupado, ocupado, sem nenhum tempo para pensar; de volta à granja como os outros animais“
2. Criar problemas e depois oferecer soluções
Este método também é chamado “problema-reação-solução“. Se cria um problema, uma “situação” prevista para causar certa reação no público, a fim de que este seja o mandante das medidas que se deseja aceitar.
Por exemplo: Deixar que se desenvolva ou que se intensifique a violência urbana, ou organizar atentados sangrentos, a fim de que o público seja o mandante de leis de segurança e políticas desfavoráveis à liberdade.
Ou também: Criar uma crise econômica para fazer aceitar como um mal necessário o retrocesso dos direitos sociais e o desmantelamento dos serviços públicos. (qualquer semelhança com a atual situação do Brasil não é mera coincidência).
Este post PORQUE A GRANDE MÍDIA ESCONDE DE VOCÊ AS NOTÍCIAS BOAS? retrata bem porque focar nos problemas é interessante para grande mídia.
3. A estratégia da gradualidade
Para fazer que se aceite uma medida inaceitável, basta aplicá-la gradualmente, a conta-gotas, por anos consecutivos. Foi dessa maneira que condições socioeconômicas radicalmente novas, neoliberalismo por exemplo, foram impostas durante as décadas de 1980 e 1990. Estratégia também utilizada por Hitler e por vários líderes comunistas. E comumente utilizada pelas grandes meios de comunicação.
4. A estratégia de diferir
Outra maneira de se fazer aceitar uma decisão impopular é a de apresentá-la como “dolorosa e necessária“, obtendo a aceitação pública, no momento, para uma aplicação futura.
É mais fácil aceitar um sacrifício futuro do que um sacrifício imediato. Primeiro, porque o esforço não é empregado imediatamente.
Depois, porque o público, a massa, tem sempre a tendência a esperar ingenuamente que “amanhã tudo irá melhorar” e que o sacrifício exigido poderá ser evitado. Isto dá mais tempo ao público para acostumar-se à ideia da mudança e aceitá-la com resignação quando chegue o momento.
5. Dirigir-se ao público como crianças
A maioria da publicidade dirigida ao grande público utiliza discurso, argumentos, personagens e entonação particularmente infantis, muitas vezes próximos à debilidade, como se o espectador fosse uma criança de pouca idade ou um deficiente mental.
Quanto mais se tenta enganar ao espectador, mais se tende a adotar um tom infantilizante. Por quê? “Se alguém se dirige a uma pessoa como se ela tivesse a idade de 12 anos ou menos, então, em razão da sugestionabilidade, ela tenderá, com certa probabilidade, a uma resposta ou reação também desprovida de um sentido crítico como as de uma pessoa de 12 anos ou menos de idade.”
6. Utilizar o aspecto emocional muito mais do que a reflexão
Fazer uso do aspecto emocional é uma técnica clássica para causar um curto circuito na análise racional, e finalmente no sentido crítico dos indivíduos.
Por outro lado, a utilização do registro emocional permite abrir a porta de acesso ao inconsciente para implantar ou injetar ideias, desejos, medos e temores, compulsões ou induzir comportamentos.
7. Manter o público na ignorância e na mediocridade
Fazer com que o público seja incapaz de compreender as tecnologias e os métodos utilizados para seu controle e sua escravidão.
“A qualidade da educação dada às classes sociais inferiores deve ser a mais pobre e medíocre possível, de forma que a distância da ignorância que paira entre as classes inferiores e as classes sociais superiores seja e permaneça impossível de ser revertida por estas classes mais baixas.
8. Estimular o público a ser complacente com a mediocridade
Promover ao público a crer que é moda o ato de ser estúpido, vulgar e inculto.
9. Reforçar a auto-culpabilidade
Fazer com que o indivíduo acredite que somente ele é culpado pela sua própria desgraça, por causa da insuficiência de sua inteligência, suas capacidades, ou de seus esforços.
Assim, no lugar de se rebelar contra o sistema econômico, o indivíduo se auto desvaloriza e se culpa, o que gera um estado depressivo, cujo um dos efeitos é a inibição de sua ação. E, sem ação, não há questionamento!
10. Conhecer aos indivíduos melhor do que eles mesmos se conhecem
No transcurso dos últimos 50 anos, os avanços acelerados da ciência têm gerado uma crescente brecha entre os conhecimentos do público e aqueles possuídos e utilizados pelas elites dominantes.
Graças à biologia, a neurobiologia a psicologia aplicada, o “sistema” tem desfrutado de um conhecimento avançado sobre a psique do ser humano, tanto em sua forma física como psicologicamente.
O sistema tem conseguido conhecer melhor o indivíduo comum do que ele conhece a si mesmo. Isto significa que, na maioria dos casos, o sistema exerce um controle maior e um grande poder sobre os indivíduos, maior que o dos indivíduos sobre si mesmos.
Assinar:
Postagens (Atom)