Este romance pretende-se memorial enviesado de um período brutal da história brasileira recente: a ditadura militar. Usando metáforas e jogos de palavras, a obra acompanha o relato de um pianista obcecado por uma cantora, cuja carreira começa e termina na vigência do regime de exceção. A inspiração que me levou a criar essa personagem fictícia vem de uma devoção pessoal à arte de Elis Regina, cujo nome é reiteradamente usado, na forma de anagramas. Esse jogo de anagramas surgiu casualmente, quando um amigo observou que o nome Elis Regina continha as letras da palavra GENERAL. Na época, não havia ainda a difusão instantânea da informação via internet, nem os anagram generators, de modo que foram usadas peças de scrabble, conhecido jogo de palavras cruzadas. A combinação das dez letras gerou cerca de 90 anagramas viáveis, alguns deles curiosos, em português, espanhol, italiano e inglês, sendo que mais de
50 foram utilizados na feitura do texto.
Advertência: este livro contém muitas mortes.
Inevitáveis, como todas, mas certamente inventadas.
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