Em artigo publicado no Diário Popular de 28/12/15, Pablo Rodrigues, editor chefe do jornal, procura fazer um apanhado do quadro eleitoral para
prefeito em Pelotas.
Basicamente aponta Eduardo Leite como um candidato natural,
com grandes possibilidades de reeleger-se, e elenca, pela ordem, Edmar Fetter,
Miriam Marroni, Jurandir Silva e Marcus Cunha. como outros nomes na disputa.
Ignora o PSB lembrado apenas como possível integrante de uma
coligação com o PDT quando na realidade além de se tratar de uma sigla de
considerável representatividade nacional, já está apoiando o nome de Rogério Salazar
conforme já vem sendo divulgado, como candidato próprio.
Feita essa correção
caberia lembrar que Fetter teria muitas dificuldades de lançar
candidatura própria pois tem hoje forte participação no governo Leite.
Os integrantes do governo vinculados ao PP já teriam que
estar, para que esta hipótese tivesse fundamento, pensando em deixar os cargos.
Fetter , ainda é bom lembrar, só encontrou condições de ser prefeito como vice de Bernardo que renunciou por conta de doença que se manifestava na campanha eleitoral quando já, visivelmente, não apresentava condições sequer de ser candidato.
Miriam, é o único nome que é lembrado dentro do PT, na medida em
que Fernando Marroni por ter acumulado sucessivas derrotas eleitorais para
prefeito, enfrenta dificuldades até mesmo internas.
E hoje o PT, esvaziado em
lideranças, parece ficar sem opções.
Argumenta-se que Miriam pode carregar um desgaste do partido
mas não há partido, especialmente os grandes , que não estejam desgastados.
A meu ver a principal
restrição ao nome de Miriam Marroni não seria o fato de pertencer ao PT mas de estar no meio
de um mandato de deputada estadual.
É o momento de políticos cumprirem integralmente os mandatos
para os quais são eleitos.
Jurandir surge como um nome que ganhou espaço na última eleição
e, de forma surpreendente, foi o terceiro mais votado. Mas cabe saber se não se
tratou de uma situação conjuntural.
O
PSOL tem questões internas a resolver entre
elas o apoio que , repentinamente e contradizendo posição partidária , Luciana
Genro manifestou ao impedimento de Dilma.
O que Jurandir , muito
ligado a Luciana, diria sobre isto?
Por fim, não é só o PSB que é esquecido no artigo.
Também o PMDB sempre com grande influência nas eleições
municipais não é comentado.
Sabe-se que vem procurando incluir-se na administração municipal
através da obtenção de cargos e, nesse
caso, poderia novamente não ter candidato próprio.
Mas, e se a vice-prefeita filiar-se ao PMDB como é que fica?
Resumindo, nesta questão está rolando muita água e ainda vai
rolar muito mais do que se possa por enquanto supor.