segunda-feira, 30 de maio de 2022

ASSEMBLÉIA DO SINASEFE DISCUTE GREVE POR TEMPO INDETERMINADO - Prof. Paulo Baptista


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Em Assembleia Geral marcada para hoje 30/05 o SINASEFE coloca em pauta a greve que o campus Pelotas mantém por tempo indeterminado
A assembleia está marcada para às 14h (primeira chamada) e 14h15 (segunda e última chamada) e é virtual.
Até agora o Comando de Greve vinha procurando estender a paralisação aos outros campi do IFSul conforme exposição no vídeo de Hernesto Brito integrante do comando. 
Registre-se que o movimento recebe oposição dos estudantes que conforme noticiado pelo Diário Popular foram até à Reitoria em protesto.
Esta oposição tem a ver com o fato que a greve coincide com o retorno das aulas presenciais justamente logo após uma prolongada suspensão destas aulas ao longo da pandemia.      


domingo, 29 de maio de 2022

sábado, 21 de maio de 2022

JOSÉ RICARDO CAETANO COSTA está lançando seu livro CUBA, A ILHA QUE RESISTE.

 

JOSÉ RICARDO CAETANO COSTA  está lançando seu livro CUBA,  A ILHA QUE RESISTE. 
Vamos estudar a possibilidade de uma sessão de autógrafos na GALERIA CÂMARA CLARA.  

quarta-feira, 18 de maio de 2022

HOMENS MAIS RICOS DO PAÍS AGEM PARA PRIVATIZAR ELETROBRAS E LUCRAR COM ISSO

Homens mais ricos do país agem para privatizar Eletrobras e lucrar com isso






















Homens mais ricos do país agem para privatizar Eletrobras e lucrar com isso
O Tribunal de Contas da União (TCU) retoma nesta quarta-feira (18) o julgamento do processo sobre a privatização da Eletrobras, e alguns dos homens mais ricos do Brasil devem monitorar atentamente a decisão da corte sobre o futuro da estatal.
Seis dos 22 maiores bilionários do país são acionistas da Eletrobras. Parte deles, aliás, atua para que o controle da maior empresa de energia do país passe do Poder Público para o capital privado para que assim eles possam ficar ainda mais ricos.
Jorge Paulo Lemann, por exemplo, é dono de uma parte relevante da Eletrobras. Ele já tem uma fortuna de cerca de R$ 75 bilhões e também é o brasileiro mais rico da atualidade, de acordo com ranking da revista Forbes.
Sua empresa, a 3G Capital, detém cerca de 11% de um tipo das ações preferenciais da Eletrobras, algo avaliado em cerca de R$ 760 milhões, segundo a própria companhia. As ações preferenciais, conforme marcado em seu nome, têm preferência no recebimento de dividendos da estatal.
Os dividendos são parte dos lucros de uma empresa distribuídos a acionistas. Só nos primeiros três meses deste ano, a Eletrobras lucrou R$ 2,7 bilhões – 69% a mais do que no mesmo período do ano passado. Lemann ficará com parte disso. Mas não só ele.
Seus sócios na 3G Capital também são donos de parte da Eletrobras. Marcel Herrmann Telles tem fortuna de cerca de R$ 47 bilhões e é o terceiro mais rico do Brasil; Carlos Alberto Sicupira tem R$ 40 bilhões, quinto mais rico; Alexandre Behring, com R$ 5,1 bilhões, é o nono mais rico.
Todos, junto com Lemann, atuaram para a privatização da Eletrobras. A 3G Capital indicou Elvira Cavalcanti Presta para o conselho de administração da empresa em 2018, enquanto a empresa se preparava para a capitalização. Em 2019, Elvira virou diretora financeira e de relações com investidores. Durante 2021, chegou a presidir a companhia por dois meses.
Segundo a advogada Elisa Alves, que representa o Coletivo Nacional dos Eletricitários em ações judiciais contra a venda da Eletrobras, a 3G Capital provavelmente será uma das compradoras de ações da Eletrobras caso o governo as ponha à venda. Com maior participação na empresa, homens entre os ricos do país devem pressionar a administração da empresa por mais lucros e mais dividendos.
Procurada pelo Brasil de Fato, a 3G Capital não se pronunciou sobre seu eventual interesse na privatização da Eletrobras.

Banqueiro elege rumos da estatal
Por meio do Banco Clássico, o bilionário José João Abdalla Filho, o Juca Abdalla, também é um dos maiores acionistas da Eletrobras. 18º homem mais rico do Brasil, ao fim de 2021, ele tem mais de 5% de todas as ações ordinárias da estatal, avaliadas em mais de R$ 1,6 bilhão. Todo seu patrimônio foi estimado em R$ 13 bilhões pela Forbes.
As ações ordinárias dão direito a voto sobre os rumos da Eletrobras. Depois de instituições ligadas ao governo federal, Abdalla é quem mais tem capital votante na estatal. Seu voto teve peso considerável na assembleia que aprovou a privatização da empresa, realizada em fevereiro deste ano.
E já teve ainda mais. Quando a desestatização foi anunciada, em 2017, Abdalla tinha 12% da Eletrobras. Eram tantas ações que só a valorização delas por conta das notícias da privatização deixou Abdalla R$ 1 bilhão mais rico.
Abdalla, aliás, fez crescer sua fortuna justamente comprando ações de empresas estatais em processo de privatização. Em 2020, ele era dono de cerca de 10% da Engie. Essa empresa cresceu no Brasil ao comprar a Gerasul, privatizada em 1998.
Abdalla também é dono de cerca de 1% da Petrobras. No mês passado, indicou-se e foi eleito para o Conselho de Administração da estatal, aumentando a pressão de acionistas minoritários pela alta dos preços dos combustíveis e do lucro da companhia.
Procurada pelo Brasil de Fato por meio do Banco Clássico, Abdalla não se pronunciou sobre seus negócios envolvendo a Eletrobras e a Petrobras.

Investidor atua com banco
Quem também lucrou com notícias sobre a privatização da Eletrobras foi Lírio Parisotto, 22º colocado na lista dos mais ricos do Brasil, com fortuna de R$ 11 bilhões. Parte desse patrimônio está aplicado no fundo de investimentos Geração Futuro L Par, que aplica em ações da estatal e rendeu 121% em 12 meses encerrados em junho de 2021.
Parisotto chegou a ser denunciado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) por supostamente ser destinatário de informações privilegiadas sobre a privatização da estatal por conta de sua amizade com o senador Eduardo Braga (MDB-AM), que foi favorável à venda em votação no Congresso. Parisotto sempre negou qualquer benefício com a amizade.
Seu fundo de investimento é “abrigado” pela corretora Geração Futuro, ligada ao Banco Genial. O Banco Genial foi contratado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para estruturação da venda do controle governamental da Eletrobras.
A participação da Genial, acionista da Eletrobras, na privatização da empresa já foi questionada em ação judicial movida pelo Coletivo Nacional dos Eletricitários. Procurado pelo Brasil de Fato, o Banco Genial não se pronunciou sobre o assunto.
“Quem está interessado na Eletrobras são os bancos nacionais e internacionais, que inclusive já têm participação na estatal”, afirmou Leonardo Maggi, membro da coordenação nacional do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), que é contra a privatização. “Eles já controlam boa parte do setor elétrico brasileiro.”
A advogada Elisa Alves confirma esse interesse do setor financeiro na Eletrobras devido a sua alta lucratividade, a qual deve aumentar caso ela deixe de ser uma estatal e passe a operar somente visando o máximo retorno aos seus acionistas.
O Ministério das Minas e Energia informou aoBrasil de Fato que a privatização da Eletrobras é necessária para que a empresa, sob controle privado, possa manter investimentos no país.
“A Eletrobras tem capacidade de gerar 30% da energia e detém 44% das linhas de transmissão do país, mas não dispõe de capital para investir e se manter nesse patamar. A empresa precisa ser capitalizada. Seu controlador, a União, não consegue fazer os aportes necessários”, informou o órgão.
“Considerando que a economia brasileira atingirá níveis de crescimento mais elevados e, consequentemente, haverá aumento de demanda de energia, o quanto antes a Eletrobras estiver capitalizada, mais capacidade ela terá de participar de novos investimentos”, complementou o MME.
O Ministério da Economia e a própria Eletrobras não se pronunciaram.

Fonte: Rede Brasil Atual / Imagem: Eletrobras Divulgação 






Assembleia Geral do Sinasefe-IFSul aprova adesão à Greve por tempo indeterminado

 

 Após meses de tentativas de negociação com o governo, sem sucesso, o Sinasefe-IFSul aprova a adesão ao movimento nacional de Greve do Sinasefe, que luta pela reposição imediata das perdas inflacionárias da categoria!

A inflação está corroendo os salários, congelados há mais de 05 anos, e o governo se nega a abrir negociação com os(as) servidores(as) da educação.

Chega de desrespeito. Agora é GREVE! 

segunda-feira, 16 de maio de 2022

segunda-feira, 9 de maio de 2022

quarta-feira, 4 de maio de 2022

PARANOIA - Enio Andrade


         A noite tinha sido ótima, era a primeira vez que eu tocava naquela casa. Mesmo cansada, estava me sentindo muito bem. Pode parecer clichê dizer isso,  mas, me sentia como alguém que cumpriu uma espécie de missão. Fui saindo da festa recém terminada, o pessoal que trabalhou estava no final do serviço, cada um pensando em ir para sua casa descansar. A boate ficava ali no centro, na volta da praça, como dizemos por aqui, próxima ao mercado. Já tinha ligado para a Aparecida, combinamos que ela me levaria para casa, era uma tradição nossa, gostávamos de ir para casa conversando sobre a festa e de como nos sentíamos sobre nós e tudo o que nos cercava.
           Naquela noite ela não pudera vir à festa porque estava estudando, tinha uma prova importante na segunda, mesmo assim combinamos que no final da noite nos encontraríamos. O telefone tinha tocado algumas vezes e nada de ela atender, deixei uma mensagem e nem esquentei, vai ver ela dormiu ou algo assim. Olhei para cima e percebi que já começava a amanhecer. Ali no centro à essa hora tem bastante movimento. Pensei que não teria perigo nenhum se eu fosse caminhando até minha casa, afinal de contas moro pertinho do centro, umas dez quadras, se tanto. Nem seria preciso dizer que pensei que poderia ser perigoso, claro né, sendo mulher nunca se tem essa sensação de segurança absoluta.
           Nessas todas já tinha caminhado duas quadras, uma na rua XV de novembro e outra na rua Tiradentes, me aproximava do prédio dos correios na esquina da Félix da cunha. Foi quando percebi que uma espécie de neblina começou a baixar e me cercou de tal maneira que num primeiro momento não conseguia enxergar nada. Aos poucos foi melhorando e eu conseguia divisar cerca de vinte metros a minha frente, foi quando eu a avistei. Que bom pensei, uma mulher ia a cerca de uns dez metros de distância. Poxa que bom, o natural seria me aproximar e irmos juntas até quando fosse possível e necessário, dada à situação. Não sei porque não a chamei, acho que foi uma coisa de intuição.
          Em seguida a tal mulher olhou para trás pela primeira vez. Me deu a sensação de que ela começou a acelerar o passo. Parecia a mim que a tal mulher procurava disfarçar uma preocupação que começava a sentir, como se não quisesse que a outra parte percebesse que fora descoberta. Não se passou nem um minuto e a mulher olhou para trás outra vez, dessa vez não se preocupou em disfarçar, acelerou o passo com desfaçatez.
          Foi aí que comecei a me preocupar de verdade. Mas, o que essa mulher está vendo que eu não consigo enxergar. Olhei para trás e não via nada, aquela neblina parecia ser cúmplice de quem quer que estivesse produzindo aquela súbita desconfiança. Agora que a mulher não precisava mais disfarçar começou a olhar para trás a cada dez segundos, era o que eu pensava, afinal de contas quem prestaria atenção em alguma coisa naquela situação. Depois desse momento parece que não existia mais nada no mundo, éramos só eu, a mulher, a neblina e a tal “aparição”.
          A mulher acelerou tanto o passo que já parecia a mim que ela corria. Comecei a sentir um medo tão grande que também acelerei o passo, minha intenção era me aproximar da mulher o suficiente para que ficássemos juntas na hora derradeira. Meu sentimento era de derrota, mas, também era de empatia, queria que estivéssemos juntas naquela situação que já parecia irremediável. Fiquei me culpando, se eu não fosse tão teimosa, para que eu fui me expor a tamanho perigo.
          Agora a situação parecia fora de controle, a mulher corria sem olhar para trás, parecia que começava a gritar, digo que parecia porque eu não conseguia mais raciocinar, tal era o medo que estava sentindo. Meu coração desandou a bater descompassado, minha cabeça latejava, não sabia como minhas pernas estavam aguentando tudo aquilo. Foi quando eu parei de correr, não sei o porquê, era uma coisa estúpida a fazer, naquela situação desesperadora. De repente estaquei e disse quase gritando, peraí !!
          Neste instante tudo se esclareceu, a neblina se desvaneceu e pude enxergar a mulher correndo, já ia longe, ouvi uma buzina. Era a Aparecida que dizia com um sorriso, desculpe, cochilei. O carro andou um pouco e ao passarmos pela mulher pedi à Aparecida que parasse por um momento, olhei para a mulher e dei um tchauzinho irônico, afinal nós duas sabíamos o que havia acontecido. Depois contei tudo à Aparecida e nos rimos daquela estória, até hoje.

ENIO ANDRADE é um consistente escritor pelotense 
se destacando como romancista que surge no cenário literário.
Recentemente lançou o romance "Dandara e a Princesa" a respeito do qual já comentamos em  A METADE SUL .
Acesse o link para ler