Caso Lula consiga ser candidato à Presidência da República, como deseja o establishment petista e seus apoiadores, provavelmente ocorrerá o seguinte: perderá uma acirrada eleição, encerrará sua carreira política por baixo, causará um grande mal ao campo progressista e será o principal cabo eleitoral do Boçalnazi.
Ocorre que o antilulismo, por assim dizer, tornou-se maior que o próprio Lula.
Além disso, sabe-se que historicamente a ascensão da extrema direita está ligada a grandes crises estruturais (econômicas, político-partidárias, éticas, morais etc.), como a que se assiste atualmente no Brasil.
Então, este não é o momento para aventuras político-partidárias, vaidades pessoais e picuinhas esquerdistas.
O momento é de construção da unidade do campo progressista para que, em nome de um projeto de nação, seja possível vencer os golpistas nas próximas eleições presidenciais.
No entanto, verdade seja dita, isso nunca foi feito no Brasil, ao menos não desde as eleições de 1989. Nas primeiras eleições presidenciais após o golpe de 1964, elegeu-se Collor, o "caçador de marajás", e deu no que deu.
Agora, após o golpe de 2016, corre-se o risco de repetir o mesmo erro, porém com maior gravidade: colocar no poder um completo apedeuta da extrema direita nacional.
Será que não se aprende nada neste país com a experiência acumulada em países vizinhos?
Refiro-me ao Chile e ao Uruguai, apenas para citar dois exemplos.
Parafraseando Marx, diria que a história se repete: a primeira vez como farsa e da segunda em diante como tragédia.
Jorge Eremites de Oliveira
Prof. da UFPel
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Ocorre que o antilulismo, por assim dizer, tornou-se maior que o próprio Lula.
Além disso, sabe-se que historicamente a ascensão da extrema direita está ligada a grandes crises estruturais (econômicas, político-partidárias, éticas, morais etc.), como a que se assiste atualmente no Brasil.
Então, este não é o momento para aventuras político-partidárias, vaidades pessoais e picuinhas esquerdistas.
O momento é de construção da unidade do campo progressista para que, em nome de um projeto de nação, seja possível vencer os golpistas nas próximas eleições presidenciais.
No entanto, verdade seja dita, isso nunca foi feito no Brasil, ao menos não desde as eleições de 1989. Nas primeiras eleições presidenciais após o golpe de 1964, elegeu-se Collor, o "caçador de marajás", e deu no que deu.
Agora, após o golpe de 2016, corre-se o risco de repetir o mesmo erro, porém com maior gravidade: colocar no poder um completo apedeuta da extrema direita nacional.
Será que não se aprende nada neste país com a experiência acumulada em países vizinhos?
Refiro-me ao Chile e ao Uruguai, apenas para citar dois exemplos.
Parafraseando Marx, diria que a história se repete: a primeira vez como farsa e da segunda em diante como tragédia.
Jorge Eremites de Oliveira
Prof. da UFPel
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