sábado, 6 de junho de 2015

Pelotas, o time e a cidade, derrotados dentro e fora de campo

A eliminação do Esporte Clube Pelotas na divisão de ascenso que vinha disputando é um fato, embora desanimador, que pode ser considerado normal dentro de uma disputa.
Ocorreu num jogo no qual teria jogado bem contando com o apoio de um número expressivo de torcedores que foram até São Gabriel dar apoio ao time.
Mas o Pelotas foi derrotado também ao negar anteriormente o empréstimo de seu estádio ao co-irmão Gremio Esportivo Brasil que, pela interdição de seu próprio estádio, tem disputado jogos dos quais tem o mando de campo em Novo Hamburgo ou Rio Grande.
Na ocasião a direção do Pelotas, alegando atender a protestos de sua torcida, deu razão aos radicais, aos intransigentes.
Agora, eliminado, nem disputaria o último jogo previsto para seu estádio.
A respeito do assunto nunca é demais lembrar, em se tratando de rivalidades, o triste episódio da morte de Gilberto Bonow empresário agredido e morto covarde e barbaramente por um grupo de torcedores identificados como do Brasil, à saída de um Bra-Pel em 2003.
Pois com a decisão da direção do Pelotas retrocedeu-se em relação aos apelos de paz feitos naquele e em outros momentos e perdemos todos,
Com a não realização em Pelotas de jogos de uma competição nacional só se tem prejuízo de todas as partes,
Difícil de entender como num momento no qual interesses da cidade estão em questão o prefeito Eduardo Leite e a Câmara de Vereadores não se colocaram como mediadores.
Decepcionante em se tratando de dois clubes, Brasil e Pelotas, que protagonizam  -- quando é possível vê-los disputando um jogo, considerado o maior clássico do interior mas fato cada vez mais raro -- um espetáculo futebolístico único no Rio Grande do Sul.

P.R.Baptista

Um comentário:

Blog do IDILIO disse...

Penso ser lastimável nosso futebol pelotense estar subjugado a grupos, aos quais mais interessa a emotividade total do que o saudável balanço emoção x razão.