É como se estivesse sendo alimentada a crença ou a expectativa de que as mudanças necessárias pudessem surgir, principal ou quem sabe até exclusivamente , a partir de publicações maciças reproduzindo publicações virtualmente sem que se impusesse , para terem implicações reais e efetivas, uma parcela pequena que fosse de presença efetiva em instâncias mais diretas de participação.
Duas dessas instâncias são em meu entendimento imprescindíveis, os sindicatos e os partidos políticos, principalmente estes últimos.
Não sei se Pedro Moacyr estaria se referindo a isto também.
De qualquer forma quanto à primeira parte me reconforta ouvir uma voz que dá eco ao que tenho pensado a respeito.
Estas são suas palavras:
Estou perdendo, emocionalmente, um bocado de coisas. E não vejo a menor possibilidade de aglutinação - e muito menos de organização - da esquerda política.
Continuo com a tese de que essas coisas das redes sociais não têm bom efeito diante de quem, além da mídia empresarial, também lida com as redes sociais, e de uma forma muitíssimo mais eficaz. Tenho cada vez mais a impressão de que estamos atendendo o desejo de quem nos deseja precisamente nesse lugar, ou seja, o das redes sociais.
Ainda governa o mundo quem na sua concretude vive, e faz da virtualidade um ponto de apoio. Quem só se encontra nesse ambiente, o virtual, não tem chance, especialmente se vive num ambiente não ditatorial (no Egito e em alguns países árabes foi possível organizar movimentos via redes sociais, mas esse não é o nosso caso). Continuo sem saída.
Pedro Moacyr Pérez da Silveira
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