Sempre fica aquela dúvida, o que a palavra pode acrescentar ao objeto de arte?
Há quem sustente que nada. Mas ainda me arrisco a buscar o seu auxílio.
No caso da foto de Marcelo Soares salientaria que a foto subverte nosso olhar.
O que é encima, o que é embaixo? Sem referencias, somos subjugados a uma realidade na qual não temos a que nos agarrar para manter o equilíbrio.
Perdemos o sentido da verticalidade e quase temos que sentar para nos orientar.
O meio-fio de pedra vai cair em nossas cabeças?
O prédio vai se dissolver na poça? O céu, tão explicitamente expressionista ( Munch, van Gogh ?) é também a poça.
E a flor ainda nos lembra, como referência temporal, que é primavera.
Tudo isto sendo de fato uma foto
P.R.Baptista
Há quem sustente que nada. Mas ainda me arrisco a buscar o seu auxílio.
No caso da foto de Marcelo Soares salientaria que a foto subverte nosso olhar.
O que é encima, o que é embaixo? Sem referencias, somos subjugados a uma realidade na qual não temos a que nos agarrar para manter o equilíbrio.
Perdemos o sentido da verticalidade e quase temos que sentar para nos orientar.
O meio-fio de pedra vai cair em nossas cabeças?
O prédio vai se dissolver na poça? O céu, tão explicitamente expressionista ( Munch, van Gogh ?) é também a poça.
E a flor ainda nos lembra, como referência temporal, que é primavera.
Tudo isto sendo de fato uma foto
P.R.Baptista
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