terça-feira, 30 de agosto de 2022

POSSE DO CONSELHO ESTADUAL DE CULTURA


O CEC é parte do Sistema Estadual da Cultura. Há uma prerrogativa de que as cidades e estados do país devam ter CPF para poderem disputar financiamento nacional. O C , do CPF é ter um Conselho, municipal ou estadual. O P, é um plano de Cultura, ou seja, um documento público que contenha suas políticas para a área cultural. O F, é possuir um fundo próprio de financiamento de políticas Públicas para a Cultura. O Conselho não é um órgão governamental. Ele é um mecanismo de consulta, aconselhamento e fiscalização do governo. É composto por 2/3 indicados e eleitos por instituições da sociedade civil e que sejam reconhecidas por ela. 1/3 é indicado diretamente pelo governo.


Entre os conselheiros empossados destacamos Ben Berardi nascido em Pelotas onde começou fazendo Teatro Amador . Em Porto Alegre cursou Ciencias Sociais na UFRGS, e também o mestrado em Antropologia com ênfase em Cultura Popular.
Foi professor de teatro na Casa de Cultura Mario Quintana e roteirizou e dirigiu duas peças teatrais. Trabalhou como ator de cinema sob direção do Jorge Furtado e foi diretor da CCMQ, do Centro Cultural Usina do Gasômetro. Coordenou ações e conteúdos culturais nas 4 edições do Fórum Social Mundial em Porto Alegre. É curador em Artes visuais, Vice presidente do Instituto Zoravia Bettiol e da Diretoria da Associação Riograndense dos Artistas Plásticos Chico Lisboa.
Cabe destacar que Ben Berardi foi o candidato eleito com a maior votação entre a Sociedade Civil. 


quinta-feira, 25 de agosto de 2022

CANDIDATOS DE PELOTAS - Henrique Mascarenhas de Souza (DEPUTADO FEDERAL)

 

Eu sou Henrique Mascarenhas de Souza, Henrique, vô, pai, amigo, servidor público, petista, militante de esquerda com orgulho, feliz.

Fiz parte da construção do Partido dos Trabalhadores em 1985. Vivi e vivo cada segundo, glórias e derrotas, erguendo a bandeira em que tremula o sonho de um novo mundo. No dia a dia, como servidor da Justiça do Trabalho e sindicalista, o sonho de sermos socialmente iguais sempre me moveu.

Fui candidato a vereador nas eleições de 2020 com o objetivo de mudança no Legislativo pelotense, que há anos é ocupado, em sua maioria, pelos partidos de direita, e que tem como marca o abandono do seu povo, e sou hoje um dos suplentes do PT na câmara. Sou o candidato a deputado federal no time LULA, OLÍVIO DUTRA, EDEGAR PRETTO e PEDRO RUAS.

Quero, enquanto deputado federal, propor políticas que atendam a maioria da população, promovam combate à fome, fortaleçam agricultura familiar e a agroecologia, protejam o meio ambiente, retomem e alavanquem o investimento em educação e saúde, fortalecendo o SUS, e olhem para o setor da cultura, tão afetado durante a pandemia. Por fim, tenho firme compromisso com a defesa intransigente da democracia, da paz, da vida!

MEIO AMBIENTE PROTEGIDO E LIMPO

Reconstrução do Ministério do Meio Ambiente. Fortalecimento da democracia ambiental, busca de recursos para o combate ao desmatamento e mudanças climáticas. Investimento em saneamento e na proteção dos nossos biomas, em especial o Pampa, e áreas de importância ambiental.

CULTURA NACIONAL 

Lutar pelo Sistema Nacional de Cultura, inspirado no SUS, com pontos de cultura que funcionem como Unidades Básicas de Cultura. Investimento na produção local, proporcionando sustentabilidade para pequenos produtores. Apoio à cultura como eixo de desenvolvimento social e econômico, como projeto de Estado e não de governos.

COMBATE À FOME COM SOBERANIA ALIMENTAR – COMIDA SAUDÁVEL NA MESA DO POVO

Meu compromisso é com a comida saudável e barata na mesa do trabalhador da cidade e na merenda escolar. Esse alimento virá de uma agricultura familiar forte, com programas de incentivo e investimentos na agricultura familiar. Retomada das políticas instituídas nos governos de Lula e Dilma que contribuíram para retirar o Brasil do mapa da fome. Juntos, vamos reerguer o PRONAF (Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar), o PAA (Programa de Aquisição de Alimentos) e a PNAE (Política Nacional de Alimentação Escolar).

MEIO AMBIENTE PROTEGIDO E LIMPO

Reconstrução do Ministério do Meio Ambiente. Fortalecimento da democracia ambiental, busca de recursos para o combate ao desmatamento e mudanças climáticas. Investimento em saneamento e na proteção dos nossos biomas, em especial o Pampa, e áreas de importância ambiental.

CULTURA NACIONAL EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA

Educação, ciência e tecnologia como projeto de Estado. Sem cortes para universidades, institutos federais e FUNDEB. Apoio à pesquisa, com inclusão de direitos trabalhistas a quem atua nos programas de pós-graduação e iniciação científica.

SAUDE PARA TODOS É DEVER DO ESTADO

Um SUS 100% público e com ampliada participação popular. Financiamento emergencial em 2023 visando enfrentar a demanda gerada pela pandemia. Retomada de políticas para a saúde pública de minorias e Rede de Atenção Psicossocial. Retomada do Programa Mais Médicos.





terça-feira, 23 de agosto de 2022

O DEVER DA ESPERANÇA - Ciro Gomes

 

 

No programa que a Rede Globo oferece de entrevista com os candidatos à presidência, Ciro Gomes dá uma aula demonstrando o profundo conhecimento que tem da realidade brasileira que transmite em seu livro PROJETO NACIONAL : O DEVER DA ESPERANÇA.

William Bonner e Renata Vasconcellos, entrevistadores, pouco interferiram preferindo aproveitar o momento de ouvir a exposição do candidato.

terça-feira, 16 de agosto de 2022

O QUE EU QUERO - Maria Clara Michels.

               

Eu não te quero aqui para que andes sobre as águas ou me defendas de tempestades e raios que reluzem à noite. Te quero aqui para que me digas das vagas e das marés, de Netuno e das sereias, dos tantos navios naufragados ou das garrafas com mensagens em seu bojo que chegam às praias.

      Não te quero aqui para que espanes a areia do meu corpo ou estendas toalhas para que me deite, mas para que me contes da solidão nos desertos, dos homens azuis que perambulam, da variedade de cores que a areia toma em praias onde nunca se pisou, das orlas feitas em pedras e musgos, em algas e conchas.      

      Eu não te busco aqui para que me tomes pela mão e me leves pelos caminhos verdes que eu escolho, mas para que me fales do brilho nos teus olhos quando passas por uma árvore alta, para que me expliques de troncos e de ramos e para que descubras, junto comigo , os seus nomes e aquela época precisa em que transmutam as folhas verdes brilhantes para o amarelo, o ouro e, ao fim, para aquele vermelho crepuscular, antes que se desnudem de todo.

      Não te chamo aqui para que limpes meus caminhos e estendas tapetes, mas para que me fales da terra e da relva, dos países onde ovelhas ou cabras disparam pelos montes, onde ainda existem pastores que tocam flautas enquanto esperam o momento do retorno, onde pequenas choupanas guardam o pão e o mel que será alimento para a fome.

      Não te procuro aqui, nestas ruas por onde ando, para que me dês o apoio do teu braço ou da tua mão, mas para que me fales de antigos moradores destas casas velhas, das pessoas cheias de sonhos e ilusões que viveram nelas, de como foram construídas com suor ou em meio a facilidades, de como cada tijolo foi uma ilusão de poder, de abrigo, de conforto.

      Eu não te busco aqui, nestes sonhos que eu sonho, para que me faças de princesa ou cortesã, para que me estendas coroas ou cetros, ou bordões, mas para que me contes sobre amores apaixonados entre a realeza e a plebe, entre religiosos e ateus, entre pessoas feitas umas para as outras ou não. Para que me digas de corações desvairados, de mortes e de incestos, de venenos e de punhais.

      Não te chamo aqui, nestas noites insones, para que subas montanhas por mim, mas para que fales sobre aqueles que percorreram longas estradas, subiram cordilheiras e desceram a vales, a vulcões, que enfrentaram ciclones, dilúvios, cheias, por intrepidez, para salvar alguém, ou para colher uma flor para a amada.

      Não te trago até mim para que transformes água em vinho, ou sirvas-me uma taça, mas para que me digas das cores das uvas, de como ficam quando os raios de sol batem sobre as videiras, sobre tonéis de carvalho e sobre pés esmagando a fruta. Para que me expliques do tinido suave de uma taça lapidada em cristal e, levantando a tua contra a luz se veja a cor suave do vinho que provas e deixa teu gosto em minha boca.

      Eu não te quero junto a mim para que me vistas de sedas e linhos, mas para que teças com dedos habilidosos uma delicada  teia sobre nossas cabeças, para que cries uma proteção contra os desatinos da vida, contra a inconstância do tempo, contra a fuga das horas.

      Não te quero comigo  para que me alimentes como a um pássaro pequenino, mas para que tuas mãos, teus olhos, ó sem nome, sejam meu próprio alimento, água em abundância, meu sentimento e meu consolo.

      Eu não te quero aqui para que sejamos um, nem para que sejamos dois. Mas para que sejamos compreensão e cumplicidade, afeto e paixão, cuidado e carinho.  Para que sejamos nós. Para que sejamos encontro. Para que possamos ser, ao mesmo tempo, infância e adolescência, juventude e maturidade, velhice e o eterno sono que vem depois.

                   Em 11/08/2021


segunda-feira, 15 de agosto de 2022

DIA DOS PAIS




 Dias dos Pais é uma data a cada ano intensamente promovida pelo comércio na qual as pessoas são compelidas a se lembrar que tem um pai mesmo que muitos não tenham. 

Para os que tem muitas  vezes pode ser a única ocasião em que se lembram.

As pessoas também, conduzidas a manifestar esta lembrança influenciadas por repetitivas mensagens e propaganda, correm para comprar algum presente mesmo que apenas uma lembrancinha

Neste momento todos se igualam e agem das mesma forma até mesmo lulistas e bolsonaristas

Só não se igualam às incontáveis famílias muito pobres aos quais só resta  ficar olhando de longe tanto amor e tanta confraternização tanto morte.

Para elas alegria seria ter o que comer durante o dia.

LEITURA INDICADA

O fosso ético abissal entre as famílias ricas e pobres - Gustavo Conde - Brasil 247

quarta-feira, 3 de agosto de 2022

VANDER LEE, O ROMANTISMO DE UM MINEIRO


Vanderli Catarina (Belo Horizonte, 3 de março de 1966 — Belo Horizonte, 5 de agosto de 2016), mais conhecido como Vander Lee, cantor e compositor brasileiro, começou sua carreira em bares locais em meados da década de 1980. Gravou sua primeira fita demo (com 4 músicas) em 1986, e em 1987 já fazia shows com seu próprio repertório. Suas canções variam desde o romântico, passando pelo samba, até a balada e rock. Suas letras falam de acontecimentos da vida cotidiana, sempre com um lado romântico. Já gravou com grandes nomes da MPB, como Zeca Baleiro, Elza Soares, Rita Ribeiro, Emilinha Borba, Leila Pinheiro e Nando Reis. Compôs a música "Estrela" que foi gravada pela cantora Maria Bethânia. Teve ainda a canção "Onde Deus Possa me Ouvir" gravada por Gal Costa.[1] Foi autor de sucessos como "Românticos", "Iluminado" e "Esperando Aviões". O cantor tinha 3 filhos: Laura, Lucas e Clara, que herdaram dele o talento musical.

O músico morreu em 5 de agosto de 2016, após um processo cirúrgico proveniente de um infarto, na tarde do dia anterior, enquanto fazia hidroginástica. O cantor morreu as 8h da manhã na UTI do Hospital Madre Tereza, em Belo Horizonte, após a cirurgia para a correção do infarto, sofrendo arritmia cardíaca e parada cardíaca. Vander Lee deu entrada com o quadro clínico de dissecção aguda da aorta com ruptura de coronária direita, válvula aórtica e aorta descendente. Faria 20 anos de carreira no ano de 2017.

terça-feira, 2 de agosto de 2022

PAI-DE-DEUS, TEATRO DE VALTER SOBREIRO JÚNIOR COM JOÃO SCHMIDT



 ”PAI-DE-DEUS” tem como título o apelido dado a um torturador, mas também remete sonoramente a pas de deux, uma vez que dois atores ocupam o espaço num instigante jogo de interpretações que se opõem e se complementam.

 O texto  de Valter Sobreiro Júnior , que também assina a música original, é dividido em duas partes, nelas assistimos a duas visitas que um jovem (Germano Rusch) faz a um velho (*Joao Schmidt *).

 Não sabemos ao certo quem são esses personagens, mas os conflitos estabelecidos na sequência de ações dão conta de memórias terríveis que os ligam a um passado comum: a ditadura militar. 

São trazidos à tona culpas, remorsos, desespero e violência, ou seja, todo um painel sombrio a evocar essa época, em que a tirania se impunha aos corações e mentes do país.

PAI-DE-DEUS  tem preparação corporal de Marvin Duarte, figurinos de João Bachilli, Desenho de Luz e operação técnica Fabrício Álvaro cenografia de Joao *Schmidt,

Edição de Vídeo Mateus Dias.

Participação Tania Fayal em vídeo de Alessandra Azevedo.

Espetáculo comemorativo aos 60 ano de carreira do teatrólogo Valter Sobreiro Junior

Já foram feitas 8 apresentações em Pelotas , 6 no teatro Arena de Porto Alegre, em Rio Grande  e Santa Vitoria.  Rio Grande novamente dia 10,  Arroio dos Ratos dia 18.

Em setembro volta para Porto Alegre na casa de Cultura Mário Quintana