terça-feira, 28 de abril de 2015

Quero-Quero, Sentinela dos Pampas

Foto Luiz Carlos Vaz
O quero-quero (Brasil) ou abibe-do-sul (Portugal) (Vanellus chilensis (Molina, 1782)), também conhecido por tetéu, téu-téu, terém-terém e espanta-boiada, é uma ave da ordem dos Charadriiformes, pertencendo a família dos Charadriidae. 
Em espanhol é conhecido por tero común ou teru-teru, e em inglês como southern lapwing. 
Ocorre em toda a América do Sul e em alguns pontos da América Central, e sendo uma ave muito popular acabou por fazer parte do folclore de várias regiões.

Mede aproximadamente 37 cm de altura e pesa menos que 300 gramas. Sua plumagem possui, em geral, tonalidade cinza-claro, com ornatos pretos na cabeça, peito e cauda. A barriga é branca e as asas têm penas verde-metálicas. Apresenta um penacho na região posterior da cabeça; o bico, os olhos e as pernas são avermelhados e tem um par de esporões ósseos de 1 cm no encontro das asas.

No folclore brasileiro, o quero-quero está presente em todas as regiões, através de histórias, cantos e tradições.

Teon, em tupi, significa morte. Segundo o padre Fernão Cardim, em Tratado da terra e gente do Brasil, citado no Dicionário do folclore brasileiro, de Luís da Câmara Cascudo: "Guigratéutéu, isto é, pássaro que tem acidentes de morte, e que morre e torna a viver (...) e são tão grandes estes acidentes que muitas vezes os acham os índios pelas praias, os tomam nas mãos e, cuidando que de todo estão mortos, os botam por aí, e eles, em caindo, se alevantam e se vão embora".

Uma lenda de fundo religioso -- registrada por Corina Ruiz, em Didática do folclore -- explica a razão de seu canto insistente e irritante.

"Fugindo de Herodes, que determinara a matança de todas as crianças recém-nascidas, a Santa Família partiu em fuga para o Egito. Para não ser vista pelos soldados perseguidores, viajava à noite e se escondia de dia. Na longa caminhada noturna, era necessário que tudo se fizesse no mais completo silêncio. Silêncio esse, respeitado por todos os animais, encontrados pelo caminho. Era como se estivessem eles obedecendo a palavra de Deus, na proteção de Jesus, Maria e José.

Todos menos um: o implicante quero-quero. Este não parava de falar, e por sua desobediência, recebeu como castigo a tagarelice eterna, não parando mais de gritar, inclusive alertando os caçadores quanto à sua presença e correndo o risco de ser caçado."

Referências 
Luís da Câmara Cascudo. Dicionário do folclore brasileiro. Rio de Janeiro, Instituto Nacional do Livro, 1954

Corina Maria Peixoto Ruiz. Didática do folclore. Curitiba, Editora Arco-Íris, 1995

segunda-feira, 27 de abril de 2015

Regulação da Mídia, referências para a discussão

Clovis Veronez, editor do Observatório de Pelotas, comenta texto de Pedro Ekman e Bia Barbosa(*)

Tendo em vista esta ostensiva operação para interditar um debate direto e transparente sobre a regulação da mídia (ação corrente que, essa sim, caracteriza prática de censura), vamos aos fatos, numa tentativa de desfazer o labirinto construído em torno do assunto.
Em primeiro lugar, é preciso lembrar que a radiodifusão é, assim como a energia, o transporte e a saúde, um serviço público que, para ser prestado com base no interesse público, requer regras para o seu funcionamento.
No caso das emissoras de rádio e TV, a existência dessas regras se mostra fundamental em função do impacto social que têm as ações dos meios de comunicação de massa, espaço central para a veiculação de informações, difusão de culturas, formação de valores e da opinião pública.
Lembram os teóricos que a necessidade ou não de regulação de qualquer setor e a intensidade e o formato dessa regulação estão condicionadas justamente ao poder potencial que tal setor tem para mudar as preferências da sociedade e dos governantes.
Assim, quanto maior o poder de um determinado setor e o desequilíbrio democrático provocado, maiores a necessidade e a intensidade de regulação por parte do Estado.
"...Portanto, à medida que, ao longo da história, crescem a presença e influência dos meios de comunicação de massa sobre a sociedade, aumenta a necessidade de o Estado regular este poder. Não para definir o que as emissoras podem ou não podem dizer, mas para garantir condições mínimas de operação do serviço de forma a manter o interesse público – e não o lucro das empresas – em primeiro lugar.
Vale lembrar também que, além de um serviço público, a comunicação eletrônica representa um setor econômico dos mais importantes do país. Assim como outros, precisa do estabelecimento de regras econômicas para o seu funcionamento, de modo a coibir a formação de oligopólios ou de um monopólio num setor estratégico para qualquer nação.
Por fim, o simples estabelecimento de uma regulação da radiodifusão não pode ser tachado de cerceamento da liberdade de imprensa ou então de censura porque é isso o que diz e pede a própria Constituição brasileira de 1988, ao estabelecer princípios que devem ser respeitados pelos canais de rádio e TV.
No entanto, mais de vinte e cinco anos após sua promulgação, nenhum artigo de seu capítulo V, que trata da Comunicação Social, foi regulamentado, deixando um vazio regulatório no setor e permitindo a consolidação de situações que contrariam os princípios ali estabelecidos.
Os efeitos da não regulamentação constitucional são evidentes:
O artigo 220, por exemplo, define que não pode haver monopólio ou oligopólio na comunicação social eletrônica.
Hoje, no entanto, uma única emissora controla cerca de 70% do mercado de TV aberta.
O artigo 221 define que a produção regional e independente devem ser estimuladas. No entanto, 98% de toda produção de TV no país é feita no eixo Rio-São Paulo pelas próprias emissoras de radiodifusão, e não por produtoras independentes.
Já o artigo 223 define que o sistema de comunicação no país deve respeitar a complementaridade entre os setores de comunicação pública, privada e estatal. No entanto, a imensa maioria do espectro de radiodifusão é ocupada por canais privados com fins lucrativos. Ao mesmo tempo, as 5.000 rádios comunitárias autorizadas no país são proibidas de operar com potência superior a 25 watts, enquanto uma única rádio comercial privada chega a operar em potências superiores a 400.000 watts. Uma conta simples revela o evidente desequilíbrio entre os setores.
Por fim, o artigo 54 determina que deputados e senadores não podem ser donos de concessionárias de serviço público. No entanto, a família Sarney, os senadores Fernando Collor, Agripino Maia e Edson Lobão Filho, entre tantos outros parlamentares, controlam inúmeros canais em seus estados. Sem uma lei que regulamente tal artigo, ele – como os demais da Constituição – torna-se letra morta e o poder político segue promiscuamente ligado ao poder midiático.
Regular os meios de comunicação de massa neste sentido está longe, portanto, de estabelecer práticas de censura da mídia. Trata-se de uma exigência constitucional de definir regras concretas para o funcionamento destes veículos no sentido de atender aos objetivos definidos pela sociedade em sua carta maior.
Regular a radiodifusão não é coisa de comunista
Outro mantra entoado pelos oponentes da regulação da mídia é que esta seria uma tentativa de acabar com a liberdade de imprensa e transformar o Brasil num país comunista. Nada mais desinformado.
O Estados Unidos, por exemplo, país que está longe de ter aspirações comunistas, já estabeleceu, há algumas décadas, que donos de empresas que publicam jornais e revistas não podem controlar também canais de rádio e TV. Os americanos entendem que tamanha concentração de poder em termos de difusão de informação é prejudicial para a democracia liberal e a livre concorrência de mercado, que tanto defendem.
Assim, lá os donos do The New York Times não podem ser os mesmos donos de uma emissora de TV em Nova York, porque a regulação americana coloca limites à propriedade cruzada dos meios de comunicação e proíbe a formação de oligopólios. Da mesma forma, uma empresa não pode ultrapassar um percentual máximo de audiência na mesma localidade, porque seu impacto seria demasiado grande em termos de poder político. Estas são apenas duas das regras definidas pelo órgão regulador responsável pelo setor, entre tantas outras que os Estados Unidos, berço do liberalismo, decidiu adotar em relação à mídia.
Já por aqui, apesar de muitos atribuírem o êxito das Organizações Globo exclusivamente à sua competência em se posicionar no mercado, é preciso lembrar que parte do poder alcançado pelo maior grupo de rádio e televisão do Brasil também é resultado de uma ação histórica, ao longo das décadas, do que se pode chamar de abuso de poder de mercado. Abuso que se revela quando uma única emissora possui cerca de 40% da audiência da TV aberta e concentra mais de 70% do mercado publicitário – além de controlar canais de TV por assinatura, jornais, revistas, editoras, gravadoras e produtoras –, desenhando um cenário de evidente monopólio.
A necessária regulação de conteúdo
Um aspecto interessante da recente declaração da presidenta Dilma sobre a necessidade de regulação dos meios de comunicação de massa foi sua incisiva exceção manifestada à regulação de conteúdo. A posição da presidenta não é novidade; Dilma já disse inúmeras vezes que prefere o barulho das democracias ao silêncio das ditaduras. Porém, ao se permitir debater a regulação econômica da mídia e voltar a negar a regulação de conteúdo, Dilma contribui para a confusão que os grupos de comunicação tanto gostam de provocar sobre o tema.
É natural que a Dilma tente se esquivar das armadilhas da imprensa, no sentido de desmontar as versões de que se trata de um plano maquiavélico para controlar o que os meios podem ou não dizer. Sua declaração é uma vacina contra a velha estratégia da mídia de confundir a garantia da liberdade de expressão com a ausência absoluta de regulação – ou, ainda, de tratar como uma coisa só censura e regulação de conteúdo. Porém, tanto a estratégia de Dilma em retirar o assunto “conteúdo” da pauta quanto o esforço dos meios em classificar rasteiramente regulação de conteúdo como censura só confundem e desinformam a sociedade.
A Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura), que está muito longe de ser um organismo autoritário, entende que há muitos motivos para que a regulação de conteúdo exista nos meios de comunicação de massa: promover a diversidade cultural; garantir proteção dos cidadãos contra material que incite ao ódio, à discriminação e ao crime, e contra a propaganda enganosa; proteger crianças e adolescentes de conteúdos nocivos ao seu desenvolvimento; proteger a cultura nacional, entre outros.
O mesmo faz a Constituição brasileira. Ao definir, em seu artigo 221, que a produção regional e independente deve ser estimulada, com percentuais mínimos de veiculação na grade das emissoras, nossa lei maior está pedindo que se regule conteúdo, para que a programação que chega ao conjunto da sociedade pelo rádio e a TV não parta apenas do Rio de Janeiro e de São Paulo.
Ao estabelecer que não mais de 25% da grade de programação de uma emissora sejam ocupados com propagandas e anúncios, o Código Brasileiro de Telecomunicações também está prevendo a regulação de conteúdo.
A classificação indicativa dos programas, que informa a faixa etária apropriada para determinado tipo de conteúdo e em que horário ele deve ser exibido, visando a proteção da infância, também é uma importante forma de regulação de conteúdo. Apesar a Abert, associação que representa os interesses das emissoras de rádio e TV, ter pedido no STF o fim da classificação indicativa, alegando desrespeito à liberdade de expressão, o próprio relator especial da ONU para Liberdade de Expressão, Frank La Rue, já emitiu parecer afirmando que estes são direitos complementares e não podem ser tratados como antagônicos. Ou seja, a proteção da infância não fere a liberdade da expressão e, neste caso, o conteúdo também precisa ser regulado.
O mesmo vale para a publicidade dirigida a meninos e meninas. Em países como a Suécia, de forte tradição democrática, a publicidade voltada para o público infantil já foi abolida há muito tempo por meio de mecanismos de regulação de conteúdo. Aqui, porém, novamente o argumento distorcido da proteção absoluta à liberdade de expressão volta a ser usado contra a recente resolução do Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (Conanda), que definiu que é abusiva a publicidade voltada para crianças.
Portanto, dizer que não existe regulação de conteúdo no Brasil ou que ela não deva existir é um ato leviano, de má-fé – no mínimo, uma conduta muito mal informada.
Democratizar a democracia
A construção de um ambiente de comunicação mais justo e democrático é uma dívida antiga do país consigo mesmo. A própria democracia fica comprometida sem uma comunicação por meio da qual todos e todas possam falar e ser ouvidos, em que a diversidade e a pluralidade de ideias existentes no país circulem de forma equilibrada nos meios de comunicação de massa.
Se de fato a presidenta Dilma incluir em seu programa de governo e, sendo reeleita, colocar em prática uma política de regulação da radiodifusão, daremos um passo importante no avanço da democracia brasileira.
Mas não é a primeira vez que esta possibilidade é ventilada. Em outros momentos, o PT chegou a pautar o debate da regulação da mídia em seus programas de governo, e já se vão 12 anos sem que a questão seja concretamente enfrentada.
É por isso que, cansada de esperar, a sociedade civil tomou o problema nas mãos e está colhendo assinaturas para um projeto de lei de iniciativa popular, que tem como objetivo estabelecer um novo marco regulatório para as comunicações eletrônicas no país.
O que se espera é que o debate sobre o tema possa ser, desta forma, desinterditado junto à população em geral, para acabar com a confusão proposital de que qualquer regulação da mídia é sinônimo de censura. Pelo contrário, a regulação é necessária para democratizar a alta concentração de poder instalada nos meios de comunicação de massa, garantindo diversidade, pluralidade e um efetivo exercício da liberdade de expressão do conjunto da população brasileira.
Espera-se agora que a presidenta Dilma compreenda o tema em sua complexidade e abrangência, para que não continue jogando água no moinho daqueles que trabalham com a desinformação e distorção dos fatos para garantir que tudo continue como está."
*Pedro Ekman e Bia Barbosa são membros da Coordenação Executiva do Intervozes.

domingo, 26 de abril de 2015

Cabeça de Político

Cabeça de político na visão de um menino de 12 anos filho de Richard Fleury ( Inglaterra)

Parece que lá como aqui o conceito dos políticos foi parar no esgoto.

"Manifesto Comunista" de Marx e Engels tem grande aumento de vendas

Em edição comemorativa de aniversário, a editora Penguin republicou clássicos e o livro de Marx e Engels, "Manifesto Comunista" até agora, é o mais vendido 

Estaria, como escreveu Marx em 1848, um espectro rondando a Europa novamente? Se não está, ao menos milhares de leitores do Reino Unido estão entrando em contato, neste momento, com essa e outras ideias contidas no “Manifesto Comunista”.
A obra do século XIX foi republicada recentemente pela Penguin e se tornou, em pouco mais de uma semana, o livro mais vendido da editora.

A 80 pence (cerca de R$3,60), a obra integra uma coleção comemorativa da Penguin, que lançou na semana passada reedições de clássicos da literatura para marcar os 80 anos da editora.
Entre obras de Jane Austen, Edgar Allan Poe, Emily Brontë e Nietzsche, ao todo 70,5 mil exemplares já foram vendidos.
“Manifesto Comunista”, de Karl Marx e Friedrich Engels, lidera a lista, com 1.500 cópias adquiridas em apenas uma semana.

Por conta do sucesso da edição, a Penguin anunciou que já prepara uma reimpressão de 100 mil cópias, mesmo com uma tiragem inicial de 1 milhão. “Eu acredito que todo mundo ama a ideia de um clássico redescoberto – a ideia de que a escrita perdura tão fortemente que não pode ser ignorada mesmo 100 anos depois.
Parece uma garantia de que não será um desperdício de tempo”, afirmou ao The Guardian Joseph Knobbs, vendedor da livraria britânica Waterstones, uma das que mais vendeu a obra.

*Com informações do The Guardian
fonte http://www.revistaforum.com.br/blog/2015/03/um-espectro-ronda-europa-disparam-vendas-de-manifesto-comunista-reino-unido/

sábado, 25 de abril de 2015

Hipódromo da Tablada , patrimônio de Pelotas


foto DP
Pelotas detém, graças à riqueza econômica acumulada durante um período, algumas referências das quais não pode estar desatenta no tocante a manter um potencial fundamental para seu desenvolvimento.
No campo esportivo e de lazer uma referência da maior importância , sem dúvida, é o Hipódromo da Tablada pertencente ao Jockey Club de Pelotas.
Ali se disputam corridas de turfe desde 1936 data da primeira disputa. 
Desde então, com algumas interrupções, o "prado" como costumamos nos referir ao hipódromo, tem regularmente, nos finais de semana, propiciado à população acompanhar as "carreiras". 
Numa dessas interrupções esteve ameaçado de ser fechado mas, graças a um grupo liderado por Carlos Moreira Mazza, reagiu e , atualmente, mantém-se atuante. 
A permanência das "corridas de cavalo" , no entanto, não é fácil. Em Rio Grande, cidade vizinha, o hipódromo foi fechado e, no local, será feito um loteamento.
Recentemente a Prefeitura destinou uma verba de 85 mil reais para os 3 clubes profissionais de futebol de Pelotas. ( ver a notícia) Estes clubes, especialmente, Gremio Esportivo Brasil e Esporte Clube Pelotas, já dispõem de verbas publicitárias e receitas várias para manter seus custos elevados principalmente para contração de jogadores.
Nesse momento é inexplicável que o Jockey Club tenha ficado de fora.
Recentemente foi realizado o Grande Prêmio Princesa do Sul, o evento mais importante do Jockey Club de Pelotas.
Na foto, antiga sede do clube no centro de Pelotas.
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quinta-feira, 23 de abril de 2015

Ser humano não é descartável

Nei Alberto Pies  (*)


"A essência dos direitos humanos é o direito a ter direitos". Hannah
Arendt

Militantes e ativistas de direitos humanos sempre se somaram a
deputados e deputadas que colocarem seus mandatos parlamentares à
disposição das lutas pelos direitos humanos. Nunca foram muitos, mas
foram importantes para tornar públicos os debates e as lutas de quem,
anonimamente ou em grupos formados por ONGs, levantava as bandeiras em defesa da dignidade humana. Nos últimos anos, além do arrefecimento e dificuldade das lutas por dignidade, parte da esquerda brasileira deixou de ver direitos humanos como uma possibilidade de disputa
política e social.
Lutar por direitos humanos parece ser uma atitude indigesta, difícil e sem dividendos políticos. Ao mesmo tempo, por força cidadã e articulada de milhares de brasileiros, há avanços importantes que afirmam a cidadania, a liberdade, a dignidade humana e os direitos humanos.
A novidade é que esta pauta política despertou as forças mais reacionárias e retrógradas deste país. Estas "vociferam" contra as conquistas das minorias, dos pobres e oprimidos, dos gays,
homossexuais e lésbicas, das crianças e adolescentes, contra todas as conquistas sociais e de inclusão. Os pobres e minorias deste país são duplamente discriminados: pela situação em que se encontram e por manifestarem desejo, força e organização para lutar.
Este contexto está gerando novos fundamentalismos que tentam afrontar e derrubar conquistas e avanços democráticos, com ameaças ao Estado de Direito.
Nunca estes avanços e conquistas estiveram em tamanha vulnerabilidade e questionamento e nunca o ódio foi o combustível tão largamente utilizado para desconstruir a cidadania.
Conheci as lutas de direitos humanos no tempo em que Marcos Rolim, deputado estadual, promovia no Rio Grande do Sul Conferência Estadual de Direitos Humanos com o tema: "Nenhum ser humano é descartável".
Desde àquela época até hoje, 2015, muita coisa mudou.
Além dos direitos individuais, direitos econômicos e sociais foram concretizados. No entanto, a defesa das causas sociais, a partir de mudanças na estrutura, organização e concepção de sociedade, sempre foram duramente combatidas pelos defensores do "status quo". Hoje, enquanto o líder papa Francisco faz movimentos mundiais em favor da paz, da tolerância e em defesa dos direitos humanos e sociais, Bolsonaros e outros tantos criam no Brasil ambiente de disseminação de
ódios, intolerâncias e criminalização.
A criminalização é a face mais perversa do Estado e da sociedade porque não permite que a cidadania seja exercida na perspectiva dos "sujeitos de direitos". Quem luta por seus direitos e pelos direitos
dos outros é ligeiramente taxado, acusado e condenado sumariamente.
Os estigmas e preconceitos sociais atribuídos àqueles que lutam anulam a possibilidade de uma cidadania plena e ativa.
A democracia, como possibilidade de reclamar direitos, ainda está longe de ser uma realidade brasileira. Maria do Rosário, deputada federal do RS, foi eleita "musa dos desafetos de direitos humanos fundamentais do povo brasileiro".
Rosário, Rolim e outros tantos corajosos militantes de direitos humanos já emprestaram sua vida, suas histórias, suas vozes e suas lutas pelos mais fracos, oprimidos e explorados em nossa sociedade, em defesa da dignidade humana de todos, indistintamente. Estes lutadores sociais sabem que direitos humanos trazem, na essência, o direito a ter direitos. Por isso mesmo, fortalecem-se nas lutas, nas conquistas e nas realizações de cada e de todo ser humano que tem a possibilidade de desabrochar, de viver bem e de ser feliz!
Vida longa a todos os que ousam lutar!
Lutar por direitos não é crime!

(*) professor e ativista de direitos humanos.

quarta-feira, 22 de abril de 2015

Quando o esporte dignifica



Humanity
My humanity is bound up in yours, for we can only be human together.Desmond TutuRespect For HumanityMahnaz Afsharانسانیت دروننه ربطی به دین داره نه ملیت و نه نژاداما به دل هر فرقه و مذهبی می نشینه
Posted by Mahnaz Afshar on Quinta, 17 de julho de 2014

terça-feira, 21 de abril de 2015

O dia do touro

Não encontramos referência sobre o local da "tourada".
Basicamente um registro bem explícito da estupidez humana sob todos os aspectos pois nem a integridade física dos presentes é preservada.


#Bullshit
Posted by Tyrese Gibson on Quinta, 24 de abril de 2014

segunda-feira, 20 de abril de 2015

O ato mais destruidor da História



Hiroshima Atom Bomb Impact. Watch it to believe it.More videos here : http://goo.gl/Gs8Blw
Posted by Malik Tajamul Hayat Khan on Quarta, 21 de janeiro de 2015

sábado, 18 de abril de 2015

Um tornado no caminho

É longe daqui, em Illinois nos Estados Unidos mas já tivemos, na região sul, fenômenos que tem se aproximado assustadoramente do que é mostrado no vídeo.
Impressiona a proximidade que passou do automóvel e permite ver, claramente, como o raio de ação do tornado é bem delimitado.
Dá para dizer que passou a poucos metros do automóvel.

*SHOCKING TORNADO VIDEO FROM ILLINOIS*: A driver traveling through Rochelle Thursday came about as close as you can possibly get to a massive, EF-4 tornado without being swept up and almost killed. - WSAV Meteorologist Matt DevittCredit: Aaron Rooney - YouTube
Posted by WSAV News 3 On Your Side on Domingo, 12 de abril de 2015

sexta-feira, 17 de abril de 2015

Uma pausa para o samba



Acho que esse tipo de sambista esta extinto!!!Filmado no Morro da Mangueira, RJ; o saxofonista, clarinetista, maestro e arranjador Paulo Moura conta fatos da sua vida e apresenta algumas músicas.Apresentado no V Festival Internacional de Curtas, SP, 19944 semanas em cartaz no Cine Veneza, RJ, em complemento do longa metragem The Art of Love, Arthur Rubinstein, de François Reichenbach.Produzido por: Flávio TambelliniFotografia e direção: Paulo Martins
Posted by Samba de Raiz on Domingo, 12 de abril de 2015

Marcelo, diz ao Deogar que mando lembranças.


Marcelo Soares, é um fotógrafo de grande talento que ainda coincide ser sobrinho de outro grande fotógrafo pelotense , já falecido, Deogar Soares.
Expõe, nesse momento, na Galeria Ágape , em Pelotas , numa coletiva com Luciano Piltcher e Luiz Minduim.
A foto, que faz parte da mostra, dá bem a dimensão do trabalho de Marcelo.
Belo flagrante de um momento que poderia se manter banal mas que se transforma, sob a lente do fotógrafo, num momento perpetuado para sempre, para que toda a vez que vejamos a imagem tenhamos a sensação de liberdade que ela transmite.
Um conjunto, no seu todo, considerando as várias imagens que o compõem ( os banhistas, o casal que conversa --- e que conversarão o quê? --- outro que se afasta de mãos dadas)  além da imagem principal, a menina que corre para o mar ( na praia do Cassino), quase impecável enquanto produto fotográfico.
Dá gosto ver e comentar como já gostei e comentei outras imagens de Marcelo.
Marcelo, nessa esfera própria dos fotógrafos talentosos pela qual transitas, diz ao Deogar que mando lembranças.

P.R.Baptista

Outros textos sob Fotografia:
Marcelo Soares, um talento da Fotografia em Pelotas
Uma foto
Fronteiras da Imagem


quinta-feira, 16 de abril de 2015

São Paulo é a cidade com mais problemas mentais no mundo

Foto: Yasuyoshi Chiba/AFP
Por Charles Nisz |

Segundo um estudo da Organização Mundial de Saúde (OMS), a região metropolitana de São Paulo tem a maior ocorrência de problemas mentais em todo o mundo, com cerca de 30% da população. Para fazer o levantamento, a OMS pesquisou 24 cidades em diferentes países.
Leia também:
Quais as cidades que mais twittam no mundo?
A pesquisa São Paulo Megacity Mental Health Survey apurou uma incidência de problemas mentais em 29,6% da população ao redor de São Paulo. Entre os problemas mais comuns estão a ansiedade, mudanças comportamentais e abuso de substâncias químicas, nos 12 meses anteriores à entrevista.
De acordo com os pesquisadores, a alta incidência de problemas mentais é causada pela alta urbanização juntamente com privações sociais. A ansiedade é o problema mais comum, afetando 19,9% dos 5037 entrevistados pela pesquisa. Os mais afetados são homens migrantes e mulheres em regiões de instabilidade social.
Em São Paulo também há a maior ocorrência de casos graves, com 10%, à frente dos Estados Unidos, com 5,7%, de da Nova Zelândia, com 4,7%. Depois de São Paulo, representante brasileira no ranking da OMS, Saúde (OMS), aparece a cidade norte-americana, com pouco menos de 25% de incidência de perturbações mentais.

Charles Nisz é jornalista desde 2001. Já cobriu Economia, Meio Ambiente e Tecnologia, com passagem pela Agência USP de Notícias, jornal DCI, MSN, e UOL. Já foi correspondente internacional do site Opera Mundi. Mestre em Jornalismo pela USP, dá aula sobre Informação e Novas Mídias na ECA/USP e é fascinado pelas novidades que aparecem na internet.

terça-feira, 14 de abril de 2015

O líder das pesquisas


Isto é o alguns esperam que seja um líder das pesquisas e campeão de popularidade..

segunda-feira, 13 de abril de 2015

Ricardo Antunes: "A terceirização é devastadora para o Brasil"

Foto: Antonio Perri / Boitempo,Divulgação
Ricardo Antunes, sociólogo e professor na Universidade Estadual de Campinas, afirma que a flexibilização compromete a CLT e precariza as relações de trabalho
por Carlos André Moreira


No último dia 8, a Câmara dos Deputados aprovou o texto principal do Projeto de Lei 4.330/04, que regulamenta o trabalho terceirizado no Brasil. O texto, que abre a possibilidade de terceirização de todos os serviços de uma empresa, e não apenas atividades secundárias, provocou protestos e uma ampla discussão sobre seu impacto no conjunto das leis trabalhistas do país. Para o sociólogo e professor da Unicamp Ricardo Antunes, o projeto é a extensão para todo o universo do trabalho de uma estrutura precária que é característica do trabalho terceirizado.

SEGUE >>>

Reflexão sobre as lutas


Nei Alberto Pies (*)

De um lugar, no horizonte.
"Os horizontes das lutas perpassam nossas falas e nossas atitudes. 
Os contextos históricos imprimem as suas marcas e nos fazem sujeitos da história. Nada como um dia após o outro, e nada como respeitar as experiências de vida que tornam nossa vida mais concreta, com os pés no chão e com os olhares nos horizontes. 
As lutas cotidianas são assim: somam-se com as nossas experiências pessoais que se encontram nos horizontes da esperança. 
A esperança é quem junta os nossos olhares.
Fundimos, assim, nossas vidas em saberes, sabores e sabedorias, nossas e de todos os que aceitam o convite para se somar conosco".

(*)  professor e ativista de direitos humanos

sábado, 11 de abril de 2015

Obama e Castro dão aperto de mãos histórico

EUA e Cuba, que estavam com relações rompidas desde 1961, ensaiam reaproximação durante a 7ª Cúpula das Américas, no Panamá
Os presidentes Barack Obama e Raúl Castro se cumprimentaram e trocaram algumas palavras na noite desta sexta-feira (10/04) na abertura da 7ª Cúpula das Américas, a primeira da qual Cuba participa.
Os dois estavam entre os líderes da região que se preparavam para entrar no plenário do Centro de Convenções.
Estreante na Cúpula das Américas, Cuba está aproveitando a sétima edição do evento - que ocorre a partir desta sexta-feira (10) na Cidade do Panamá - para tentar atrair investimentos de grandes empresas e promover as oportunidades econômicas que se abrem com sua reaproximação com os Estados Unidos.
Os Estados Unidos certamente estará interessado.
O Brasil se adiantou e já tem investimentos na ilha especialmente no Porto de Mariel que se demonstram, econômica e estrategicamente, de grande acerto.

Em ofensiva, hienas e vira-latas pregam até mesmo a volta da ALCA

Celso Amorim

Intelectuais progressistas, preparai-vos para o debate: os liberais de todos os matizes estão de volta, propondo até mesmo uma nova ALCA.

Aproveitando o momento de vulnerabilidade política e econômica do nosso país, os defensores de uma integração dependente do Brasil na economia internacional estão lançando uma nova ofensiva, facilitada pelas agruras do ajuste fiscal, com queda nos INVESTIMENTOS governamentais e o descrédito – convenientemente estimulado – das empresas estatais, na esteira do escândalo da Petrobrás.

Em vez de atacar a raiz desses ilícitos, que é o FINANCIAMENTO empresarial das campanhas eleitorais (o que não diminui a responsabilidade dos transgressores da lei), os pós-neoliberais preferem investir contra os poucos instrumentos de política industrial que o Estado brasileiro ainda detém.

A estratégia é ampla e não se limita a aspectos internos da economia. Incide diretamente sobre a forma pela qual o Brasil se insere na economia mundial.

Três linhas de ação têm sido perseguidas.

Uma já faz parte do antigo receituário de boa parte dos comentaristas em matéria econômica: o Brasil deveria abandonar a sua preferência pelo sistema multilateral (representado pela Organização Mundial do Comércio) e dar mais atenção a acordos bilaterais com economias desenvolvidas, seja com a União Europeia, seja com os Estados Unidos da América.

O refinamento, não totalmente novo, é o de que, para chegar a esses acordos, o Brasil deve buscar a “flexibilização” do Mercosul, privando-o de sua característica essencial de uma união aduaneira. Sem perceber que a motivação principal da integração é política — já que a Paz é o maior bem a ser preservado — os arautos da liberalização, sob o pretexto de aumentar nossa autonomia em relação aos nossos vizinhos, facilitando a abertura do mercado brasileiro, na verdade empurrarão os sócios menores (não em importância, mas em tamanho) para os braços das grandes potências. É de esperar que não venham a reclamar quando bases militares estrangeiras surgirem próximo das nossas fronteiras.

O segundo pilar do tripé, que está sendo gestado em gabinetes de peritos desprovidos de visão estratégica, consiste em tornar o Brasil membro pleno da OCDE, a organização que congrega primordialmente economias desenvolvidas. Essa atitude contraria a posição de aproximação cautelosa seguida até aqui e que nos tem permitido participar de vários grupos, sem tolher nossa liberdade de ação.

A lógica para a busca ansiosa pelo status de membro pleno residiria na melhoria do nosso rating junto às agências de risco, decorrente do nosso compromisso com políticas de INVESTIMENTOS, COMPRAS governamentais e propriedade intelectual (entre outras) estranhas ao modelo de crescimento defendido por sucessivos governos brasileiros, independentemente de partidos ou de ideologias. O ganho no curto prazo se limitaria, se tanto, a um aspecto de marketing, e seria muito pequeno quando comparado com o custo real, representado pela perda de latitude de escolha de nossas políticas (industrial, ambiental, de saúde, etc.)

Finalmente – e esse é o aspecto mais recente da ofensiva pós-neoliberal – há quem já fale em ressuscitar a Área de Livre Comércio das Américas, cujas negociações chegaram a um impasse entre 2003 e 2004, quando ficou claro que os EUA não abandonariam suas exigências em patentes farmacêuticas (inclusive no que tange ao método para a solução de controvérsias) e pouco ou nada nos ofereceriam em agricultura.

A Alca, tal como proposta, previa não apenas uma ampla abertura comercial em matéria de bens e serviços, de efeitos danosos para nosso parque industrial, mas também regras muito mais estritas e desfavoráveis aos nossos interesses do que as que haviam sido negociadas multilateralmente (i.e., no sistema GATT/OMC), inclusive por governos que antecederam ao do Presidente Lula. Tudo isso, sob a hegemonia da maior potência econômica do continente americano (e, por enquanto pelo menos, do mundo).

Medidas desse tipo não constituem ajustes passageiros.

São mudanças estruturais, que, caso adotadas, alterariam profundamente o caminho de desenvolvimento que, com maior ou menor ênfase, sucessivos governos escolheram trilhar.

Os que propugnam por esse redirecionamento de nossa inserção no mundo parecem ignorar que mudanças desse porte, sem um mandato popular expresso nas urnas, seriam não só prejudiciais economicamente, mas constituiriam uma violência contra a democracia.

Evidentemente nosso governo não se deixará levar por pressões midiáticas, mas até alguns ardorosos defensores de um Brasil independente e soberano podem não ser de todo infensos a influencias de intelectuais que granjearam alguma respeitabilidade pela obra passada.

Daí a necessidade do alerta: “intelectuais progressistas, preparai-vos para o debate”.

Ele vai ser duro e não se dará somente nos salões acadêmicos ou nos corredores palacianos. Terá que ir às ruas, às praças e às portas de fábrica.




quinta-feira, 9 de abril de 2015

Terceirização e precarização do trabalho : como pensam os partidos


A Câmara dos Deputados aprovou na noite desta quarta-feira 8, por 324 votos a favor, 137 contra e duas abstenções, o texto principal do projeto de lei que trata da regulamentação do trabalho terceirizado no Brasil. Os destaques e sugestões de alterações serão discutidos na próxima semana.

Apenas três partidos – PT, PCdoB e Psol – orientaram seus parlamentares a votarem contra o projeto.
O Pros e o bloco formado por PRB, PTN, PMN, PRP, PSDC, PRTB, PTC, PSL e PTdoB liberaram as bancadas.

PSDB, PSD, PR, PSB, DEM, PDT, Solidariedade, PPS, PV e o bloco composto por PMDB, PP, PTB, PSC, PHS e PEN determinaram voto a favor da terceirização.Entenda a lei que regulamenta a terceirização no País

Observando esta relação é possível dar-se conta efetivamente da posição política dos partidos brasileiros nesse momento.
Considerando que a terceirização tem se mostrado um instrumento de precarização do trabalho e que o projeto prevê a terceirização inclusive das atividades-fim , pode-se entender o compromisso que os diferentes partidos tem com os trabalhadores.

A relação completa dos deputados com a respectiva votação pode ser acompanhada através do link >>> http://www.cartacapital.com.br/blogs/parlatorio/terceirizacao-veja-como-votou-cada-deputado-158.html

Para se entender melhor a questão reproduzimos esclarecimento publicados na ECONOMIA & NEGÓCIOS

Um dos pontos polêmicos do projeto, que será votado na Câmara, é a liberação de terceirizados para executar atividades-fim da empresa
O Projeto de Lei 4330/2004 é uma proposta para regulamentar a terceirização de trabalhadores nas empresas brasileiras. Polêmico, esse projeto corre na Câmara dos Deputados desde 2004 e vem sendo debatido e modificado desde então.
Um dos pontos polêmicos do projeto é a liberação de terceirizados para executar atividades-fim da empresa. Até então, as empresas só podiam terceirizar atividades-meio. Por exemplo: uma empresa que produz móveis podia até então terceirizar a limpeza e o serviço de alimentação de seus funcionários, mas não o de montagem da mobília.
Os empresários alegam que é difícil definir o que é atividade-fim e o que é atividade-meio, e que é impossível modernizar a atividade econômica sem facilitar a terceirização. Por outro lado, os sindicatos sustentam a argumentação de que a terceirização “precariza as condições de trabalho”, pois abriria a possibilidade de contratação de funcionários terceirizados para prestação de serviços sem a cobertura da CLT.
A falta de uma regulamentação causa insegurança jurídica no mercado de trabalho, pois é comum ver casos em que uma empresa empurra para outra as obrigações trabalhistas dos seus contratados. Atualmente, há mais de 16 mil processos em tramitação no Tribunal Superior do Trabalho (TST) sobre o tema.
O projeto já passou pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara e está para ser votado em plenário. O presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), afirmou que ‘só vai para outra pauta depois de superada essa’, nem que a Câmara fique a semana sem votar nada. Se aprovado, o texto ainda será submetido ao Senado.
Veja abaixo as mudanças propostas pelo Projeto de Lei:
Como é:
- Não há um marco legal que balize a contratação de terceirizados no Brasil.
- Na falta de normas, usa-se a súmula 331 do TST, que veda a contratação de terceirizados para atividades-fim.
Como fica:
O texto que será apresentado pelo relator Arthur Maia (Solidariedade – BA) em plenário, após negociações com o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, define uma série de regras para o servido terceirizado no País. A proposta que ele colocará em plenário vai determinar, entre outros pontos, que:
- O Projeto de Lei 4330 é considerado por empresários como marco regulatório da terceirização
- Permite a atuação de terceirizados para atividades-fim, e não somente para atividades-meio, como é hoje
- Apenas as empresas especializadas poderão prestar serviço terceirizado
- Familiares de empresas contratantes não poderão criar empresa para oferecer serviço terceirizado
- As companhias contratantes deverão recolher tudo o que for devido pela empresa terceirizada contratada em impostos e contribuições, como PIS/Cofins, CSLL e FGTS
- A responsabilidade das empresas contratantes passa a ser subsidiária: os trabalhadores terceirizados somente poderão cobrar os seus direitos da empresa tomadora de serviços depois de esgotados os bens das empresas que terceirizam.
- As empresas contratadas devem pagar 4% do valor do contrato para um seguro que irá abastecer um fundo para pagamento de indenizações trabalhistas.

quarta-feira, 8 de abril de 2015

Theatro Sete de Abril: alguém se lembra?


Esta foto está sendo postada no facebook lembrando o tempo em que o Theatro Sete de Abril, abrigava diversas apresentações inclusive festivais de Música, de Dança e de Teatro.
Recentemente, encontrando Henrique Pires ele me comentou que todo esse tempo que o teatro fica fechado e não existem outras opções de salas de espetáculo, representa um sério prejuízo à produção artística de Pelotas.
Sua observação pareceu-me muito pertinente.
 Cabe-nos, então, nesse momento, artistas e comunidade em geral, estarmos atentos e acompanhando a evolução da reforma pela qual está passando o teatro.

sábado, 4 de abril de 2015

Generalizações destrutivas

Nei Alberto Pies
Vivemos um momento histórico bem controverso. A defesa do bem e do mal se alicerça em fundamentalismos sem fim. Abrão Slavutzki, psicanalista, articula brilhantemente em artigo "Simplificações perigosas", publicado em ZH do dia 01 de abril de 2015: "as simplificações são perigosas, pois nos empolgam com explicações fáceis para tudo. Os ódios crescem contra os únicos culpados de todo o Mal. Encontrar o bode expiatório é a salvação do mundo. Começa assim a se abrir o caminho para as ditaduras". Em tempos de frágil democracia, é preciso perguntar-se pelas conseqüências destas posições antagônicas.
Há cada vez mais gente querendo ser "uma pessoa de bem". Em busca de explicações e razões de ser deste desejo, comecei a conversar e pesquisar. Para minha surpresa, muitos concordam na percepção de que há uma multidão querendo "ser do Bem". Confessaram-me que muitos necessitam dizer-se do Bem, para diferenciar-se dos demais. Decidi então sugerir a estes a organização de uma Irmandade ou um "Partido do Bem". Como partido, democratizando nossas ideias, poderiam representar o Bem como poderosa ferramenta para combater todo o mal, principalmente as sofisticadas maracutaias que teimam em "tomar nosso dinheiro público". Tal ação favoreceria todos que desejam ser do Bem agrupar-se, criando uma Plataforma de Intenções, para promover debate mais amplo sobre o que vem a ser o próprio Bem.
É necessário compreender a nossa dimensão humana, pois somos, por natureza humana, um pouco bons e um pouco maus. Nem tanto ao céu, nem tanto ao inferno, estamos sempre em busca do necessário equilíbrio. As religiões e as diferentes filosofias sabem disso, por isso sua insistência em ajudar a equilibrar os pensamentos e as ações cotidianas. Por sua vez, aqueles que precisam diferenciar-se dos outros devem sofrer por seu perverso egoísmo. Só o ego pode explicar a razão de ser daqueles que necessitam se declarar pessoas de bem. O reconhecimento do bem e da maldade que a gente faz, pelas palavras e pelas ações, sempre é prerrogativa dos outros. Não pode ser jamais prerrogativa subjetiva, para alguém achar-se superior ou mais importante do que os outros.
Pelas razões expostas, é preciso perceber que as simplificações como as generalizações em nada contribuem para enfrentarmos um problema nacional agora amplamente debatido em nossa sociedade: a corrupção brasileira. Como Abrão, acredito também que a corrupção "se combate com a Justiça e o engajamento da sociedade, respeitando a democracia".  Quanto aos políticos, é preciso compreender as contradições do exercício do poder. Os políticos posicionam-se a partir das conjunturas e contextos de cada momento, das articulações e negociações que são possíveis para aprovar os projetos que estão em pauta, das forças sociais que estão mobilizadas em cada momento histórico. É natural que joguem com seus interesses pessoais, mas é inaceitável, numa democracia, que estes se sobreponham aos interesses coletivos.
Não matemos nem a política e nem a democracia! Quando as palavras se tornam absolutas, a vida em sociedade perde seu sentido e seu valor.

Nei Alberto Pies, professor e ativista de direitos humanos.


sexta-feira, 3 de abril de 2015

Por que os intelectuais odeiam o capitalismo?

Jesús Huerta de Soto

N. do T.: o artigo a seguir foi adaptado de um discurso improvisado feito pelo autor, daí o seu tom mais coloquial.

Por que os intelectuais sistematicamente odeiam o capitalismo?  Foi essa pergunta que Bertrand de Jouvenel (1903-1987) fez a si próprio em seu artigo Os intelectuais europeus e o capitalismo.

Esta postura, na realidade, sempre foi uma constante ao longo da história.  Desde a Grécia antiga, os intelectuais mais distintos — começando por Sócrates, passando por Platão e incluindo o próprio Aristóteles — viam com receio e desconfiança tudo o que envolvia atividades mercantis, empresariais, artesanais ou comerciais.

E, atualmente, não tenham nenhuma dúvida: desde atores e atrizes de cinema e televisão extremamente bem remunerados até intelectuais e escritores de renome mundial, que colocam seu labor criativo em obras literárias — todos são completamente contrários à economia de mercado e ao capitalismo.  Eles são contra o processo espontâneo e de interações voluntárias que ocorre de mercado.  Eles querem controlar o resultado destas interações.  Eles são socialistas.  Eles são de esquerda.  Por que é assim?

LEIA o artigo na íntegra >>>>
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quarta-feira, 1 de abril de 2015

Humor - Euro Gymnastique



Euro Gymnastique - Remi Gaillard #EBBA
Posted by eBBa on Segunda, 9 de fevereiro de 2015


Reminiscências de Charles Chaplin